terça-feira, 29 de julho de 2014

Falar com recém-nascidos ajuda no aprendizado da língua

Pesquisadores de Washington monitoraram as ondas cerebrais de crianças antes de completarem um ano

Falar com bebês recém-nascidos não é apenas um sinal de afeto, mas fundamental para ensiná-los a falar. O jeito de falar com ênfase nas vogais é o que mais ajuda no processo de aprendizagem, segundo novo estudo feito por acadêmicos da Universidade de Washington. Expor as crianças aos sons vocais desde o nascimento as ajuda a distinguir a língua de outros ruídos. As informações são do Daily Mail.

Aos sete meses, os bebês já podem diferenciar vozes de outros sons, mesmo sem ver a pessoa que está falando. Aos 11 meses, conseguem distinguir seu próprio idioma. Para a descoberta, cientistas monitoraram as ondas cerebrais de bebês e os submeteram a uma série de palavras gravadas em diferentes idiomas.

Aos sete meses, a parte do cérebro dos bebês associada à linguagem foi ativada sempre que ouviram uma voz humana. Quatro meses mais tarde, a mesma região do cérebro só passou a entrar em ação quando ouviram uma palavra da língua nativa.

FONTE: Mulher.Terra

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Identifique sinais de que o celular está atrapalhando a sua vida

Se o uso do celular está atrapalhando outros aspectos da sua vida, fique alerta


Quantas vezes por dia você checa o seu celular? Em todos os lugares, é possível ver pessoas que não largam o aparelho para nada, nem para comer ou assistir a um filme no cinema. Há poucos anos, a primeira coisa que se costumava fazer pela manhã era escovar os dentes ou lavar o rosto. Agora, o mais comum é verificar as notificações do smartphone antes mesmo de sair da cama.

Uma pesquisa, realizada no ano passado pelo aplicativo Locket, que paga aos usuários nos Estados Unidos para exibir publicidade na tela de abertura do celular, revelou que, em média, as pessoas checam o aparelho 110 vezes por dia. Outra estatística, apresentada pela Nokia em 2010, apontava para 150 checagens diárias.
Esse hábito de não desgrudar do celular pode ser considerado uma forma de dependência. Entretanto, o problema ainda não é classificado como uma doença catalogada entre os transtornos mentais. Nem por isso deixa de trazer consequências para os usuários mais inveterados.

"A pessoa perde a capacidade de concentração, não consegue estar inteira e atenta ao momento porque fica pensando no que será que está acontecendo", diz Dora Sampaio Góes, psicóloga do Grupo de Dependências Tecnológicas, ligado ao Instituto de Psiquiatria do HC (Hospital das Clínicas) da USP (Universidade de São Paulo).

Dora observa que ainda não se sabe quais serão os efeitos dessa dependência em médio e longo prazo, porém chama a atenção para a dificuldade que algumas pessoas já apresentam em se aprofundar nos assuntos ou ler um livro.

Apesar de muitos acreditarem que a utilização excessiva do celular desencadeia ansiedade nos usuários, a psicóloga explica que o processo é inverso. "Essas pessoas já têm propensão à ansiedade. Não é a tecnologia em si que traz problemas para a gente, ela apenas revela", afirma. 


Tratamento

Apesar de impactar na maneira como vivemos e nos relacionamos nos dias de hoje, o psiquiatra Aderbal Vieira Junior, responsável pelo setor de tratamento de dependências de comportamentos do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) do Departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), acredita que o uso excessivo de celular não acarreta transtornos graves.

"É uma forma de dependência leve, mas mesmo que seja caracterizada como tal, dificilmente a pessoa busca tratamento", esclarece.

Contudo, o psiquiatra percebe consequências negativas desse comportamento, que considera mais como um abuso da tecnologia do que uma dependência propriamente dita. "Tem um grau de empobrecimento existencial. As pessoas estão se relacionando menos porque estão muito concentradas no mundo virtual", diz.

A psicóloga norte-americana Kimberly Young, responsável pelo primeiro programa de reabilitação com internação para dependentes de internet dos Estados Unidos, concorda que o problema ainda não requer tratamento médico. "Penso que nós damos mais atenção aos nossos aparelhos móveis do que deveríamos, mas não é caso para tratarmos clinicamente".

Kimberly conta que a reabilitação para os dependentes tecnológicos começou no ano passado por causa do aumento da procura de pacientes por tratamento com internação. "Funciona da mesma forma que uma reabilitação para dependentes de drogas", explica. O programa recebe pessoas adictas à pornografia, compras online, jogos e redes sociais.

Para saber se o uso do celular está indo além do limite, a psicóloga Dora Sampaio afirma que é preciso analisar se o comportamento interfere nas atividades cotidianas e traz prejuízos para a vida do indivíduo. "Um dos sinais é quando a pessoa tenta diminuir o uso, mas não consegue", alerta.


Falta de interação

 A reclamação mais comum nos dias de hoje é que as pessoas não interagem porque ficam o tempo todo no celular. O desenvolvedor web Daniel Oshiro, 27, morador de São Paulo, um usuário intensivo de smartphone (ou "hard user", como ele mesmo se define), não acredita que a culpa seja do aparelho.

"Alguns amigos não gostam, dizem que não participo muito. Mas sou bastante introvertido, então, com celular ou sem, não acho que vou me comunicar mais com eles", diz.

Daniel chega a carregar a bateria do celular três vezes no mesmo dia e dificilmente fica mais do que 30 minutos sem checar o aparelho, com exceção da noite, em que programa seu smartphone para não tocar nem vibrar das 23h às 6h.

O desenvolvedor não concorda com quem o critica, dizendo que ele perde detalhes da vida. "O que as pessoas não entendem é que normalmente não estou 100% imerso no celular. Como usei o aparelho boa parte da minha vida, consigo olhar coisas no telefone e participar da conversa", defende-se. Mas confessa que às vezes vai para o smartphone porque o tema da discussão não o atrai. "Se o assunto na mesa está interessante, não mexo no celular", revela.

Pegar o smartphone para fugir da conversa ou da reunião chata, procurar a última piadinha ou olhar quem comentou o post na rede social são maneiras instantâneas de perseguir o prazer. "Todos temos essa tendência. É uma característica do ser humano buscar o prazer mais imediato, rápido e menos trabalhoso possível", diz o psiquiatra Aderbal Vieira Junior.

FONTE: Site UOL

terça-feira, 22 de julho de 2014

Detox na vida pessoal

Dicas para se livrar de relações que nos fazem mal


Recentemente, o Facebook trouxe a público um experimento que fez em sigilo em 2012 e que gerou polêmica: manipulou os sentimentos de 700 mil usuários. Como? Dividiu um grupo de bons sentimentos - onde só recebiam notícias positivas - e outro de maus sentimentos - no caso, recebiam feeds negativos.

O resultado? As pessoas que recebiam notícias boas ficaram mais otimistas e as que recebiam notícias ruins ficaram mais negativas.

Coincidência ou não, ficar próximo de pessoas negativas realmente pode derrubar a autoestima de qualquer um. Isso é muito comum em relações de trabalho - quem nunca teve um chefe mal humorado e acabou aderindo ao mesmo humor? -, família, amor, ou entre amigos. Às vezes é preciso fazer um detox da vida pessoal para seguir um ritmo otimista e cheio de perspectivas.

Isso não significa que devemos excluir as pessoas negativas da própria rotina, mas tentar aproximar-se de pessoas que sejam otimistas e que tragam bons exemplos de resultados e empenho para seus objetivos. Afinal de contas, nada mais legal do que sempre estar perto de gente animada, para cima e determinada - dá uma certa injeção de ânimo, não é?! Se serve de estímulo, uma pesquisa realizada na Clínica Mayo, nos EUA, revela que os otimistas podem viver até 12 anos a mais.

Veja três dicas para se livrar das relações destrutivas:

Família
Sabe aquele membro da família que mais gera polêmica do que ajuda a resolver os problemas familiares? Pois bem, ao invés de jogar tudo para o alto, pense bem em todas as situações ruins e tente converter os argumentos negativos em positivos. Não banque uma guerra fria, mas tente argumentar com o objetivo de despertar outras soluções para que as questões sejam resolvidas com mais agilidade.

Amor
No amor, principalmente entre casados, a situação é mais delicada. O jeito que pode dar certo nesta situação é sentar e conversar. Uma boa discussão poderá colocar em pratos limpos os pontos que podem deixar o relacionamento cair - pode ser também o momento ideal para contar ao parceiro(a) que ele(a) não é lá uma das pessoas mais otimistas deste mundo. Caso nada funcione - conversas, toques, soluções - o próximo passo é declarar o fim do romance.

Trabalho
No trabalho, a liberdade interpessoal é mais restrita. Lembre-se de que há hierarquias, chefes e todo um cenário que pode colaborar para o pessimismo dos colegas de trabalho. Caso conviva com uma pessoa que, além de deixar os funcionários para baixo faz fofocas, uma boa conversa em equipe ou - em graves situações - com os chefes é a melhor saída para esta situação.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Entenda por que a autoestima interfere tanto na sua vida


Saiba os motivos que tornam o amor próprio uma ferramenta de sobrevivência

Gostar de si mesmo, acreditar no seu potencial e confiar na sua capacidade e se respeitar são elementos básicos da definição de autoestima. Pela lista é possível ter uma pequena noção da importância dela. No entanto, seu poder é ainda maior. Acredite: a autoestima é um dos principais recursos do ser humano para viver bem. Basicamente, ela determina a maneira como as pessoas se relacionam com o mundo, encaram os desafios da rotina diária e se protegem ou se expõem em situações que exigem controle emocional.

De acordo com a psicóloga Doralice Lima, a autoestima desempenha um papel fundamental na convivência familiar, no trabalho, no grupo de amigos e em equipes. "O movimento do mundo acontece porque pessoas que acreditam nelas mesmas compartilham ideias. Esses indivíduos têm autoconfiança, um fator que pode atrair e entusiasmar a sociedade e promover mudanças", explica. 

Como desenvolver a autoestima
A boa notícia é que a autoestima pode ser desenvolvida e aperfeiçoada ao longo da vida. Naturalmente, seu grau pode ser ainda mais elevado se for estimulada desde cedo, ainda na infância. Porém, o fator não é determinante, segundo Doralice. "Para ter e manter a autoestima em alta não basta olhar só para si. A visão do que está em volta da sua realidade, ou seja, da sociedade, é muito importante. Se a visão é negativa e pessimista, certamente a impressão que você terá de si mesmo será ruim. E o ser humano tem capacidade para incorporar esta visão ao longo do tempo", diz a profissional.

Da mesma forma que a autoestima pode ser adquirida aos poucos, a longo prazo, é importante ressaltar que ela é variável e nem sempre anda em compasso. Segundo pesquisas realizadas nos Estados Unidos, conduzidas pela Universidade de Dakota do Norte, ela se alterna em elevada e baixa, dependendo de um contexto ou situação.

Uma pessoa bem sucedida e resolvida na profissão, por exemplo, pode ter uma vida pessoal caótica por causa de insegurança.

O levamento norte-americano indica que por causa desta variação, aumentar a autoestima é um processo que precisa ser canalizado de forma coerente. Se o problema está no trabalho, o ser humano deve canalizar o aumento da autoestima para situações daquela realidade e não para a estética, por exemplo.

Melhorar a autoestima requer um mergulho profundo dentro de si mesmo. De acordo com especialistas, fazer uma avaliação do próprio comportamento e convicções, questioná-los e descartar aquilo que não traz harmonia para a vida é o primeiro passo para aumentá-la.

Segundo Doralice, a tarefa não é das mais difíceis, mas exige um trabalho contínuo para modificar e romper padrões comportamentais que, às vezes, foram usados por quase uma vida inteira. "Celebrar as conquistas, fazer exercícios, manter o foco nos aspectos positivos da vida e examinar o passado e perceber os erros e acertos são formas de aumentar a autoestima e dar mais sentido à existência", aponta.

Livros sobre tema não faltam, relembra a psicóloga. De acordo com a profissional, até uma simples leitura nos manuais de autoajuda são positivos, pois sinaliza que o indivíduo está tentando, de alguma forma, ser mais feliz consigo mesmo.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Presença da família melhora a qualidade de vida de idosos

As atividades físicas também são fundamentais nessa fase


Não existe coisa melhor do que presença dos avós e bisavós! Quem nunca passou horas tricotando fofoca com os membros da terceira idade da família? Segundo um estudo realizado pela Escola Paulista de Enfermagem (Acta Paulista e Enfermagem) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a presença dos familiares durante a fase idosa é extremamente importante para os avanços da qualidade de vida da pessoa, durante a terceira idade.

A psicóloga da Associação Brasileira de Apoio aos Aposentados, Pensionistas e Servidores Públicos (ASBP), Aline Lopes, afirma:"A transição do estado adulto para a velhice é um processo que provoca grandes alterações na autoestima e autoimagem destas pessoas.

Os principais problemas no idoso consistem no isolamento social e em sentimentos de solidão".
Por isso, a companhia dos filhos, netos e bisnetos é muito boa para a qualidade de vida dos idosos. 

Segundo um levantamento feito pelo Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pernambuco (UFP), mais de 35% dos frequentadores do Programa Universidade Abertas à Terceira Idade têm depressão, decorrente da solidão. O estudo ainda afirma que a doença é muito mais frequente na fase idosa, em qualquer situação.

A psicóloga explica que a qualidade de vida dos idosos pode aumentar, quando os familiares os deixam mais presentes nas situações rotineiras de família. Lembre-se que a terceira idade é a mais experiente da família, portanto, pode ser peça fundamental para decisões, conselhos, etc. "Ser um avô participante, no seio da família, representa uma fonte de gratificação para o idoso e um importante laço estruturante na educação dos mais novos", explica Aline.

As atividades físicas também são fundamentais para os avós e bisavós. Incentive a natação, caminhada, dentre outros exercícios que promovam a concentração, equilíbrio, fortalecimento de músculos, mas que também sejam leves para serem executados. Os movimentos, quando praticados rotineiramente, são importantes não só para o físico, mas também para o estímulo da mente.

Além disso, esteja presente também na rotina do idoso. Quando possível, vá sempre às consultas, conheça os médicos, saiba quais são e a funcionalidade dos remédios tomados. "A família representa a resposta mais adequada para o cuidado ao idoso, respeitando e dando muito amor", finaliza a psicóloga.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Mamãe está namorando: Como apresentar o namorado para o seu filho

Começar um relacionamento quando se tem um filho nem sempre é fácil. E nesse momento, o ciúme da criança com os pais pode complicar a situação. Veja como fazer com que essa novidade na rotina do seu filho seja a mais tranquila possível


Há muito tempo a estrutura familiar tem mudado. Com o número cada vez maior de divórcios, as crianças começaram a conviver com namoradas e namorados dos pais. Isso afeta o desenvolvimento delas?

Essas experiências fazem uma diferença na vida dos filhos. Se vai ser positiva ou não, depende dos pais. O modo como eles conversam com os filhos e se comportam na frente deles, por exemplo, são coisas que ajudam ou atrapalham a criança a entender e a aceitar a nova situação.
O principal é que a verdade sempre seja dita à criança, mesmo que de forma gradativa, segundo a psicanalista Audrey Setton Lopes de Souza. "O filho precisa aprender que há a possibilidade de os pais encontrarem outros parceiros. É essencial ele entender que os pais têm o direito de buscar uma nova vida", diz a psicanalista. Ao mesmo tempo, é importante deixar claro os papéis de cada um na família e explicar à criança que o namorado da mãe não é o pai dela.

E não estranhe se, mesmo agindo com bom senso e respeito em relação à criança, o seu filho tiver ciúme. É natural que a criança reaja assim, desde que no limite do aceitável, não atrapalhando o relacionamento. A solução, nesses casos, é conversar e mostrar, na prática, que ela continua amada da mesma maneira. Se há uma convivência agradável com o parceiro da mãe, as coisas ficam mais fáceis. No entanto, os pais não devem deixar de reservar um espaço que seja só da criança.

Diálogo, paciência e respeito são os ingredientes mais importantes para que a criança se adapte à nova situação. Entra aqui um cuidado fundamental: de só colocar o novo parceiro na vida da criança quando perceber que há estabilidade no relacionamento – para evitar que ela fique insegura e tenha receio de se relacionar e de se apegar com o companheiro da mãe ou do pai. Se você está passando por isso, confira abaixo dicas infalíveis para que dê tudo certo!

FONTE: RevistaCrescer

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Exercícios físicos contra depressão

 Dar um basta no sedentarismo é uma boa maneira de espantar a doença



Que exercícios físicos fazem bem, ninguém pode negar. Mas você já ouviu falar que eles têm a capacidade de combater a depressão? 

Uma compilação e revisão de 39 estudos feita pelo Centro Cochrane do Brasil concluiu que exercícios moderados têm resultado efetivo no tratamento da doença.

Maíra Parra, pesquisadora da instituição que realizou a compilação e Mestre em Esportes e Ciências da Saúde, afirma que a depressão está associada a baixos níveis de atividade física. "O exercício pode agir no humor através da diminuição de pensamentos negativos, de um aumento do contato social e da elevação da autoestima", explica ela.

E não para por aí, já que os hormônios também são afetados. Aumenta-se a liberação de serotonina (substância ligada ao humor), altera-se os níveis de endorfina (sensação de felicidade, prazer e euforia) e reduz-se os níveis de cortisol (hormônio do estresse). Além disso, o crescimento de novas células nervosas é estimulado e são liberadas proteínas conhecidas por melhorar a saúde e sobrevivência destas células.

Em estudo realizado pela Universidade Duke, nos Estados Unidos, foi constatado que as atividades aeróbicas tiveram respostas mais significativas do que as anaeróbicas quando mediu-se a melhora no quadro depressivo dos praticantes. Ou seja, quando se vai para o consultório de bicicleta, a probabilidade de o seu dia ser melhor aumenta consideravelmente!

Como incorporar os exercícios?

De acordo com o educador físico Túlio Marcondes, coordenador da academia Floresta Fitness, os exercícios entram como aliados na melhora da autoestima e da autoconfiança. "As evidências apontam que o exercício ajuda na cura de depressões leves e moderadas. É indicado que o paciente escolha uma atividade que goste, comece devagar e repita três vezes por semana (de 20 a 30 minutos). Depois pode-se aumentar a intensidade de acordo com a orientação do profissional orientador", recomenda Marcondes.

Outra grande ajuda na cura da depressão é o diagnóstico precoce. Sabendo da doença ainda em suas fases iniciais, o tratamento fica mais fácil e o apoio de amigos e parentes se torna ainda mais efetivo.
Caso você se sinta "para baixo" em boa parte do seu tempo, procure fazer atividades prazerosas, como ir ao cinema ou teatro, sair com os amigos etc. Caso opte pelos exercícios, pratique as modalidades que mais lhe dão prazer e, acima de tudo, procure um ajuda profissional. O conselho vale tanto para o acompanhamento psicológico, quanto para o físico.

Busque sua felicidade em cada pequeno detalhe e em todas as suas atividades. Afinal, a vida é curta demais para fazer coisas chatas, certo?

FONTE: Mais Equilibrio

terça-feira, 1 de julho de 2014

Dieta vegetariana para criança é polêmica; especialistas divergem




 Em pesquisa do Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), de 2012, 8% dos brasileiros declararam-se vegetarianos. Para os adultos, de acordo com médicos defensores desse tipo de alimentação, a vantagem é que ela atuaria na prevenção de algumas doenças relacionadas ao envelhecimento, como hipertensão, aterosclerose, diabetes e câncer, por diminuir o teor de gordura saturada no corpo. No caso das crianças, a opção por um cardápio sem carne sempre foi uma questão polêmica.

Por ser mais pobre em aminoácidos, ferro heme (tipo de ferro mais facilmente absorvido pelo organismo), zinco, ômega 3 (espécie de gordura que, em bebês, favorece o desenvolvimento cerebral), e vitaminas D e B12, a dieta vegetariana poderia comprometer o crescimento infantil. Roberto Carlos Burini, professor do Centro de Metabolismo em Exercício e Nutrição da Faculdade de Medicina da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu, é um dos que desaconselha o vegetarianismo em sua forma mais restrita no caso de crianças, adolescentes e também gestantes.

"Faltam aos vegetais nutrientes essenciais a organismos em crescimento e desenvolvimento. O risco é maior para o vegetarianismo estrito ou vegano –que não aceita nenhum alimento de origem animal– e muito menor para a dieta ovolactovegetariana", afirma.

A nutricionista Sophie Deram, doutora em endocrinologia e pesquisadora do Ambulatório de Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), concorda. Ela afirma que nas proteínas de origem animal há nutrientes difíceis de serem achados em outros alimentos. "É o caso da vitamina B12, da vitamina D, do cálcio e do ferro. O cálcio e o ferro de origem vegetal têm pior absorção."

Sophie explica que a falta de vitamina D ou cálcio pode levar ao raquitismo, doença que provoca o enfraquecimento dos ossos. A vitamina B12 é importante para a manutenção das células do sangue e o desenvolvimento cerebral. Sua carência pode provocar distúrbios neurológicos e anemia. A falta de ferro, nutriente associado à produção de glóbulos vermelhos e ao transporte de oxigênio dos pulmões para as células do corpo, também pode resultar em anemia. "As crianças com menos de cinco anos e as meninas que estão na puberdade têm maior risco de ficarem anêmicas."

A nutricionista do Hospital das Clínicas diz que as crianças têm o metabolismo acelerado e precisam de muitos nutrientes para se desenvolver. Contudo, o apetite delas é pequeno e, por isso, elas precisam de alimentos de qualidade. Segundo ela, os vegetais contêm muitas fibras e podem saciar uma criança antes de nutri-la o suficiente.

"Temos de respeitar as convicções de cada um, e é nosso dever acompanhar sem julgar, mas é sempre bom avisar que o caminho não é fácil para quem quer criar filhos em uma dieta que limite proteínas de origem animal. É necessária muita cautela", declara Sophie.

O acompanhamento nutricional, a realização de exames médicos periódicos e, quando necessário, suplementações vitamínicas, são as recomendações básicas para quem risca carne, leite e ovos do cardápio.

Acompanhamento nutricional

O produtor cultural Ronaldo Palleze, 45, tornou-se vegano por questões ideológicas e seu filho, Venâncio, atualmente com sete anos, já nasceu adepto dessa dieta. Para garantir que o menino tenha uma dieta equilibrada, Palleze busca informação em livros e sites especializados e conta com o acompanhamento de nutricionista. Em suas pesquisas sobre o assunto, ele descobriu que o CRN-3 (Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região - São Paulo e Mato Grosso do Sul) emitiu, em 2012, um parecer técnico em favor de dietas veganas, "desde que bem planejadas e, se necessário, suplementadas".
 
A pedagoga Betsy Fischer, 31, também teve ajuda de nutricionista para elaborar o cardápio das filhas Chloe, 7, e Kalyah, 6 meses, "vegetarianas desde o ventre". Betsy adota a dieta lactovegetariana desde os 16 anos por questões religiosas. "A rotina alimentar é tranquila e não encontramos quaisquer dificuldades. Na festinha de aniversário da mais velha tem de tudo: bolos, cupcakes, coxinhas, pães de queijo, quibes... tudo vegetariano. A maioria dos convidados acaba nem percebendo."

Betsy foi uma das pacientes da nutricionista Ana Paula Pacífico Homem, mestre em bioquímica pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), especialista em nutrição materno-infantil pela Unifesp, com experiência no atendimento de gestantes e crianças vegetarianas.

Equilíbrio no prato

Para as crianças, o cardápio é elaborado com base na idade e nas necessidades nutricionais específicas de cada fase. Mas algumas recomendações são comuns, como a oferta de uma fruta rica em vitamina C (como laranja, goiaba ou mexerica) logo após as refeições, para ajudar no aproveitamento do ferro vegetal.

"Também aconselho que se evite o consumo de sobremesas lácteas após as refeições, pois os laticínios atrapalham a absorção de ferro", diz Ana Paula.

Outra dica da nutricionista é deixar os feijões (lentilha, ervilha, grão-de-bico, feijão preto, feijão roxo) e cereais (arroz, quinoa, canjiquinha de milho) de molho em água por oito a 12 horas antes de cozinhar, para melhorar a assimilação do ferro, zinco e cálcio pelo organismo.

Com alguns cuidados essenciais e uma boa orientação, a nutricionista afirma que a dieta vegetariana não traz quaisquer prejuízos ao desenvolvimento das crianças.

FONTE: UOL Mulher