quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Oito recursos grátis para exercitar seu cérebro


Manter o cérebro ativo é tão importante pra sua saúde mental quanto se mexer é fundamental pra sua saúde física. E para manter o cérebro em forma, o negócio é jamais parar de aprender. Em todos os estágios da sua vida é necessário manter o cérebro trabalhando e assimilando novos conhecimentos. De livros a caça-palavras, tudo vale. Mas a internet, claro, é o reduto mais significativo de recursos pra você se manter aprendendo e renovando as células cerebrais.
O site OpenCulture separou alguns links e nos inspirou a fazer uma lista também. Olha só: 
Ensino de idiomas. Também vale conferir sites gratuitos para aprender outras línguas, como o LiveMocha, o Babbel e o Duolingo.
Audiolivros gratuitos para download. Neste link do OpenCulture, há uma lista enorme de audiolivros (em inglês, o que já ajuda a aperfeiçoar seu aprendizado de idiomas também!). Entre os títuls, clássicos como Arthur Conan Doyle e Charles Dickens e também escritores modernos, como Neil Gaiman, David Sedaris, José Saramgo e Philip K. Dick.
Livros gratuitos para download legal. O OpenCulture também tem um diretório de livros gratuitos. São 450 títulos, a maioria de autores clássicos, cujos títulos já entraram em domínio público. Outra fonte interessante é o Free e-books e a versão em português do mesmo site.
Filmes grátis para assistir online (legalmente!): sim, isso existe. Nessa lista, você encontra filmes que podem assistir online sem nenhuma culpa, seja por estarem em domínio público ou porque seus atores liberaram esse tipo de exibição. 

Fonte: Galileu

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Viajar sozinha pode ser uma boa oportunidade de autoconhecimento


As férias de fim de ano estão chegando e as dicas sempre se voltam para quem vai viajar com os filhos ou amigos. Mas saiba que viajar sozinha pode ser ótimo para se conhecer e descobrir o que mais lhe faz bem.
Que tal começar a considerar a ideia de arrumar a mala só com as suas coisas?

Primeiro, monte seu roteiro. Para isso, escolha o lugar para onde quer ir e quantos dias vai ficar no local. A partir daí, junte a maior quantidade de informação que você puder sobre o lugar, as pessoas e os costumes. Gabriela Palma, blogueira do "Gaby Pelo Mundo", indica: "Pegue guias de viagem e use e abuse da internet (blogs de viagem e Google Maps são uma mão na roda)".

Além disso, liste as coisas que você mais gosta de fazer. "Se você for uma pessoa que gosta de museus, obras de arte ou exposições, foque nisso. Se for mais de balada, planeje-se para conhecer poucos lugares durante o dia para não ficar tão cansada à noite", conta a moça.

E saiba bem dos perrengues que você pode enfrentar para poder se prevenir. "Atente-se à falta de dinheiro, já que não vai ter ninguém para dividir a conta ou o táxi, ao assédio masculino (alguns acham que podem se aproveitar pelo fato de uma mulher estar totalmente desacompanhada) ou a ficar completamente perdida", diz a blogueira.

Os destinos nacionais podem ser ótimos para começar suas experiências sozinha, além de serem baratos. Ilha Grande, no Rio de Janeiro ou Ouro Preto, em Minas Gerais podem ser boas opções. Mas uma coisa é certa: sempre dá para economizar, em cada coisinha e em cada detalhe.

A blogueira do "Sozinha Mundo Afora", Nilda Brandão, explica: "Em todo o Brasil, existe o roteiro mais caro e o mais barato, o restaurante mais caro e o mais barato e assim vai. Por exemplo, todo lugar tem um dia em que o museu é grátis e, conversando com os moradores locais, você sempre vai conseguir excelentes indicações de restaurantes, passeios ou transportes mais em conta".

Se você pretende esquecer do mundo em sua viagem, prefira a baixa temporada (de abril a junho e de agosto a novembro) e os lugares menos "badalados", que são destino certo de turistas. Mas caso você queira paquerar, ir para a balada, conhecer gente nova e farrear, aproveite as férias da galera (de dezembro a março e o mês de julho) e vá para os points de sempre, como Salvador, pois lhe garantirão diversão na certa.

Tenha em mente que o tempo passado consigo própria serve para que você se conheça e se abra ao novo. "Viajar sozinha é dar-se a oportunidade de conhecer pessoas novas, aceitar novas aventuras, ter experiências novas bem diferentes de quando se viaja com uma turma ou com a família. Com amigos ou familiares, você acaba ficando mais limitada a conversar, passear, curtir, com esse grupo e quase não se abre ao novo. Viajar sozinha também é um exercício de autoconhecimento", conta Nilda.

Gabriela também tem boas referências de suas viagens desacompanhada: "O fato de você não precisar se preocupar com mais ninguém a não ser você, lhe faz ficar mais ligada consigo própria. Não há a necessidade entrar em acordo com ninguém para fazer a sua programação do dia, ou ainda, você não precisa ceder e fazer o que não gosta para poder agradar o outro", relata ela.

Então, condensando as dicas:

INFORME-SE SOBRE O LUGAR

Para não entrar em roubadas, informe-se sobre o lugar, leia relatos de quem já foi e busque descobrir os costumes dos nativos. Além disso, leia o jornal local pela internet e obtenha o máximo de informações possível, assim você chegará preparada para o que possa aparecer.

TENHA EM MENTE O QUE PRETENDE COM A VIAGEM

Sabendo o que você quer e quais experiências deseja vivenciar, ficará muito mais fácil escolher o melhor lugar que corresponda de forma mais completa aos seus objetivos. Conversar com pessoas afins e se hospedar em lugares que se harmonizem com o que você precisa também se torna mais possível à medida que você solidificar seu objetivo na cabeça.

PLANEJE-SE

O dinheiro precisa chegar até o fim da viagem, o orçamento não pode estourar, os imprevistos não podem te pegar desprevenida e, quanto mais cedo você planejar cada detalhe, mais chances terá de aproveitar sua experiência. Não se esqueça nunca que você está por conta própria, sozinha e independente.

ABRA-SE AO NOVO

Converse com as pessoas locais, ande de transporte público e peça informações frequentemente. Isso proporcionará a você uma rica experiência e muita vivência de viagem. Além disso, para fazer amizades, é preciso estar aberta e aceitar o que vier de novo. Amizades estas que, quando cultivadas num dia de passeio, podem ser sua companhia para a balada da noite ou o pessoal que vai lhe acompanhar num almoço ou jantar. Sem falar que eles são uma ótima fonte de dicas de outros passeios e alerta para roubadas, além de poderem indicar passeios baratos e legais que os guias turísticos nunca lhe diriam.

Fonte: Mais Equilíbrio

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Tenho um colega de trabalho mal-humorado. Como lidar?


Eles estão em todos os lugares, os mal-humorados parecem nunca sorrir, reclamam de tudo e todos, qualquer coisa é motivo de incomodo e irritação – e eles fazem questão de expor isso, com seu mantra: “O mundo seria muito melhor se todos apenas fizessem seu trabalho, e não me incomodassem com os seus problemas”.

É fácil identificar ‘o rabugento’ da equipe, suas principais características são:

    Não cumprimenta, não faz contato visual e sequer esboça um sorriso ao falar, além disso, usa expressões irritadiças quando vê alguém se aproximando (sim, pode ser qualquer pessoa);

    Manda emails curtos e grossos – sutilezas não são do seu feitio, nunca;

    Quando é designado a realizar alguma atividade, geralmente responde com irritação extrema e parece que toma como afronta pessoal.

Por que os mal-humorados são mal vistos

Ironicamente, o rabugento não gosta de ser visto como o chato da turma. Normalmente, ele é tratado pelos demais com ressalva, afinal ninguém quer “levar uma patada”, com receio de mais negatividade. “Até o gestor sente dificuldade em acompanhar a carreira do profissional que tem esse comportamento. Ele pode, inclusive, não ser promovido, já que é difícil dar um feedback sobre seu trabalho, pois é pouco flexível e dificilmente mudará de atitude”, explica o consultor de RH da Lellis Consultoria, David Silveira.

Para o consultor, o custo de ter um colaborador mal-humorado no time é alto, mesmo que ele faça um bom trabalho. Camaradagem e colaboração são fundamentais para o trabalho em equipe, e ninguém quer trabalhar com alguém que nunca está disposto a ouvir, o que resulta em mais trabalho para todo mundo.
Como lidar com o colega mal-humorado

Segundo a psicóloga comportamental Rani Pacheco, os rabugentos são pessoas que querem mais do que qualquer outra coisa serem reconhecidos e respeitados sendo quem eles são. No entanto, eles têm receio em confiar nos outros, não suportam expor vulnerabilidade e, consequentemente, adoram ter controle emocional. Como resultado, eles usam sua personalidade “mal-humorada” para manter os demais à distância, e ter controle sobre seu trabalho e seu espaço.

Então, ao invés de ignorar um colega de trabalho mal-humorado ou tornar-se impaciente com ele, por que não tentar ajudá-lo a ter um dia mais feliz?

Aqui estão algumas dicas da psicóloga Rani sobre como conviver com um colega rabugento:

Não fique na defensiva
Respeitei-o e tenha certeza de que ele te respeita também. Ele não é o que parece ser o tempo todo, tenha isso em mente. Algumas pessoas têm problemas com a vida, que são refletidos em seu temperamento, e quanto mais você entender, melhor lidará com isso.

Estabeleça os limites corretos
Crie limites saudáveis ​​sempre que você tenha que trabalhar com ele. Não seja injusto apenas por causa do seu mau humor.

Não faça fofoca
Seu colega de trabalho pode ser uma pessoa muito difícil de lidar, mesmo assim, não faça fofoca sobre ele. Você só vai trazer mais negatividade para o ambiente de trabalho. Além disso, às vezes esse colega pode já estar sabendo que é motivo de fofoca e por isso continua amargo com todo mundo.

Seja paciente
Certifique-se de que você não reaja de forma hostil quando se aproxima dessa pessoa. Veja se ela também não se incomoda com essa aproximação.

Pergunte se você pode ser de grande ajuda
Tente falar sobre o comportamento com a pessoa e ofereça ajuda. Se ela não quiser, não insista, permaneça aberto caso surgir um interesse futuro.

Fonte: Portal Carreira & Sucesso

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Dicas para elevar sua auto-estima

                       Aqui estão algumas dicas para identificar e aumentar sua auto-estima:
 
O que é auto-estima?

É a opinião e o sentimento que cada pessoa tem por si mesma.
É ser capaz de respeitar, confiar e gostar de si. Você está de bem com seu corpo? Saiba agora se está dentro peso saudável.

Melhor caminho para o autoconhecimento: diálogo interno. Características da baixa auto-estima:

- insegurança

- inadequação

- perfeccionismo

- dúvidas constantes

- incerto do que se é

- sentimento vago de não ser capaz de realizar nada >> depressão

- não se permite errar

- necessidade de agradar

- aprovação

- reconhecimento

O que diminui a auto-estima?

- críticas e autocríticas

- culpa

- abandono

- rejeição

- carência

- frustração

- vergonha

- inveja

- timidez

- insegurança

- medo

- humilhação

- raiva

- e, principalmente: perdas e dependência (financeira e emocional)

Quando começa a se formar

Na infância. A partir de como as outras pessoas nos tratam. Quando criança pode-se alimentar ou destruir a autoconfiança. Auto-estima baixa geralmente está relacionada a falsos valores. Crença que é necessária aprovação da mãe ou pai.

Para elevar a auto-estima é preciso:

- autoconhecimento

- manter-se em forma física (gostar da imagem refletida no espelho)

- identificar as qualidades e não só os defeitos

- aprender com a experiência passada

- tratar-se com amor e carinho

- ouvir a intuição (o que aumenta a autoconfiança)

- manter diálogo interno

- acreditar que merece ser amado(a) e é especial

- fazer todo dia algo que o deixe feliz. Pode ser coisas simples como dançar, ler, descansar, ouvir música, caminhar.

Resultados da auto-estima elevada

- mais à vontade em oferecer e receber elogios, expressões de afeto

- sentimentos de ansiedade e insegurança diminuem

- harmonia entre o que sente e o que diz

- necessidade de aprovação diminui

- maior flexibilidade aos fatos

- autoconfiança elevada

- amor-próprio aumenta

- satisfação pessoal

- maior desempenho profissional

- relações saudáveis

- paz interior

Fonte: Mais Equilíbrio

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Como lidar com a pressão diária

Sem nem saber, você pode estar sofrendo uma tremenda pressão psicológica no trabalho ou mesmo dentro da sua própria casa. Veja como lidar com a pressão diária e o estresse

É natural sofrer uma certa cobrança por parte das pessoas com quem convivemos, tanto na vida profissional quanto na pessoal, seja para cumprir o prazo de uma atividade no trabalho ou, então, para tomar decisões no relacionamento amoroso ou familiar. E, até certo ponto, essa cobrança é sadia e, muitas vezes, serve como um empurrão para nos obrigar a agir e a dar o nosso melhor. Por outro lado, quando essas cobranças, em vez de pontuais, tornam-se frequentes, e começam a acompanhar você dia sim, outro também, é bom ficar alerta. Afinal, quando a expectativa do outro o obriga a viver sempre sob altos níveis de estresse, e isso se prolonga por semanas ou até meses, é natural que a sua qualidade de vida comece a despencar, a ponto de ocasionar o aparecimento de problemas físicos e emocionais. “Sempre que vivemos uma experiência estressante, o organismo vai fazer um esforço grande para tentar voltar ao equilíbrio. Só que, nesse processo, ocorre também um conjunto de reações no corpo todo, envolvendo o físico, o psíquico e até mesmo a esfera social. Assim, a resposta que você dá à pressão psicológica também se refletirá em todos esses campos da sua vida”, explica a psicóloga Denise Pará Diniz, coordenadora do Setor de Gerenciamento de Estresse e Qualidade de Vida da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

A especialista faz questão de reforçar que não é a cobrança externa o que nos adoenta, e sim o quanto nos preocupamos. Isso explica por que uma pessoa consegue conviver anos com um chefe autoritário, enquanto outra não é capaz de segurar a bronca por uma semana. Ao perceber que uma situação dessas está tirando você do sério, roubando a sua energia e prejudicando a sua capacidade de relaxar, o melhor é procurar um meio de defesa. “Pessoas frequentemente expostas a situações estressantes aumentam a produção de cortisol, um hormônio que favorece a deposição de gordura abdominal. “Esse quadro, por sua vez, eleva as chances de sofrer de problemas como a hipertensão, o diabetes, a depressão e a ansiedade”, alerta o psiquiatra Adriano Segal, membro da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO).

Veja como se cuidar

A descoberta de uma doença grave, como o câncer, pode ser uma experiência traumática para algumas pessoas e levar até mesmo a uma piora do quadro. “Qualquer doença grave, incapacitante, causa sofrimento, porque remete a pessoa à sua própria finitude, a faz pensar na questão da vida e da morte, que é o conflito mais intenso com o qual o ser humano pode se deparar”, explica a psicóloga Ana Cristina Waissmann, chefe da sessão de psicologia do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Existem várias doenças e sintomas que um trauma psicológico pode agravar, mas o mais comum é que apareçam quadros asmáticos, de hipertensão, problemas cardíacos, doenças de pele e dores de causas desconhecidas. Também os distúrbios emocionais são frequentes, como a angústia exagerada, a ansiedade e a depressão. O choque também pode fazer com que as pessoas se isolem e se sintam solitárias.

Saia dessa: Para quem está nessa situação, o mais importante é procurar uma rede de apoio, que reúna outros pacientes com aquela mesma doença, para poder dividir angústias e medos. Vale cercar-se de familiares e amigos. No mais, é interessante consultar um psicólogo, que poderá escutar todas as dores e preocupações sem julgar. “Uma pessoa que está sofrendo tanto não pode ter preconceito em procurar um profissional de saúde mental, porque esse auxílio só vai lhe fazer bem”, reforça Waissmann.

FONTE - Texto: Rita Trevisan e Louise Vernier/ Ilustração: Mauro Nakata/ Adaptação: Letícia Maciel

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A psicofobia e o peso das palavras

O preconceito contra quem sofre de transtornos mentais pode virar crime


Pouco antes de morrer, em março do ano passado, o humorista Chico Anysio decidiu entrar na luta contra o preconceito que cerca as doenças mentais. Ele sofria de depressão e, num sábado à tarde, recebeu em casa o médico Antonio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), para gravar um depoimento.

Durante a conversa, Chico fez um comentário e uma sugestão:
– Antigamente existiam carros usados. Agora chamam de “seminovos”. As coisas hoje têm esses nomes. Crie um nome para o preconceito.
O conselho do comunicador não foi esquecido. Muitas reuniões depois, a ABP lançou o termo “psicofobia”. Atualmente ele é adotado para designar atitudes preconceituosas e discriminatórias contra as deficiências e os transtornos mentais. O uso da palavra se disseminou. Uma busca rápida no Google aponta 16 mil textos em que ela é citada.

A psicofobia pode virar crime. O senador Paulo Davim (PV-RN) propôs uma emenda para incluir esse tipo de preconceito no projeto de lei de reforma do Código Penal Brasileiro. Vários senadores, entre eles Aécio Neves (PSDB-MG), apoiam a proposta.

Cerca de 23 milhões de pessoas (12% da população) necessitam de algum atendimento em saúde mental no Brasil, segundo uma estimativa conservadora da Organização Mundial da Saúde. Quem sofre de depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtorno obsessivo-compulsivo, entre outras doenças, sabe que o preconceito se manifesta de formas variadas e perversas.

Com medo de ofender os pacientes, médicos deixam de encaminhá-los ao psiquiatra. Os pacientes que recebem encaminhamento desistem de procurar o especialista por medo do diagnóstico e da discriminação que ele e a família passarão a sofrer. O estigma destrói a autoestima dos doentes. Eles deixam de procurar emprego ou de lutar por assistência adequada. Estima-se que no Brasil 58% dos casos de esquizofrenia não recebem tratamento.

Não nos damos conta, mas uma das formas mais eficientes de perpetuar o preconceito contra os doentes mentais é aplicar termos da psiquiatria fora do contexto. Quem nunca fez isso?A imprensa é mestre na arte do uso metafórico da palavra esquizofrenia. Os portadores dessa doença apresentam períodos em que têm dificuldade para distinguir o real do imaginado. Podem ocorrer mudanças na forma de pensar e sentir, com prejuízo das relações afetivas e do desempenho profissional e social.

Esquizofrenia é isso, mas na linguagem corrente passou a designar todas as mazelas da política, da economia e as esquisitices da cultura pop. Faltou palavra? Tascamos um esquizofrênico e todo mundo entende o que queremos dizer. Mudar isso tudo depende de mobilização, dinheiro e disposição para a luta política. Combater o estigma não custa nada e depende da vontade individual. Um bom começo é pensar nas palavras que escolhemos e repetimos. Elas têm peso e consequência.

Fonte: Época - Cristiane Segatto

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ansiedade e depressão não são quadros opostos

 
Ambos têm sintomas em comum e podem aparecer na mesma pessoa
 
Muitas pessoas acreditam que depressão e ansiedade são quadros opostos, mas isto não é verdade. Existem muitos estudos a cerca destas doenças, e o que se pode observar é que o diagnóstico de depressão pode passar para um quadro de ansiedade em 2% dos casos e no sentido contrário, ansiedade para a depressão em 24% dos casos. Por isso é importante buscar a ajuda de um especialista para evitar que o quadro se agrave. 
 
Primeiro, vamos entender o que é a ansiedade. Esse é um sentimento que causa desconforto, uma apreensão desagradável que pode surgir frente a um perigo real, ou imaginário, onde prepara o indivíduo para uma situação potencialmente danosa, como punições, privações ou ameaças físicas ou morais. A ansiedade impulsiona a pessoa a resolver a situação, aumentando o grau de vigília e sua capacidade de ação, é natural do ser humano e adaptativo, necessário para a autopreservação. 
 
A ansiedade se torna patológica quando passa a atrapalhar o indivíduo, trazendo prejuízo ao bem estar e ao seu desempenho, impedindo-o de enfrentar as situações ameaçadoras. Seus sintomas são intensos e aparecem como medos exagerados, estados em que não se consegue relaxar, sensação de que sempre algo ruim está para acontecer, falta de controle sobre seus pensamentos, fixação em seus problemas, pavor de situações difíceis, dificuldade de concentração, fadiga, irritabilidade, problemas sexuais, dificuldades para dormir, entre outros. Esses pensamentos geralmente vêm associados a sensações físicas como mal estar, dor de estômago, aperto no tórax, palpitações, inquietação, sudorese, etc. 
 
Já a depressão é um distúrbio emocional caracterizado por tristeza profunda e baixa autoestima, que pode ser desencadeada por diversos fatores. Nele há uma alteração química no cérebro do paciente, onde os neurotransmissores não são produzidos de maneira satisfatória. Entre eles estão a serotonina, noradrenalina e dopamina, que são substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. 
 
Os sintomas da depressão são: apatia, falta de motivação, medos que antes não existiam, dificuldade de concentração, perda ou aumento de apetite, pessimismo, indecisão, insônia, sensação de vazio, irritabilidade, raciocínio mais lento, esquecimento, ansiedade, angustia, entre outros. 
 
Podemos observar que há muitos sintomas similares entre a depressão e a ansiedade, como por exemplo, os medos, dificuldade de concentração, insegurança, irritabilidade, entre outros. O que é importante ressaltar é que ambos são doenças e devem ser diagnosticas e tratadas corretamente por profissionais especializados. 
 
É importante que se houver alguma dúvida quanto a sintomas ou diagnósticos, procure um especialista e faça uma avaliação, pois são doenças que podem se agravar. O quanto antes elas forem tratadas, mais rápido e eficiente será o restabelecimento da saúde mental desse paciente. 
 
Fonte: Portal Minha Vida

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Comportamento dos adolescentes tem relação com o cérebro

 
Adolescentes em geral têm comportamentos bem inusitados, não é mesmo? São brigas e explosões sem razão aparente, oscilações de humor, isolamento... Embora muitos pais achem que os filhos nessa idade são "rebeldes sem causa", existem sim motivos para as atitudes dos mais jovens, e, para a surpresa de todos, alguns são fisiológicos.
 
Pois é, um fator neurológico deixa a adolescência um pouco mais complicada. "Ao contrário do que se pensava antigamente, o cérebro ainda está em desenvolvimento nessa fase da vida", afirma Taíssa Ferrari, neurologista do Instituto Paulistano de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna Vertebral.

Ela explica que a região pré-frontal do córtex cerebral só se estabelece mesmo por volta dos 25 anos de idade. Essa área contém estruturas mentais que inibem respostas intempestivas, pois é responsável pelo planejamento e o controle das emoções. "Normalmente, a impulsividade diminui entre os 18 e os 25 anos", diz Taíssa. Isso acontece, em parte, por causa da estabilização das mudanças cerebrais características da adolescência.
 
Aquela famosa ideia de que as meninas ficam adultas mais rápido que os rapazes não é um simples boato. Segundo a neurologista, o cérebro feminino tende a amadurecer cerca de dois anos antes do masculino. Por isso, elas podem se tornar verdadeiras mulheres nas atitudes enquanto seus colegas de classe ainda agem como garotos.
 
E existe o lado bom da situação. Nesse período, ocorre uma verdadeira reorganização do cérebro. A região responsável pelo aprendizado também se desenvolve - portanto, é uma época ótima para a aprendizagem de novas línguas, por exemplo. A escrita costuma ter grandes progressos durante a adolescência, possibilitando a compreensão de regras mais complexas.
 
Mas calma, não é certo jogar a culpa toda nas causas fisiológicas. Se fosse, todos os adolescentes reagiriam da mesma forma aos problemas e desafios da vida, o que não é verdade. Eles não são somente hormônios e córtex cerebral, têm suas particularidades como qualquer pessoa. E existe o fator educação, que interfere - e muito - nas atitudes dos jovens. "O comportamento está relacionado com caráter, personalidade, temperamento, estrutura psicoemocional, desenvolvimento social do adolescente", diz Caio Feijó, psicólogo e psicoterapeuta.
 
De acordo com ele, a adolescência é uma época de várias frustrações, pois nessa idade estamos perdendo as "mordomias" das crianças e, ao mesmo tempo, tentando nos inserir (sem sucesso) no universo adulto. Assim, o adolescente é um ser que ainda não se encontrou. "Como ele perde as coisas de criança e não é aceito no mundo adulto, reage ao ambiente com comportamentos intempestivos", justifica o psicoterapeuta.

Para ajudar os filhos e até evitar um pouco esse tipo de reação deles, os responsáveis têm um papel fundamental: o de educar seus pequenos com limite, claro, mas respeitando o espaço deles. A dica de ouro para moldar o comportamento deles não é nenhuma novidade. "Os pais devem estar presentes com valores como respeito e cidadania, dando o exemplo aos filhos. É preciso ter paciência com eles, no entanto a adolescência é uma fase que passa logo", ensina Caio.
 
Nos momentos mais difíceis, os adultos podem lembrar que um dia já foram mais jovens e tiveram comportamentos impulsivos e inconsequentes. Assim, verão que o adolescente não é nenhum ser de outro planeta.
 
Fonte: Portal Terra