quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Viver na zona de conforto pode trazer problemas para saúde mental

Apesar de ser uma situação livre de estresse, ficar nela também não gera motivação ou mesmo novos prazeres


Muitas pessoas acabam paradas em certas situações da vida, se acomodando onde estão e vivendo na chamada "zona de conforto", onde tudo já é sabido, esperado e com poucos estímulos de novidades. Nesse terreno, os desafios são baixos e muitas vezes o nível de estresse também. Para alguns, esse é um momento de gastar pouca energia e viver de forma conformada e sem muitos atrativos. Uma regra é certa: quem não suporta a mesmice não vive na zona de conforto

É fácil perceber se estamos ou não nesse tipo de fase na vida. Normalmente é um período que vem após aproveitarmos uma grande conquista ou mesmo uma vitória, ou seja, paramos depois de termos avançado em algum setor especifico. É comum as pessoas usarem muita energia para vencerem uma batalha pessoal, chegarem até o objetivo desejado ou mesmo alguma coisa muito importante na vida e, depois de alcançarem o que almejavam, se fecharem nessa realidade e deixam de sonhar com novas conquistas e desafios. 

A zona de conforto é um lugar cheio de certezas e proteção. Mas nem sempre são reais e bem vistas para o crescimento pessoal. Entrar na zona de conforto é importante, mas permanecer nela por muito tempo pode ser prejudicial à saúde mental. É importante que todas as pessoas tenham um objetivo na vida, sempre. Seja ele pequeno, médio ou grande. Isso dá energia, motiva, faz bem. É isso que ajuda você a levantar todos os dias da cama e, assim, pensar: hoje farei mais um pouco na direção do meu sonho. É revigorante! 

Importante lembrar que é fundamental aprender a dar valor ao que se tem, mas jamais se acomodar com o que já foi adquirido. Isso não faz bem para ninguém, as pessoas devem cuidar do bem-estar da mente e do corpo. Quem vive prostrado na zona de conforto não cresce, não inova, não muda, não vive o diferente. É como se ficasse dentro de uma caixinha. Outra forma de dizer isso é como se vivesse dentro de um aquário. E o mundo é um muito maior que isso, tem um oceano lá fora. 

O ideal é estar por um tempo especifico na zona de conforto, ou seja, experimentar um pouco o prazer de ter o que se tem, de estar bem onde se está e também criar mecanismos para poder viver novas fases de acordo com as mudanças naturais da vida, da idade, de tudo que muda internamente em nós e externamente na vida de modo geral. 

Quem se percebe na zona de conforto deve encontrar motivação nos sonhos, nos desejos e vontades para poder criar metas e assim crescer como pessoa. A vida é muito maior que apenas os momentos que passamos fechados nos nossos pensamentos. Olhe a sua volta e veja o que as pessoas estão fazendo: trabalhando, estudando, criando sua família, almejando novos desafios, etc. É importante que você saiba dar valor a tudo que já alcançou, tudo que você já conquistou e tantas outras novas conquistas que você pode adquirir e curtir pelo sucesso alcançado. 

Mas cuide sempre do equilíbrio! Quem nunca entra na zona de conforto pode viver um grande nível de estresse, por não relaxar e aproveitar o que tem ou mesmo o que já conquistou e com isso, nem sempre a energia motivacional estará adequada. 

A psicoterapia é um caminho para falar sobre esses e outros pontos emocionais. Um bom coach, terapeuta, psicoterapeuta e consultor poderá te dar ferramentas para você viver em paz e com novas ideias. Encontre dentro de você novos caminhos, novos sonhos e siga em frente sempre em buscas dos seus desejos e bem estar.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Brigas entre os pais prejudicam vínculo com os filhos

Pesquisa aponta que qualidade da união do casal influencia diretamente no relacionamento com as crianças 


As consequências de brigas entre pais e mães respingam no relacionamento deles com seus filhos. É o que aponta uma nova pesquisa americana conduzida na Universidade Metodista do Sul (SMU), em Dalas.

De acordo com a autora do estudo, a professora assistente de psicologia na SMU Chrystyna D. Kouros, o estudo mostra que a qualidade da união do casal impacta o vínculo dos pais com os filhos.

Os pesquisadores analisaram 203 famílias que preencheram questionários diários por 15 dias. Pais e mães classificavam a qualidade do relacionamento entre eles e também da relação com os filhos. Os relatórios mostraram que quando os pais admitiam conflitos no casamento, simultaneamente, mencionavam tensão nas relações com as crianças.

Pai x mãe

Apesar do estudo determinar que os relacionamentos de uma maneira geral sofrem com as brigas, os pais são os que mais deixam esses conflitos interferir nas relações com os filhos. Segundo, as mulheres parecem ter uma melhor habilidade de separar as esferas da vida cotidiana e, no dia seguinte às brigas, já estabelecem novamente uma boa relação com os filhos. Enquanto os homens prolongam um pouco mais a situação.

“A qualidade ruim de um casamento parece ser até mesmo uma chance de melhorar o relacionamento das mães com seus filhos. No dia do conflito, as relações ficam comprometidas, mas, no dia seguinte, elas conseguem melhorar o relacionamento com as crianças”, afirma Chrystyna em comunicado da universidade.

“Isso não acontece com os pais que, mesmo depois de um dia, continuam se relacionando com as crianças de forma mais tensa”, completa a pesquisadora.

FONTE: Delas.IG.com.br

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Respire bem: saiba como esse hábito pode ajudar a resolver seus problemas

Em novo livro, especialista em desenvolvimento humano fala sobre a importância da respiração. Conheça quatro exercícios para praticar em diferentes situações

Inspirar e expirar vai muito além de manter os sinais vitais. Heloísa Capelas, autora do livro recém-lançado O Mapa da Felicidade (Editora Gente, 29,90 reais), defende que ao respirarmos de forma consciente e correta ficamos mais criativas e, então, encontramos saídas inteligentes para as nossas dificuldades. "A ideia de prestar atenção na respiração é voltar os olhos para si mesmo, identificar e conhecer quem e como você é. Dessa forma, resolver um problema ou tomar uma decisão importante torna-se mais fácil", diz Heloísa, que também é especialista em desenvolvimento humano. Ela sugere quatro exercícios respiratórios para você colocar em prática em diversas situações. Confira:

1. Para ter tranquilidade
Escolha uma via para respirar - nariz ou boca. Inspire e expire pela mesma via dez vezes lentamente.

2. Para aumentar a criatividade
Respire pelo nariz e solte o ar pela boca sem parar por 20 minutos. O ritmo é mais lento, justamente para desacelerar a mente. Tenha paciência para manter a respiração pelo tempo sugerido.

3. Para ganhar clareza
Expire por mais tempo que inspira. Por exemplo: conte três tempos para inspirar e seis para expirar. Repita dez vezes.

4. Para aliviar a tensão
Faça uma inspiração curta e solte o ar rapidamente, como se estivesse assoprando uma vela. Repita a respiração por dez segundos.

FONTE: MdeMulher.com

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Ter de escolher entre trabalho e família gera estresse, dizem especialistas


Seja cancelar um café com um amigo porque precisa terminar uma tarefa no trabalho ou chegar atrasado à comemoração do próprio aniversário de casamento porque seu chefe o convocou para uma reunião de última hora. Em algum momento, muitos de nós já tivemos de fazer esse tipo de escolha.

Diversas pesquisas, aliás, comprovam que conciliar trabalho e outros aspectos da vida é fundamental para manter o bom desempenho e preservar a saúde física e mental. Agora, um estudo publicado na Sage Open sugere que a ideia de queproblemas pessoais não devem interferir no trabalho – persistente na cultura de muitas empresas – prejudica a produtividade e a satisfação dos funcionários.

Os psicólogos He Lu Calvin Ong e Senthu Jeyaraj, da Universidade Tecnológica Nanyang, pediram a 100 trabalhadores de uma empresa que preenchessem um formulário fictício solicitando uma folga para cuidar de um parente doente. Os resultados mostraram que aqueles que receberam uma resposta, mesmo hipotética, que sugeria que questões pessoais não deveriam interferir em obrigações profissionais relataram altos níveis de dissonância cognitiva – conceito da psicologia social que se refere ao conflito de ideias, crenças, e emoções dissonantes. De acordo com os pesquisadores, isso surgiu do estresse cognitivo de ter de “escolher” entre trabalho e família. Esse grupo também experimentou também queda na criatividade logo depois de pensar no problema hipotético.

Segundo os pesquisadores, os resultados sugerem que o melhor caminho para manter o equilíbrio entre essas demandas é considerá-las interligadas e codependentes – e não concorrentes que disputam tempo e energia.

FONTE: uol.com.br

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Diferenças entre preguiça e cansaço

Descubra qual o seu problema



Apesar de darem sensações parecidas, a preguiça e o cansaço são bem diferentes. A primeira se dá quando o corpo e a mente não atende as obrigações de rotina - como levantar e começar alguma tarefa de casa -, enquanto a segunda é o esgotamento do organismo e pensamentos de tanto realizar tarefas.

cansaço é aquela sensação de que o corpo não corresponde mais às vontades de continuar a executar movimentos ou tarefas. A insistência para realizar os movimentos pode levar o corpo à lesão e a mente ao estresse. Sabe aquele momento em que o organismo fala "chega!"? Então, este é o cansaço e esta é a hora certa para parar.
Já a preguiça é um combinado de sensações, mas que não são correspondentes às tarefas executadas. O corpo e a mente parecem estar cansados, mas na realidade a pessoa se quer levantou da cama. É como um desânimo, escassez de algo que ainda não foi executado.
Enquanto a motivação do cansaço é o esgotamento do corpo por executar alguma atividade ou do cérebro por efetuar muitos exercícios, a preguiça tem um fundamento psicológico ou bioquímico.
Existe um neurotransmissor chamado adenosina que é responsável pelo consumo de energia do corpo e que também é calmante. Quando a produção do composto está em desequilíbrio, o organismo também sofre com as consequências e perde a disposição para executar as tarefas.
Para conseguir driblar a preguiça é importante manter a disposição estimulada. Criar metas, trocar algum tópico da rotina, praticar alguma atividade em grupo ou mesmo encarar novos exercícios são algumas das dicas para conseguir manter a animação lá no teto e o corpo em equilíbrio longe da preguiça ou do cansaço.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Orientação sobre prática sexual do adolescente deve ser feita pelos pais conforme o assunto surge

É importante que os pais conversem sobre o assunto naturalmente com os filhos , para ensiná-los sobre


Durante a adolescência acontecem várias mudanças físicas e emocionais, entre elas o desenvolvimento da sexualidade. Junto com as mudanças corporais e as modificações hormonais, os adolescentes começam a se tornar mais curiosos com relação ao tema do sexo. Ao mesmo tempo ocorre uma mudança na sua atitude social, com maior distanciamento de seus pais e maior proximidade com outros jovens, com os quais espera descobrir o mundo dos adultos. 
Atualmente o contato com o sexo acontece de forma muito precoce, pois vivemos em um mundo onde o a sexualidade é usada como ferramenta do comércio, como um atrativo para melhorar o marketing ou para aumentar a audiência. Desde muito cedo as crianças têm contato com situações com algum apelo sexual, seja nas novelas, nas propagandas da mídia escrita ou televisiva ou nas músicas e suas coreografias. Cabe aos pais orientar seus filhos a respeito do tema, para que iniciem sua vida sexual de forma segura e saudável. 
Hoje no Brasil a média de idade para a primeira relação sexual é de 15 anos. Segundo pesquisa do IBGE realizada em 2012, 28,7% dos estudantes do 9º ano de escolas públicas e privadas já tinham tido relação sexual. Estes dados mostram que precisamos sim orientar nossos filhos desde cedo e achar que eles não estão preparados para o assunto é uma ingenuidade que resulta em maior exposição aos riscos associados à prática sexual, tais como gravidez e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). 
Em geral as primeiras curiosidades relacionadas ao sexo surgem na infância, quando a criança começa a perceber as barrigas grávidas. A pergunta "de onde vêm os bebês?" deve ser respondida de forma simples e honesta. Depois disso, comumente passam-se anos de calmaria quanto ao assunto até o final do ensino fundamental 1, quando os corpos começam lentamente a mudar. A grande maioria das escolas neste momento dá aulas sobre os sistemas reprodutores masculino e feminino e a fecundação. Mas, não se iluda, isso não é o suficiente para satisfazer a crescente curiosidade das crianças, sendo no máximo um bom início de conversa. A partir daí cada indivíduo anda em seu ritmo e fica a cargo das famílias sentir o momento do aprofundamento do tema. Não é porque a média de idade de iniciação sexual é de 15 anos que seu filho obrigatoriamente seguirá esta regra, mas este é um dado que nos mostra que não se pode tardar para iniciar o bate papo. 
O diálogo em casa é sempre a melhor forma de orientar a prole, sobre qualquer tema. É preciso estimular momentos de convívio familiar, seja durante as refeições ou em programas conjuntos. Está comprovado, por exemplo, que em famílias nas quais pelo menos uma vez ao dia a refeição é realizada com todos os seus membros, a incidência do uso de drogas é menor. O lema é não perder a oportunidade. Qualquer situação que surja relacionada ao tema deve ser aproveitada como gancho para debater o assunto, seja ela um evento que aconteceu na escola, uma notícia nos jornais ou uma cena de novela. Falar sobre o quê? Tudo! Amor, amizade, respeito, relacionamento, carinho, beijo, tesão, sexo, prevenção de gravidez e DSTs e tudo o mais que venha à pauta. 
A orientação sexual tem que acontecer de forma natural, acompanhando o surgimento das dúvidas e aproveitando as oportunidades do dia a dia. Tratar o tema sem preconceitos torna tudo mais fácil. Aos pais ansiosos, cuidado: esperem seus filhos demonstrarem interesse pelo assunto. Dar informações muito cedo pode gerar confusão e/ou medos. Como saber qual é a hora certa? Conhecendo seu filho você vai saber, seja através de perguntas que ele faça ou de mudanças de comportamento. 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Escolha do pediatra deve levar em conta indicações e empatia

Veja o que levar em consideração para escolher um bom pediatra para seu filho



O pediatra é o primeiro médico do seu filho, quem irá acompanhar por muitos anos o seu desenvolvimento, às vezes até a adolescência ou ainda mais. Em virtude disso, é muito importante que os pais saibam analisar os principais fatores para a escolha do pediatra. Para ajudá-los nesta escolha importante, reuni algumas dicas que devem ser levadas em consideração, tais como:
  • Pesquise, converse, peça indicações aos amigos e parentes. Se possível, agende uma consulta antecipada. Nesse processo, o feeling materno costuma ter grande peso na escolha assertiva do profissional.
  • O médico precisa ter paciência com os pais, especialmente aqueles inexperientes e mais ansiosos, e com as crianças, que muitas vezes choram ou ficam arredia durante as consultas, devido ao medo frente a uma situação desconhecida, portanto, vale a pena verificar isso na hora de escolher o especialista!
  • Analise o currículo do pediatra e verifique se ele tem conhecimento amplo das doenças infantis. Verifique também se ele possui título de especialista em pediatria, isso é de grande importância!
  • A disponibilidade de acesso pessoal e remoto/virtual ao médico também é importante. Crianças podem ficar doentes a qualquer dia, hora e local. Como isto é imprevisível, ter acesso ao médico é fundamental.
  • A distância entre sua casa e o consultório também deve ser analisada, pois de nada adianta ter um bom pediatra localizado a dezenas de quilômetros, o que dificultaria o atendimento em casos de emergências.
  • O consultório deve ser adaptado às necessidades das crianças, não somente no critério estético, como na manutenção de normas de segurança. Ele deve também estar equipado com todo material necessário à assistência geral a um bebê, criança e adolescente. Verifique bem isso ao visitar o consultório.
  • Além do pediatra (ou outros médicos da mesma clínica), observe também a organização do consultório ou clínica e a receptividade dos demais colaboradores que nele atuam. Fatores como atenção, dedicação e carinho fazem muita diferença.
  • Outro fator importante a ser analisado é a empatia que deve existir entre os pais e bebês/crianças com o pediatra. Caso os pais e as crianças não tenham se simpatizado com o médico e se adaptado com as consultas, um novo profissional pode ser escolhido, sem problemas.
Lembre-se que o pediatra é o responsável pelos cuidados da saúde do seu filho. A escolha desse profissional deve ser levada a sério, com critério, pesquisa e, claro, empatia. 

terça-feira, 5 de agosto de 2014

O que levar em conta ao comprar um carro para a família?

O ritmo de lançamento de automóveis no Brasil está quase difícil de acompanhar. E escolher o modelo ideal, que transporte de maneira segura e confortável o carrinho, a cadeirinha, os brinquedos e, claro, o seu filho, não é tarefa fácil. Existe um veículo sob medida? Quais quesitos atendem às necessidades dos pais? Nosso guia vai ajudar você com tudo o que precisa observar na hora de comprar um carro para a família

Antes da compra: O que levar em conta ao decidir o tipo de veículo ideal para vocês


Segurança em primeiro lugar

Esse é o pré-requisito mais importante na hora de escolher um carro. Para nossa sorte, também é o que mais tem avançado, segundo o engenheiro Oliver Schulze, membro da comissão técnica de segurança veicular da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil). Tanto que, desde o início de 2014, todos os veículos novos vendidos no Brasil têm de vir com air bags frontais e freios ABS de série. De uma forma geral, além desses dois itens, para um automóvel ser considerado seguro é preciso que tenha cintos com pré-tensionador (dispositivo que contrai o cinto, deixando o corpo do passageiro grudado no assento), e, se possível, ESP (programa eletrônico de estabilidade que trabalha em conjunto com o ABS, evitando derrapagens).


Direção hidráulica também é importante porque facilita a reação no caso de uma manobra brusca. Um jeito de o consumidor checar se o carro que quer comprar é mesmo seguro é pelo site latinncap.com, órgão que indica os resultados de crash tests (testes de impacto feitos em laboratório, usando bonecos que simulam crianças de 1 ano e meio a 4). Informando o modelo do automóvel, é possível verificar a classificação do nível de segurança dele com crianças a bordo, por meio de notas de 1 (pior) a 5 (melhor).

O modelo perfeito
Se formos pensar no tipo ideal em termo de espaço, sem dúvida os carros tipo minivan ou utilitários (SUV) são os melhores para famílias. Além de serem mais altos e robustos, são espaçosos, têm fácil acesso ao porta-malas de dentro do veículo e, em geral, são mais equipados. Não à toa, houve uma expansão desse tipo de carros no Brasil, especialmente os de sete lugares. Isso pode ser reflexo, talvez, de famílias com gêmeos ou simplesmente de pais que gostam de dar carona para os amigos dos filhos, por exemplo. A terceira coluna
de assentos, no entanto, está na mira da ONG Criança Segura. Segundo a coordenadora Alessandra Françoia, nem todas trazem os cintos adequados para o transporte de crianças,que sempre deve ser de três pontos e não apenas de dois (chamado de subabdominal).

Seja qual for a sua escolha, leve em conta, além do cinto, o espaço que dispõe na garagem, principalmente se morar em prédio. Avalie largura, comprimento e altura do carro escolhido e se a abertura de porta-malas é compatível com sua vaga. Quer comprar uma picape? Apesar da vulnerabilidade, a legislação permite levar crianças no banco dianteiro delas, mas é preciso ficar atento: se houver airbag, o dispositivo do passageiro deverá ficar desligado, pois a bolsa pode atingir a criança. Você descobre onde fica a chave para desativá-lo no manual do proprietário.

Durante a compra: Espaço interno, tipo de estofado, potência do ar-condicionado... As características que fazem diferença no dia a dia da família

Tamanho do porta-malas
Não se deixe levar pela ficha técnica do carro que mostra o volume do bagageiro em “litros”. Em alguns modelos, o compartimento é espaçoso, mas estreito ou com a estrutura da caixa de roda tomando as laterais. Por isso, não hesite em levar o carrinho na concessionária para ver se cabe mesmo. E imagine que, além dele, ali também devem entrar mochilas, brinquedos, patinetes e outras tralhas.

Espaço no banco de trás
Ao avaliar o tamanho interno do carro, pense na possibilidade de um adulto viajar atrás, e, claro, de a criança crescer e começar a chutar o banco da frente por falta de espaço. Também preste atenção nos cintos de segurança traseiros. Não existem cadeirinhas certificadas para os de dois pontos – logo, se só tiver essa opção no banco todo ou no assento central, onde a criança vai mais protegida de impactos laterais, melhor reconsiderar a compra. Também vale levar a cadeirinha para experimentar na hora, vendo se há espaço suficiente entre o banco do motorista e o bebê conforto. E leia sempre o manual de instruções do equipamento para ter certeza de que o instalou corretamente.

Estofados à prova de criança
O principal item de acabamento para quem vai levar crianças é o tipo de revestimento dos bancos. “O mais prático é o de couro, porque não absorve líquidos”, diz Edilson de Bellis, consultor da Dinastia, empresa de assessoria de serviços automotivos, de São Paulo. Ainda assim, qualquer sujeira deve ser limpa quanto antes, com um pano úmido. A manutenção do couro é mais fácil, porém anual. “Existem hidratantes à venda no mercado que evitam que ele trinque com o tempo e que devem ser utilizados se o estofamento molhar.” De acordo com Bellis, revestir um carro pequeno com couro custa a partir de R$ 1 mil. Se gastar esse valor não for possível e se a criança manchar o tecido, a solução é procurar uma empresa de lavagem de interiores. “Até existem impermeabilizantes no mercado, mas o resultado não é tão eficiente. 

E vale lembrar que, se sujar repetidas vezes, vai chegar um momento em que será preciso desmontar o banco para lavá-lo”, afirma Bellis. Isso não significa apenas puxar o banco, mas retirar mesmo, o que é trabalhoso e só oficinas especializadas ou alguns lava-rápidos fazem. O serviço custa, em média, R$ 350 e nem pense em deixar para depois, pois manchas podem desvalorizar o veículo no momento da revenda. Tapetes de borracha também são bem-vindos para proteger o carpete. Tenha, ainda, um aspirador de pó que funcione pela tomada do carro para recolher migalhas e restos de alimentos que ficam grudados.

Abertura das portas e altura
Verifique o ângulo de abertura da porta traseira e leve a cadeirinha ou o bebê conforto para ver se eles passam tranquilamente. Pode parecer óbvio, mas é o tipo da coisa que deixamos para lá e, na hora H, vira um problema sem solução.

Ar-condicionado
Verifique se a cabine gela rapidamente (para aqueles dias que você deixa o carro parado sob o sol), se o ar frio chega onde os pequenos ficam sentados e também se o ruído não é muito alto. O ar-condicionado requer manutenção simples e anual, lembra o consultor Edilson de Bellis. “Faça a troca do filtro de cabine, que custa a partir de R$ 50, e a limpeza à base de ozônio para eliminar fungos e bactérias.”

Porta-trecos
Talvez não conte na escolha final, mas os portacopos e revistas, compartimentos com tampas para guardar CDs e DVDs, e tantos outros espaços podem ajudar muito. Quanto mais, melhor! Porém é importante testar todos para ver se, na correria e no dia a dia, não causam alguma dificuldade ou risco, como abrir fácil demais ou não caber a mamadeira.
Depois da compra: Acessórios, truques e dicas para o novo carro agradar a família inteira

Escolha do seguro
Sim, ele é fundamental. Na hora de escolher, além do preço, leve em conta se a seguradora tem serviço de emergência, caso fure pneu ou acabe a bateria. Se isso acontecer, enquanto o guincho não chega, ligue o pisca alerta, utilize a sinalização de emergência (triângulo) a pelo menos 50 metros do carro e tire todo mundo de dentro dele, ficando emum local seguro, como a calçada ou o acostamento. E sempre faça a revisão periódica do veículo para evitar panes e problemas mecânicos. Por precaução, também o telefone de uma ou duas oficinas de confiança com estrutura de guincho e atendimento ememergência.

Filme a bordo
Há diversos modelos de DVD player que vêmde fábrica ou podem ser instalados em concessionárias ou lojas de acessórios, fixados no teto do carro ou na parte de trás dos apoios de cabeça frontais.O local onde vai ficar é uma questão de escolha, mas o importante é que esteja bem fixo (o que não acontece com tablets e DVDs portáteis...). “Os pais devem evitar tudo o que é solto dentro do carro. Até caneta é um risco de lesão”, diz Alessandra Françoia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura. Para distrair seu filho durante a viagem, a velha tática das cantorias e brincadeiras dão muito certo. Surpreenda-as mostrando algo que está passando pela rua ou invente jogos que não terminam nunca, como identificar as letras das placas dos carros.

Espelhinho para ver o bebê
Em geral, especialistas aprovam o uso de espelhos auxiliares que ajudam os pais a monitorarem o bebê – melhor isso do que se virar para ver a criança. Alessandra lembra que o importante é que o espelho esteja bem fixado e não se solte em um impacto. Além disso, é preciso discernimento diante de alguma cena que parece emergência, mas não é, como o bebê regurgitando, por exemplo.

Proteção contra o sol
Principalmente para viagens longas, o tapa-sol também deve fazer parte da lista de acessórios. É importante que ele seja prático para poder mudar de lugar sempre que possível, ou ter mais uma unidade. Da mesma forma que o espelho, é fundamental que ele esteja bem firme.

Trajeto sem enjoo
O vômito pode acontecer inesperadamente, sempre dependendo do que a criança comeu ou bebeu antes de entrar no carro ou durante a viagem. É importantemanter a calma. Se seu filho fica enjoado com frequência, consulte o pediatra, que pode indicar um remédio para evitar o mal-estar.

Carro vazio. Mesmo!
Quando um adulto esquece a criança dentro do carro, a morte por desidratação dificilmente é evitada, principalmente se for bebê. Nos Estados Unidos há dados que mostramque o problema é mais comum do que imaginamos: a organização Safe Kids Worldwide contabilizou que, desde 1998, mais de 550 crianças em todo o país morreram de hipertermia quando desacompanhada em um veículo. No Brasil, existe um projeto de lei chamado Anjo da Guarda que sugere que as montadoras forneçam veículos comsistemas de detecção de presença usando sensores de peso nos bancos traseiros. Falta de sono, estresse e mudança de rotina dos pais são notados em boa parte dessas ocorrências. Se acontecer algo fora da rotina, uma dica é colocar um objeto no banco da frente que remeta à criança. E não a deixe sozinha no veículo de jeito nenhum. Nem naquelas situações em que você precisa parar rapidinho na padaria ou na banca de revistas.

Kit de sobrevivência: o que levar no carro para garantir o bom humor em caso de trânsito intenso:
- uma troca de roupa para a criança;
- cds, dvds e brinquedos;
- garrafa com água e sucos;
- biscoitos e outros petiscos;
- toalha felpuda, caso caia algum líquido na criança ou na roupa dela; papel higiênico e lenço umedecido;
- fraldas;
- saco plástico;
- remédio de enjoo;
- mamadeira (e o aquecedor de mamadeiras para carros, se for preciso);
- carregador de celular, uma vez que a emergência não avisa que vai acontecer.
 
 


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Amar, comer, comprar: quando o prazer vira problema

Na ficção e na vida real, mulheres exageradas no jeito de se apaixonar, se divertir e se cuidar sem saber colocam em perigo a autoestima e a felicidade. Aprenda a reconhecer os sinais de perigo e veja como é possível reverter a situação.


Descontar suas frustrações em compras - quanto mais séria a briga em casa ou o pepino no trabalho, maior é o estouro na fatura do cartão de crédito ou se desdobrar (e pagar vários micos) controlando cada passo da vida do namorado são comportamentos que têm consequências sérias. 
 
E eles se manifestam de diversas maneiras: comprar, comer, se exercitar, navegar na internet e até fazer sexo, quando vira compulsão, provoca um estrago emocional bem maior do que o alívio imediato que traz. São mais comuns do que a gente pensa, mas diferentes dos vícios no sentido clássico da palavra - uma viciada em compras, por exemplo, pode não ter crise de abstinência se não gastar, mas a vida sofre consequências tão devastadoras quanto às motivadas pelas drogas -, o que torna mais difícil reconhecer essa personalidade como problemática. 
 

Fuga da realidade

Em excesso, até o que costuma fazer bem pode fazer mal. Malhar, transar e trabalhar, por exemplo. Quando perdem a função de divertir, dar prazer e expressar o que você tem de melhor e se tornam um meio de buscar autoafirmação ou fugir de alguma frustração, o mais certo é que essas atividades acabem provocando danos à saúde e um senhor prejuízo para a autoestima.
 
Mas como saber se um hábito que para você é natural está ganhando tons de compulsão? Para Sérgio Wajman, psicoterapeuta e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), a resposta está no impacto que a tal atitude excessiva tem na vida da pessoa - por exemplo, se virou o centro de tudo para ela. "A compulsão implica que outras atividades ou interesses se tornem secundários ou sem importância", fala. A jornalista Camila*, 32 anos, se reconhece aí. 
 
Bonita e vaidosa desde sempre, ela precisou de um chacoalhão de uma amiga para perceber que passar quatro horas por dia na academia, todo santo dia, desmarcar consulta no médico, reunião de trabalho e até encontro romântico para não perder um dia de treino não era normal. Sem falar no corpo, que estava ficando forte demais. "Me sentia tão bem depois de malhar que não imaginava que aquilo poderia me fazer mal", conta. Assim como ela, alguém que abre mão do lazer e dos momentos com a família para ficar horas a mais no escritório; que troca programas com a turma, perde horas de sono e atrasa tarefas no trabalho para ficar navegando na internet; ou que transa com o maior número de caras que consegue sem controle nem necessariamente ligar para o envolvimento afetivo pode estar passando do limite. Ainda que nem imagine. 
 

Compras, dívidas e cia.

A cultura em que a gente vive, consumista, imediatista, exibicionista, é um estímulo ao exagero, qualquer que seja ele. "É um incentivo para a dificuldade de controlar os desejos, adiar vontades, ficar sem alguma coisa que (pelo menos supostamente) vai trazer prazer", diz Sérgio Wajman. O problema é que, no caso das compulsivas, essa satisfação dura pouco tempo. Para as compradoras, o endividamento não demora a bagunçar as relações familiares, afetivas e profissionais. Quem desconta as frustrações na comida não precisa terminar o prato para se arrepender do exagero nem tarda para desenvolver transtornos de alimentação como bulimia ou anorexia.
 
A comissária de bordo paulistana Fernanda* que o diga. Entre sapatos, roupas e uma dívida imensa, a mania de comprar custou amizades e a confiança da família. Frequentadora de um grupo de apoio há quase dez anos, ela hoje entende os comportamentos que levaram à doença e aprendeu a separar emoções e dinheiro. Se está pensando em adiar para sempre a ida ao shopping, alto lá: comprar algo por impulso de vez em quando faz parte da nossa natureza. O consumo compulsivo, esse, sim, é um problema e afeta cerca de 5% da população mundial, a maioria mulheres. 
 

Meu bem, meu mal

Sentir ciúme é natural, em algum grau e algum momento, e acomete todo mundo. O erro está em achar que ele soma sentimento ou acrescenta charme a um relacionamento. Para o psiquiatra Eduardo Ferreira-Santos, autor do livro Ciúme: o Medo da Perda (editora Claridade), o ­ciúme é o veneno e não o tempero de uma relação. Assim como uma dor, indica que algo está errado com a pessoa que o sente - nesse caso, geralmente insegurança ou medo de perder o objeto do amor. Exatamente como faz a passional Aída, de Salve Jorge, que demonstra o amor de forma desesperada, chega a seguir o namorado e xeretar o celular dele. Se Nunes, o objeto da paixão, reclama, ela rebate: "Te incomoda ser amado?!". E ameaça: "Se você for embora, vou me matar!". Eduardo Ferreira-Santos é categórico. "Saudável é o cuidado com o outro; o ciúme é negativo e egoísta, pois revela apenas a preocupação consigo mesma."
 
A psicóloga Ana Márcia Mello Pereira, coordenadora do grupo de apoio Mulherespontocom, do Rio de Janeiro, explica que a obsessão amorosa é algo que domina a pessoa e costuma resultar em rompimentos desastrosos. Como foi o da última relação da carioca Stella*. O que começou com uma paixão de verão por um rapaz de outro estado virou um tormento na vida da fisioterapeuta. "Como morávamos longe um do outro, morria de medo de perdê-lo. Até que ele mudou para a minha cidade e a coisa saiu do controle", conta. A marcação cerrada para saber tudo o que o rapaz fazia rendeu cenas públicas de ciúme, brigas sem fim, noites em claro e intervenção da família e dos amigos. Foi só depois que a relação acabou que Stella sacou que o problema era ela e procurou terapia. "Hoje vejo que idealizava e não enxergava defeitos no meu ex-namorado", conta. "Minha insegurança me fazia imaginar que estava sendo traída o tempo inteiro", lembra.
 
Segundo os especialistas, as compulsões não têm cura. O tratamento começa reconhecendo que você precisa de ajuda. Uma saída é procurar um grupo de apoio - existem vários, voltados para compulsões específicas e que reúnem pes-soas na mesma situação, o que contribui para enfrentar o problema. Mesmo sujeita a recaídas, é o start para retomar o comando da própria vida.
 
*Os nomes foram trocados para preservar a identidade das entrevistadas.
 

Operação detox

Com autoconhecimento e coragem para ver o problema e buscar ajuda, é possível se livrar de uma compulsão.
 
Admita o problema
É preciso se conhecer bem para perceber quando o hábito nocivo começa a comandar você, e não o contrário. Escutar os amigos e a família também é fundamental, já que a cegueira para a doença é um denominador comum em vários tipos de compulsão.
 
Entenda as causas
As causas do transtorno são várias: hereditariedade, personalidade, história de vida e até alterações nos neurotransmissores. Algumas pessoas têm um déficit de dopamina (substância que garante o bem-estar) e, quando experimentam determinadas situações de prazer, que elevam os níveis de dopamina no cérebro, podem acabar ficando viciadas, dependendo do seu estado emocional.
 
Fuja do perigo
Manter distância de lugares ou situação que desencadeia um episódio de compulsão é um jeito de evitar tentação. Mesmo que diga a si mesma que vai se segurar, é comum a pessoa simplesmente não conseguir controlar o acesso.
 
Busque ajuda
Se abrir sobre o problema com uma amiga, um parente, um grupo de apoio ou um psicólogo é determinante para escolher o melhor tratamento.
 
FONTE: MdeMulher