terça-feira, 25 de agosto de 2015

Projeto Adolescer na mídia

No último domingo, dia 23, o caderno Feminino e Masculino, do Jornal Estado de Minas publicou uma nota divulgando as inscrições para o Projeto Adolescer que começa em setembro. 
Confira!

Contatos

Budismo - A partir do dia 26, o Centro de Estudos Budistas Bodisatva(CEBB) promove eventos especiais. Na quarta-feira, às 19h30, Lama Padma Samten, um dos principais representantes do budismo no Brasil, falará sobre Conselhos do coração em tempos de crise. Na sexta-feira, Marcelo Nicolodi ministra a palestra Como evitar o materialismo espiritual, e, nos dias 29 e 30, o curso Roda da vida. Inscrições limitadas. Informações: www.cebb.org.br/centros/mg/bh/, bh@cebb.org.br ou (31) 9809-6559/ 3245-2483.

Mãe divina – Amanhã, às 18h30, a professora Maria José Marinho promove a primeira reunião explicativa e de preparação espiritual para a Semana da Mãe Divina, dias auspiciosos para receber graças. Entrada franca. Informações: (31) 3223-8340/3225-4222.

Palestra – No sábado, das 16h às 18h, o Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC) promove palestra pública e gratuita com o tema “Profissão e programação existencial.” Entre os tópicos Priorizações na escolha da profissão e “Sua profissão é propulsora ou barreira para sua programação existencial?” No dia 1º de setembro, de 19h30 às 22h, haverá aula experimental gratuita do Curso Integrado de Projeciologia (CIP) – Teoria e prática da experiência fora do corpo. Local: Rua Padre Marinho, 455, 7º andar, Santa Efigênia. Informações: (31)3222-0056.

Medita BH – Nos dias 29 e 30, a Organização Brahma Kumaris promove seminário com o tema Superando o ego. Conduzido por Patrícia Carvalho, coordenadora da entidade em BH, o programa objetiva fornecer mecanismos para a identificação do ego, além de métodos para manter a consciência, entre outros. Local: Serra do Cipó. Informações: www.meditabh.com e (31) 3371-9802.

Adolescentes – A partir de setembro, a psicóloga Roneida Gontijo Couto, especialista em psicopedagogia, abre nova turma do Projeto adolescer. Com duração de cinco meses, o programa envolve 10 encontros quinzenais, com espaço para a troca de informações, esclarecimento de dúvidas e integração. Entre os objetivos, promover a vivencia da adolescência de forma mais consciente e segura, além de discutir as principais questões que envolvem esta fase da vida como mudanças físicas e psicológicas, conflitos familiares e sexualidade, entre outros. Informações: (31) 2531- 3965/9251-6238 e www.roneidagontijo.blogspot.com.br.

Reiki e outros – No dia 9 de setembro, às 19h30, o Espaço Holístico promove a palestra “Sistemas avançados de reiki: karuna reiki (USA), rainbow reiki (Alemanha), seichim & sekhem(egípcio), holístico, gendai e jikiden (Japão).” Ao longo do mês, haverá outros cursos e workshops com os temas Magnifield Healing, diversos tipos de reiki (shoden, gendai, usui Ocidental, jikiden de Kyoto, entre outros), além de terapias holísticas como shiatsu, reflexologia, cristais, aromas, florais, musicoterapia, etc. O facilitador é o professor Bern Hard Roessmann. Informações: (31) 3213-8843 ou 9611-8666.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Não basta ser pai

Frente ao modelo contemporâneo de família, homens encontram espaço para assumir funções que antes eram atribuídas às mulheres e conquistam relação mais próxima com os filhos

Em um passado recente, trocar fralda e fazer mamadeira eram tarefas exclusivas da mãe. O pai assumia o papel de provedor da família, e nada mais. Agora, a história mudou. O homem participa cada vez mais da rotina dos filhos e divide com a mulher todas as responsabilidades em casa.



Na visão da psicóloga Roneida Gontijo, o envolvimento dos pais com os filhos cresceu depois que as mães decidiram investir na vida profissional e encarar o mercado de trabalho. Isso fez surgir um novo formato de família, em que homens e mulheres passam parte do dia longe de casa. Resultado: as atividades precisam ser divididas entre o casal. “Pai moderno acompanha de perto a gravidez, acorda à noite para fazer mamadeira, dá remédio quando o filho está doente, leva e busca a criança na escola, participa das reuniões escolares e ainda tem que saber fazer comida”, enumera.

Apesar de observar que as mulheres ainda dedicam mais tempo à casa e aos filhos, a especialista enxerga que, em um futuro próximo, as atividades serão divididas igualmente entre pai e mãe. Incluindo as tarefas domésticas. A mudança não se justifica apenas por ser uma exigência da sociedade, mas pelo crescente interesse dos homens em participar da vida dos filhos. “Eles estão muito mais preparados para exercer essa função, inclusive se sentem realizados com isso. Já ouvi pai dizer que, se pudesse, amamentava os filhos. Acho fantástico ver essa necessidade de participação.”

Para os pais modernos, o filho está sempre em primeiro lugar. Tanto que eles se sentem motivados a ganhar dinheiro para dar boas oportunidades à prole, e não simplesmente para garantir o sustento da família. “Antigamente, o pensamento era trabalhar para pagar as despesas básicas e deixar uma herança. Não pensavam muito na educação e no apoio emocional. Hoje em dia, isso mudou”, comenta a psicóloga.

Por falta de tempo, muitos pais não conseguem participar como gostariam da rotina dos filhos. Roneida ressalta, no entanto, que o que importa é aproveitar o momento disponível, mesmo que seja pouco. “Para o fortalecimento emocional, não precisamos de muita coisa. São atitudes simples, que qualquer um pode fazer, basta ter disponibilidade”, pontua. Levar e buscar na escola, preparar um lanche, escovar os dentes ou ajudar em qualquer outra atividade do dia a dia é muito mais transformador que tentar se aproximar oferecendo um presente ao filho.

APROXIMAÇÃO 

O pai demonstra dificuldade em participar da rotina dos filhos? A orientação da especialista é procurar inclui-lo em programas simples, como sessão de cinema, passeio no parque ou mesmo viagem de férias, para agradá-lo e, ao mesmo tempo, aumentar o tempo em que todos passam juntos. “Algo vai sensibilizar e fazer com que esse pai, mesmo aquele mais fechado, esteja mais próximo, o desafio é descobrir o quê. Tudo deve ser sempre feito com muito amor e carinho. Não pode ser uma imposição, senão dificulta bastante essa aproximação”, esclarece.

Todos ganham com a mudança de atitude: os pais se sentem realizados, as mães podem dividir as tarefas e os filhos ficam ainda mais próximos. “Antigamente, era a mãe quem resolvia tudo para o filho. O pai era a autoridade da casa e existia até um receio para conversar com ele. Hoje em dia, esse pai é amigo, presente e está muito mais aberto”, avalia Roneida. Quando o homem é participativo desde a gravidez, o som da voz dele pode acalmar o bebê. Mais tarde, essa aproximação é positiva para a criança, e principalmente para o adolescente, que pode contar com o apoio do pai e da mãe.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Veja como fazer da inveja um impulso positivo

Desejar o sucesso que o outro tem, sem querer o mal, pode te ajudar a planejar-se para conquistar seus objetivos

Sentir inveja é normal? O que é inveja? O sentimento de inveja é negativo, pois é caracterizado por uma tristeza (leve ou profunda) com relação ao que o que outro tem (coisas matérias, profissionais, amorosas, qualidades e habilidades pessoais, etc) e ao que eu não tenho. Inveja é um sentimento de frustração que leva muitas pessoas a experimentarem o gosto amargo da infelicidade ao querer ter algo que não se possui no momento presente. 

Na tradição católica, a inveja é sentimento muito negativo e considerado um dos sete pecados capitais. Isso ocorre porque a inveja é uma emoção carregada de comparações ruins e limitantes. Quanto mais se desejar ser e ter o que não se é e tem, maior a possibilidade de dor e angustia por não ser capaz de usufruir o que se tem. Quem não é capaz de dar valor ao que se conquistou e todas as batalhas que já se venceu pode sofrer muito com isso. 

Como tentativa de cura dessa sensação ruim, o movimento interno da pessoa é querer ter exatamente o que o outro tem. De forma saudável, essa pessoa pode criar metas e planejamentos para em breve alcançar o sucesso desejado. Essa ação é dita por muitos como sendo "inveja branca", "inveja boa", quando alguém quer o que o outro tem tem, sem querer o mal dessa pessoa e sem sofrer por não ter, sendo capaz de planejar, organiza-se para ter num futuro próximo ou distante aquele mesmo gostinho de sucesso. E assim, a pessoa consegue ser feliz hoje com o que tem e sonhar com o que pode vir a ter. 

Somos capazes de olhar o sucesso pessoal de alguém e buscarmos também o melhor para nós mesmos. Por exemplo, se um amigo começa a praticar um determinado esporte, uma academia para cuidar da saúde física e mental, segui-lo nesse caminho, pode ser algo bom e não necessariamente carregado de tristeza e mal estar. 

De forma negativa, a pessoa não sai do lugar e sofre por não ter o que deseja. Com isso, não é capaz nem de aproveitar o que tem, nem de correr atrás do que deseja. Por isso, para algumas pessoas, sentir inveja é sinônimo de inércia e muito sofrimento. Esse mal estar todo pode até mesmo levar a uma baixa autoestima. 

Quem olha para o outro e vê um aspecto de sucesso isolado do contexto geral da vida, pode achar que as pessoas a sua volta tem uma vida mais fácil, são mais sortudas e felizes. Descontextualizar o sucesso de uma pessoa pode ser algo terrível para mente humana. "A grama do vizinho é sempre mais verde" e isso leva a sentimentos ruins e de pouca racionalidade. 

Quando a dor é grande e leva a pessoa a sair do caminho de motivação, ação e realização pessoal pode ser indicado um tratamento psicoterápico. Técnicas de programação neurolinguística, hipnose e coaching de vida podem ser úteis para lidar com esses sentimentos e também para criar novas opções de sentimento e comportamento. Ser capaz de planejar e de alcançar o sucesso é delicioso. 

FONTE: http://www.minhavida.com.br

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Projeto Adolescer

Faça parte do Projeto Adolescer e esclareça todas as suas dúvidas sobre essa fase de incertezas com a psicóloga Roneida Gontijo. 
Nova turma em Setembro, com inscrições até o dia 28 de Agosto. 

Não perca! ‪#‎adolescer‬


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Conheça os hábitos que ajudam a prevenir o estresse


Redução do uso do celular e alimentação balanceada podem acalmar a mente

Todo estresse só é negativo quando se torna excessivo. O problema é que na maior parte das situações do dia-a-dia as pessoas são tomadas por tantas preocupações que o estresse em excesso tem se tornado um problema comum dos tempos de hoje. Mas sabia que esse tipo de nervosismo pode ser prevenido com algumas mudanças simples no seu cotidiano? "Pequenos hábitos, como respiração e mudanças no dia-a-dia ajudam a controlar e evitar o problema", conta o psiquiatra Leonard Verea, especialista em Medicina Psicossomática e em Medicina do Trabalho. Confira alguns desses hábitos a seguir:

Alimentar-se de forma balanceada

Alimentação muitas vezes parece ser remédio para todos os problemas, e talvez seja mesmo. No caso do estresse, ter pratos equilibrados ajuda o organismo de muitas formas. Ter um consumo adequado de gorduras, carboidratos,proteínas, vitaminas e minerais é essencial para o bem-estar do organismo. "Se o nosso organismo recebe diariamente esses nutrientes, por meio da alimentação, naturalmente ele irá funcionar melhor, aumentando a energia e vitalidade que precisamos para enfrentar os problemas do cotidiano. No entanto, se existe carência ou excesso de algum elemento, o nosso corpo precisa fazer um esforço para compensar isso, o que gera mais desgaste", descreve o cirurgião geral Marcelo Katayama, instrutor de treinamento com foco em desenvolvimento pessoal e diretor no Núcleo Ser. Por outro lado, também há a perda de nutriente durante o quadro de estresse crônico, que é agravado pelo consumo de itens como cafeína, açúcar e sal, como explica o psiquiatra Leonard Verea, especialista em Medicina Psicossomática e em Medicina do Trabalho. 

Praticar atividades físicas

Exercícios têm diversas características que se relacionam com o relaxamento de quem os pratica. Em primeiro lugar há a liberação de hormônios que otimizam o funcionamento do corpo. "A adrenalina age na redução do estresse, o cortisol atua como anti-inflamatório, o glucagon aumenta a quantidade de glicose no fígado, o GH (hormônio do crescimento) transmite bem-estar e a endorfina produz a sensação de prazer e melhora a qualidade do sono", considera Leonard.

Além disso, existe um mecanismo que os especialistas chamam de senso de propósito. "Quando fazemos algo com a convicção de que isso está contribuindo para a nossa saúde, damos para a nossa mente comandos do tipo 'isso é bom para mim', 'estou seguindo na direção certa? e ?estou cumprindo um propósito?, que vai alimentando a nossa sensação interna de que merecemos algo bom, somos boas pessoas", ensina Katayama. Por fim, o especialista aponta como a prática de uma atividade física ajuda a mudar um pouco o foco, saindo daquele problema que ficou incomodando o dia todo e estava causando estresse. 

Mudar a postura

Ter uma postura melhor é benéfico também para a mente. E a palavra "postura" aqui não significa apenas a forma como recebemos as informações, e sim com a maneira que posicionamos nosso corpo no dia a dia. Para provar esse ponto, o cirurgião Katayama sugere um exercício: primeiro posicione a cabeça para frente e encolha os ombros, curve as costas para frente, como se estivesse deprimido, e tente pensar em algo alegre. Difícil, não é mesmo? Em seguida, espalhe-se na cadeira como em um dia de verão na praia, e depois tente pensar em uma conta para pagar. Igualmente complicado! "A forma com que usamos o nosso corpo tem um reflexo direto no nosso estado interno e na nossa capacidade de lidar com os problemas", considera o especialista. 

Procure rir mais

Estudos de 1989 foram os primeiros a demonstrar alguma relação entre o riso e a redução do estresse, ao perceber que voluntários que assistiam vídeos humorísticos tinham uma queda maior nos hormônios cortisol e adrenalina, do que os que assistiam a qualquer vídeo. "Depois disso, vários outros estudos confirmaram esse achado, que o riso reduz os níveis de hormônios e substâncias ligados ao estresse", considera Katayama.

O psiquiatra Verea resume os benefícios da risada: "rir libera endorfinas, que são hormônios que promovem a sensação de bem-estar; também ativa a sua resposta ao estresse, aumentando a sua frequência cardíaca e pressão arterial e criando uma sensação de relaxamento. Por fim, ele também estimula a circulação e ajuda a relaxar os músculos, o que reduz os sintomas físicos do estresse".

Além do mais, a risada tem o dom de mudar a perspectiva de quem está rindo sobre as situações. "Como grande parte do estresse é devido a pensamentos, julgamentos e pressões internas por resultados que vamos criando no decorrer do dia, rir pode ser uma boa alternativa para conseguir ver a situação sobre um ponto de vista diferente", finaliza Katayama. 

Fazer sexo

Sexo vai além do prazer: os mecanismos hormonais da prática sexual beneficiam o corpo a lidar com estresse. "O contato íntimo produz alterações químicas cerebrais, melhorando o humor devido à liberação de testosterona, estrogênio, prolactina, hormônio luteinizante e prostaglandina na corrente sanguínea", lista o psiquiatra Verea.

Dormir melhor

O estresse prolongado, antes de tudo, funciona como uma agressão ao nosso organismo. E dormir bem é uma das melhores formas do corpo se recuperar desse tipo de ataque. "Quando você está descansado, tem uma maior clareza de pensamento e uma habilidade maior para reagir aos estímulos agressores. Pessoas que ficam longos períodos com privação de sono tendem estar mais desatentas e com os reflexos lentos", ensina Katayama. Tanto que pessoas que dormem pouco tendem a ser mais irritadas e diversos estudos relacionam transtorno de humor com pessoas que trabalham com turnos trocados, como relata o cirurgião.
 
Respirar direito

A respiração está diretamente relacionada com nossas emoções e tem a capacidade de regulá-las de duas formas: primeiro por um mecanismo fisiológico, já que o estado de ansiedade nos faz inalar o ar com mais rapidez e de forma mais rasa, e mudar isso conscientemente ajuda a acalmar, pois o corpo volta ao equilíbrio. "Outro ponto está no fato do indivíduo, ao tornar sua respiração consciente, traz sua atenção ao momento presente. Com isso o estado de ansiedade tende a ser minimizado", acredita a fisioterapeuta Camila Montandon, especialista em Terapias Integrativas. 

Autoincentivar-se

Dentro da psicologia existe um termo chamado "Positive talk" (em livre tradução, algo como fala positiva). O conceito vem do fato de que todas as pessoas conversam consigo mesmas, mas enquanto algumas sabem fazer isso como uma forma de alento e carinho, outras não sabem se autoincentivar: "a maior parte das pessoas cultiva pensamentos de injustiça, sofrimento e pesar, além de faze julgamentos sobre si mesmo que certamente não faria para os outros", relata o cirurgião Katayama. O problema, é que ter esse tipo de pensamento gera um círculo vicioso, que faz com que a pessoa se vitimize mais e, com isso, fiquem mais propensas a situações de estresse prolongado.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Bate-papo

O bate-papo de amanhã, com a psicóloga Roneida Gontijo é sobre bullying! Não perca! 


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Puberdade: entenda as mudanças e não subestime as angústias do seu filho

A música "Não Vou me Adaptar", de Nando Reis, bem poderia ser uma descrição da puberdade. "Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia" e "eu não tenho mais a cara que eu tinha" são percepções comuns a muitas crianças a partir dos oito ou nove anos, quando estão ingressando na adolescência. Essa fase de transição é marcada por uma série de mudanças físicas e pode ser perturbadora. Ela fica mais fácil com a ajuda dos pais, por isso vale estar bem informado e preparado para conversar sobre as dúvidas e medos que atingem os filhos, tornando a transição mais tranquila.


Tratar o assunto com naturalidade facilita muito. Falar de pênis ou vagina é a mesma coisa que falar de pé, nariz. São partes do corpo. Mas é importante saber o momento certo para entrar no assunto.

"Geralmente, os próprios filhos perguntam. Responda apenas o que está sendo questionado. Mais do que isso, é nossa ansiedade falando mais alto", diz Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Fundamental também é nunca fazer brincadeiras com as transformações ou subestimar a angústia do filho. "O que para nós é só uma espinha, para o adolescente, pode ser um monstro", afirma Andrea Hercowitz, hebiatra (médico especializado em adolescentes) do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Veja o que acontece com meninas e meninos durante a puberdade e ajude-os a lidar com a fase:
Meninas

O primeiro sinal da puberdade feminina costuma acontecer entre oito e 13 anos: é o chamado "broto mamário", um pequeno "botão" sob o mamilo, que pode ser doloroso ao toque. Depois de seis meses a um ano, enquanto as mamas continuam se desenvolvendo, surgem os primeiros pelos pubianos e só depois disso (mais uns seis a 12 meses) os pelos sobre as axilas.

Com a puberdade, começa também o estirão de crescimento, que dura uns dois anos. As meninas, que na infância cresciam cerca de cinco centímetros por ano, passam a ganhar, em média, oito centímetros anuais. Pouco antes do fim dessa fase, o corpo de menina começa a dar lugar à silhueta de mulher. "A cintura afina, o quadril fica mais largo e a garota ganha mais massa muscular", explica Marcelo Iampolsky, professor de hebiatria da Faculdade de Medicina do ABC, na Grande São Paulo.

A primeira menstruação (menarca) costuma vir cerca de dois anos após o aparecimento do broto mamário. E as meninas ainda crescem de cinco a sete centímetros em um período de até dois anos após a menarca.
Meninos

Nos garotos, a puberdade começa mais tarde, em geral, entre nove e 14 anos, e seu primeiro sinal é mais discreto. "Trata-se do aumento do testículo que, quando atinge cerca de quatro centímetros cúbicos (tamanho equivalente a uma uva), marca o início da transição", explica o hebiatra Iampolsky. O pênis permanece infantil nesse primeiro momento.

Seis meses depois, aparecem os primeiros pelos pubianos, seguidos pela penugem nas axilas e, só dois anos depois disso, aparecem pelos no rosto. Enquanto isso, os testículos continuam se desenvolvendo até atingirem o volume definitivo, que varia de 15 a 25 centímetros cúbicos.

O crescimento do pênis –inicialmente, em comprimento e depois em espessura– começa por volta de oito meses a um ano depois do início da puberdade, acompanhado do aumento da estatura. Tanto meninos quanto meninas têm dois anos de estirão. Eles chegam a crescer de dez a 12 centímetros por ano.

A voz do garoto também ficará mais grossa. Isso acontece porque, durante o estirão, o aumento do hormônio testosterona e do hormônio do crescimento (GH) provoca o desenvolvimento da laringe.

Assim como a primeira menstruação da menina indica a maturidade sexual, o garoto também vivenciará um marco importante: a primeira ejaculação, chamada de espermarca. Ela ocorre depois que o pênis aumentar em comprimento e diâmetro. "É nessa fase também que o garoto começa a ganhar massa e força muscular", afirma Iampolsky.
Como ajudar seu filho quando:

1 - Cabelo e pele estiverem oleosos

A causa é a maior atividade das glândulas sebáceas, estimuladas pela ação de hormônio masculino tanto nos meninos quanto nas meninas. Deve-se evitar água muito quente na higienização. Ela retira a camada de oleosidade natural e estimula a pele a produzir mais gordura.

2 - Aparecerem espinhas

A acne é um processo inflamatório desencadeado pela obstrução do folículo piloso (onde nasce o pelo) e presença da bactéria Propionibacterium acnes, que se prolifera e causa inflamação. Além de manter a pele limpa, com sabonete suave e água fria, uma consulta ao dermatologista pode ajudar, sobretudo nos casos mais graves.

3 - O suor for excessivo e cheirar mal

As glândulas sudoríparas também são hiperestimuladas na puberdade. Por isso, os jovens suam muito nas axilas, pés e mãos. Com as roupas e sapatos mais úmidos em contato com o meio ambiente, surge o mau cheiro. Roupas de algodão ou de outros tecidos que deixem a pele "respirar" são mais indicadas, e o desodorante é permitido desde que seja um produto adequado à faixa etária.

4 - Surgirem estrias

A causa está no estirão de crescimento. "As formas físicas mudam muito em um curto espaço de tempo e as estrias podem aparecer", diz Iampolsky. Manter a pele hidratada ajuda a prevenir o problema, mas, se elas surgirem, os especialistas orientam buscar ajuda enquanto elas ainda estiverem vermelhas (mais recentes), pois existem tratamentos que evitam ou diminuem as marcas definitivas.

5 - Aumentar o apetite

"O organismo precisa de mais energia durante o estirão, o que dá mais fome", afirma Andrea. Mas isso pode ser conflitante com o medo de ganhar peso. A dica é manter uma alimentação saudável e equilibrada e fazer a maioria das refeições em casa.