terça-feira, 25 de agosto de 2015

Projeto Adolescer na mídia

No último domingo, dia 23, o caderno Feminino e Masculino, do Jornal Estado de Minas publicou uma nota divulgando as inscrições para o Projeto Adolescer que começa em setembro. 
Confira!

Contatos

Budismo - A partir do dia 26, o Centro de Estudos Budistas Bodisatva(CEBB) promove eventos especiais. Na quarta-feira, às 19h30, Lama Padma Samten, um dos principais representantes do budismo no Brasil, falará sobre Conselhos do coração em tempos de crise. Na sexta-feira, Marcelo Nicolodi ministra a palestra Como evitar o materialismo espiritual, e, nos dias 29 e 30, o curso Roda da vida. Inscrições limitadas. Informações: www.cebb.org.br/centros/mg/bh/, bh@cebb.org.br ou (31) 9809-6559/ 3245-2483.

Mãe divina – Amanhã, às 18h30, a professora Maria José Marinho promove a primeira reunião explicativa e de preparação espiritual para a Semana da Mãe Divina, dias auspiciosos para receber graças. Entrada franca. Informações: (31) 3223-8340/3225-4222.

Palestra – No sábado, das 16h às 18h, o Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC) promove palestra pública e gratuita com o tema “Profissão e programação existencial.” Entre os tópicos Priorizações na escolha da profissão e “Sua profissão é propulsora ou barreira para sua programação existencial?” No dia 1º de setembro, de 19h30 às 22h, haverá aula experimental gratuita do Curso Integrado de Projeciologia (CIP) – Teoria e prática da experiência fora do corpo. Local: Rua Padre Marinho, 455, 7º andar, Santa Efigênia. Informações: (31)3222-0056.

Medita BH – Nos dias 29 e 30, a Organização Brahma Kumaris promove seminário com o tema Superando o ego. Conduzido por Patrícia Carvalho, coordenadora da entidade em BH, o programa objetiva fornecer mecanismos para a identificação do ego, além de métodos para manter a consciência, entre outros. Local: Serra do Cipó. Informações: www.meditabh.com e (31) 3371-9802.

Adolescentes – A partir de setembro, a psicóloga Roneida Gontijo Couto, especialista em psicopedagogia, abre nova turma do Projeto adolescer. Com duração de cinco meses, o programa envolve 10 encontros quinzenais, com espaço para a troca de informações, esclarecimento de dúvidas e integração. Entre os objetivos, promover a vivencia da adolescência de forma mais consciente e segura, além de discutir as principais questões que envolvem esta fase da vida como mudanças físicas e psicológicas, conflitos familiares e sexualidade, entre outros. Informações: (31) 2531- 3965/9251-6238 e www.roneidagontijo.blogspot.com.br.

Reiki e outros – No dia 9 de setembro, às 19h30, o Espaço Holístico promove a palestra “Sistemas avançados de reiki: karuna reiki (USA), rainbow reiki (Alemanha), seichim & sekhem(egípcio), holístico, gendai e jikiden (Japão).” Ao longo do mês, haverá outros cursos e workshops com os temas Magnifield Healing, diversos tipos de reiki (shoden, gendai, usui Ocidental, jikiden de Kyoto, entre outros), além de terapias holísticas como shiatsu, reflexologia, cristais, aromas, florais, musicoterapia, etc. O facilitador é o professor Bern Hard Roessmann. Informações: (31) 3213-8843 ou 9611-8666.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Não basta ser pai

Frente ao modelo contemporâneo de família, homens encontram espaço para assumir funções que antes eram atribuídas às mulheres e conquistam relação mais próxima com os filhos

Em um passado recente, trocar fralda e fazer mamadeira eram tarefas exclusivas da mãe. O pai assumia o papel de provedor da família, e nada mais. Agora, a história mudou. O homem participa cada vez mais da rotina dos filhos e divide com a mulher todas as responsabilidades em casa.



Na visão da psicóloga Roneida Gontijo, o envolvimento dos pais com os filhos cresceu depois que as mães decidiram investir na vida profissional e encarar o mercado de trabalho. Isso fez surgir um novo formato de família, em que homens e mulheres passam parte do dia longe de casa. Resultado: as atividades precisam ser divididas entre o casal. “Pai moderno acompanha de perto a gravidez, acorda à noite para fazer mamadeira, dá remédio quando o filho está doente, leva e busca a criança na escola, participa das reuniões escolares e ainda tem que saber fazer comida”, enumera.

Apesar de observar que as mulheres ainda dedicam mais tempo à casa e aos filhos, a especialista enxerga que, em um futuro próximo, as atividades serão divididas igualmente entre pai e mãe. Incluindo as tarefas domésticas. A mudança não se justifica apenas por ser uma exigência da sociedade, mas pelo crescente interesse dos homens em participar da vida dos filhos. “Eles estão muito mais preparados para exercer essa função, inclusive se sentem realizados com isso. Já ouvi pai dizer que, se pudesse, amamentava os filhos. Acho fantástico ver essa necessidade de participação.”

Para os pais modernos, o filho está sempre em primeiro lugar. Tanto que eles se sentem motivados a ganhar dinheiro para dar boas oportunidades à prole, e não simplesmente para garantir o sustento da família. “Antigamente, o pensamento era trabalhar para pagar as despesas básicas e deixar uma herança. Não pensavam muito na educação e no apoio emocional. Hoje em dia, isso mudou”, comenta a psicóloga.

Por falta de tempo, muitos pais não conseguem participar como gostariam da rotina dos filhos. Roneida ressalta, no entanto, que o que importa é aproveitar o momento disponível, mesmo que seja pouco. “Para o fortalecimento emocional, não precisamos de muita coisa. São atitudes simples, que qualquer um pode fazer, basta ter disponibilidade”, pontua. Levar e buscar na escola, preparar um lanche, escovar os dentes ou ajudar em qualquer outra atividade do dia a dia é muito mais transformador que tentar se aproximar oferecendo um presente ao filho.

APROXIMAÇÃO 

O pai demonstra dificuldade em participar da rotina dos filhos? A orientação da especialista é procurar inclui-lo em programas simples, como sessão de cinema, passeio no parque ou mesmo viagem de férias, para agradá-lo e, ao mesmo tempo, aumentar o tempo em que todos passam juntos. “Algo vai sensibilizar e fazer com que esse pai, mesmo aquele mais fechado, esteja mais próximo, o desafio é descobrir o quê. Tudo deve ser sempre feito com muito amor e carinho. Não pode ser uma imposição, senão dificulta bastante essa aproximação”, esclarece.

Todos ganham com a mudança de atitude: os pais se sentem realizados, as mães podem dividir as tarefas e os filhos ficam ainda mais próximos. “Antigamente, era a mãe quem resolvia tudo para o filho. O pai era a autoridade da casa e existia até um receio para conversar com ele. Hoje em dia, esse pai é amigo, presente e está muito mais aberto”, avalia Roneida. Quando o homem é participativo desde a gravidez, o som da voz dele pode acalmar o bebê. Mais tarde, essa aproximação é positiva para a criança, e principalmente para o adolescente, que pode contar com o apoio do pai e da mãe.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Veja como fazer da inveja um impulso positivo

Desejar o sucesso que o outro tem, sem querer o mal, pode te ajudar a planejar-se para conquistar seus objetivos

Sentir inveja é normal? O que é inveja? O sentimento de inveja é negativo, pois é caracterizado por uma tristeza (leve ou profunda) com relação ao que o que outro tem (coisas matérias, profissionais, amorosas, qualidades e habilidades pessoais, etc) e ao que eu não tenho. Inveja é um sentimento de frustração que leva muitas pessoas a experimentarem o gosto amargo da infelicidade ao querer ter algo que não se possui no momento presente. 

Na tradição católica, a inveja é sentimento muito negativo e considerado um dos sete pecados capitais. Isso ocorre porque a inveja é uma emoção carregada de comparações ruins e limitantes. Quanto mais se desejar ser e ter o que não se é e tem, maior a possibilidade de dor e angustia por não ser capaz de usufruir o que se tem. Quem não é capaz de dar valor ao que se conquistou e todas as batalhas que já se venceu pode sofrer muito com isso. 

Como tentativa de cura dessa sensação ruim, o movimento interno da pessoa é querer ter exatamente o que o outro tem. De forma saudável, essa pessoa pode criar metas e planejamentos para em breve alcançar o sucesso desejado. Essa ação é dita por muitos como sendo "inveja branca", "inveja boa", quando alguém quer o que o outro tem tem, sem querer o mal dessa pessoa e sem sofrer por não ter, sendo capaz de planejar, organiza-se para ter num futuro próximo ou distante aquele mesmo gostinho de sucesso. E assim, a pessoa consegue ser feliz hoje com o que tem e sonhar com o que pode vir a ter. 

Somos capazes de olhar o sucesso pessoal de alguém e buscarmos também o melhor para nós mesmos. Por exemplo, se um amigo começa a praticar um determinado esporte, uma academia para cuidar da saúde física e mental, segui-lo nesse caminho, pode ser algo bom e não necessariamente carregado de tristeza e mal estar. 

De forma negativa, a pessoa não sai do lugar e sofre por não ter o que deseja. Com isso, não é capaz nem de aproveitar o que tem, nem de correr atrás do que deseja. Por isso, para algumas pessoas, sentir inveja é sinônimo de inércia e muito sofrimento. Esse mal estar todo pode até mesmo levar a uma baixa autoestima. 

Quem olha para o outro e vê um aspecto de sucesso isolado do contexto geral da vida, pode achar que as pessoas a sua volta tem uma vida mais fácil, são mais sortudas e felizes. Descontextualizar o sucesso de uma pessoa pode ser algo terrível para mente humana. "A grama do vizinho é sempre mais verde" e isso leva a sentimentos ruins e de pouca racionalidade. 

Quando a dor é grande e leva a pessoa a sair do caminho de motivação, ação e realização pessoal pode ser indicado um tratamento psicoterápico. Técnicas de programação neurolinguística, hipnose e coaching de vida podem ser úteis para lidar com esses sentimentos e também para criar novas opções de sentimento e comportamento. Ser capaz de planejar e de alcançar o sucesso é delicioso. 

FONTE: http://www.minhavida.com.br

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Projeto Adolescer

Faça parte do Projeto Adolescer e esclareça todas as suas dúvidas sobre essa fase de incertezas com a psicóloga Roneida Gontijo. 
Nova turma em Setembro, com inscrições até o dia 28 de Agosto. 

Não perca! ‪#‎adolescer‬


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Conheça os hábitos que ajudam a prevenir o estresse


Redução do uso do celular e alimentação balanceada podem acalmar a mente

Todo estresse só é negativo quando se torna excessivo. O problema é que na maior parte das situações do dia-a-dia as pessoas são tomadas por tantas preocupações que o estresse em excesso tem se tornado um problema comum dos tempos de hoje. Mas sabia que esse tipo de nervosismo pode ser prevenido com algumas mudanças simples no seu cotidiano? "Pequenos hábitos, como respiração e mudanças no dia-a-dia ajudam a controlar e evitar o problema", conta o psiquiatra Leonard Verea, especialista em Medicina Psicossomática e em Medicina do Trabalho. Confira alguns desses hábitos a seguir:

Alimentar-se de forma balanceada

Alimentação muitas vezes parece ser remédio para todos os problemas, e talvez seja mesmo. No caso do estresse, ter pratos equilibrados ajuda o organismo de muitas formas. Ter um consumo adequado de gorduras, carboidratos,proteínas, vitaminas e minerais é essencial para o bem-estar do organismo. "Se o nosso organismo recebe diariamente esses nutrientes, por meio da alimentação, naturalmente ele irá funcionar melhor, aumentando a energia e vitalidade que precisamos para enfrentar os problemas do cotidiano. No entanto, se existe carência ou excesso de algum elemento, o nosso corpo precisa fazer um esforço para compensar isso, o que gera mais desgaste", descreve o cirurgião geral Marcelo Katayama, instrutor de treinamento com foco em desenvolvimento pessoal e diretor no Núcleo Ser. Por outro lado, também há a perda de nutriente durante o quadro de estresse crônico, que é agravado pelo consumo de itens como cafeína, açúcar e sal, como explica o psiquiatra Leonard Verea, especialista em Medicina Psicossomática e em Medicina do Trabalho. 

Praticar atividades físicas

Exercícios têm diversas características que se relacionam com o relaxamento de quem os pratica. Em primeiro lugar há a liberação de hormônios que otimizam o funcionamento do corpo. "A adrenalina age na redução do estresse, o cortisol atua como anti-inflamatório, o glucagon aumenta a quantidade de glicose no fígado, o GH (hormônio do crescimento) transmite bem-estar e a endorfina produz a sensação de prazer e melhora a qualidade do sono", considera Leonard.

Além disso, existe um mecanismo que os especialistas chamam de senso de propósito. "Quando fazemos algo com a convicção de que isso está contribuindo para a nossa saúde, damos para a nossa mente comandos do tipo 'isso é bom para mim', 'estou seguindo na direção certa? e ?estou cumprindo um propósito?, que vai alimentando a nossa sensação interna de que merecemos algo bom, somos boas pessoas", ensina Katayama. Por fim, o especialista aponta como a prática de uma atividade física ajuda a mudar um pouco o foco, saindo daquele problema que ficou incomodando o dia todo e estava causando estresse. 

Mudar a postura

Ter uma postura melhor é benéfico também para a mente. E a palavra "postura" aqui não significa apenas a forma como recebemos as informações, e sim com a maneira que posicionamos nosso corpo no dia a dia. Para provar esse ponto, o cirurgião Katayama sugere um exercício: primeiro posicione a cabeça para frente e encolha os ombros, curve as costas para frente, como se estivesse deprimido, e tente pensar em algo alegre. Difícil, não é mesmo? Em seguida, espalhe-se na cadeira como em um dia de verão na praia, e depois tente pensar em uma conta para pagar. Igualmente complicado! "A forma com que usamos o nosso corpo tem um reflexo direto no nosso estado interno e na nossa capacidade de lidar com os problemas", considera o especialista. 

Procure rir mais

Estudos de 1989 foram os primeiros a demonstrar alguma relação entre o riso e a redução do estresse, ao perceber que voluntários que assistiam vídeos humorísticos tinham uma queda maior nos hormônios cortisol e adrenalina, do que os que assistiam a qualquer vídeo. "Depois disso, vários outros estudos confirmaram esse achado, que o riso reduz os níveis de hormônios e substâncias ligados ao estresse", considera Katayama.

O psiquiatra Verea resume os benefícios da risada: "rir libera endorfinas, que são hormônios que promovem a sensação de bem-estar; também ativa a sua resposta ao estresse, aumentando a sua frequência cardíaca e pressão arterial e criando uma sensação de relaxamento. Por fim, ele também estimula a circulação e ajuda a relaxar os músculos, o que reduz os sintomas físicos do estresse".

Além do mais, a risada tem o dom de mudar a perspectiva de quem está rindo sobre as situações. "Como grande parte do estresse é devido a pensamentos, julgamentos e pressões internas por resultados que vamos criando no decorrer do dia, rir pode ser uma boa alternativa para conseguir ver a situação sobre um ponto de vista diferente", finaliza Katayama. 

Fazer sexo

Sexo vai além do prazer: os mecanismos hormonais da prática sexual beneficiam o corpo a lidar com estresse. "O contato íntimo produz alterações químicas cerebrais, melhorando o humor devido à liberação de testosterona, estrogênio, prolactina, hormônio luteinizante e prostaglandina na corrente sanguínea", lista o psiquiatra Verea.

Dormir melhor

O estresse prolongado, antes de tudo, funciona como uma agressão ao nosso organismo. E dormir bem é uma das melhores formas do corpo se recuperar desse tipo de ataque. "Quando você está descansado, tem uma maior clareza de pensamento e uma habilidade maior para reagir aos estímulos agressores. Pessoas que ficam longos períodos com privação de sono tendem estar mais desatentas e com os reflexos lentos", ensina Katayama. Tanto que pessoas que dormem pouco tendem a ser mais irritadas e diversos estudos relacionam transtorno de humor com pessoas que trabalham com turnos trocados, como relata o cirurgião.
 
Respirar direito

A respiração está diretamente relacionada com nossas emoções e tem a capacidade de regulá-las de duas formas: primeiro por um mecanismo fisiológico, já que o estado de ansiedade nos faz inalar o ar com mais rapidez e de forma mais rasa, e mudar isso conscientemente ajuda a acalmar, pois o corpo volta ao equilíbrio. "Outro ponto está no fato do indivíduo, ao tornar sua respiração consciente, traz sua atenção ao momento presente. Com isso o estado de ansiedade tende a ser minimizado", acredita a fisioterapeuta Camila Montandon, especialista em Terapias Integrativas. 

Autoincentivar-se

Dentro da psicologia existe um termo chamado "Positive talk" (em livre tradução, algo como fala positiva). O conceito vem do fato de que todas as pessoas conversam consigo mesmas, mas enquanto algumas sabem fazer isso como uma forma de alento e carinho, outras não sabem se autoincentivar: "a maior parte das pessoas cultiva pensamentos de injustiça, sofrimento e pesar, além de faze julgamentos sobre si mesmo que certamente não faria para os outros", relata o cirurgião Katayama. O problema, é que ter esse tipo de pensamento gera um círculo vicioso, que faz com que a pessoa se vitimize mais e, com isso, fiquem mais propensas a situações de estresse prolongado.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Bate-papo

O bate-papo de amanhã, com a psicóloga Roneida Gontijo é sobre bullying! Não perca! 


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Puberdade: entenda as mudanças e não subestime as angústias do seu filho

A música "Não Vou me Adaptar", de Nando Reis, bem poderia ser uma descrição da puberdade. "Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia" e "eu não tenho mais a cara que eu tinha" são percepções comuns a muitas crianças a partir dos oito ou nove anos, quando estão ingressando na adolescência. Essa fase de transição é marcada por uma série de mudanças físicas e pode ser perturbadora. Ela fica mais fácil com a ajuda dos pais, por isso vale estar bem informado e preparado para conversar sobre as dúvidas e medos que atingem os filhos, tornando a transição mais tranquila.


Tratar o assunto com naturalidade facilita muito. Falar de pênis ou vagina é a mesma coisa que falar de pé, nariz. São partes do corpo. Mas é importante saber o momento certo para entrar no assunto.

"Geralmente, os próprios filhos perguntam. Responda apenas o que está sendo questionado. Mais do que isso, é nossa ansiedade falando mais alto", diz Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Fundamental também é nunca fazer brincadeiras com as transformações ou subestimar a angústia do filho. "O que para nós é só uma espinha, para o adolescente, pode ser um monstro", afirma Andrea Hercowitz, hebiatra (médico especializado em adolescentes) do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Veja o que acontece com meninas e meninos durante a puberdade e ajude-os a lidar com a fase:
Meninas

O primeiro sinal da puberdade feminina costuma acontecer entre oito e 13 anos: é o chamado "broto mamário", um pequeno "botão" sob o mamilo, que pode ser doloroso ao toque. Depois de seis meses a um ano, enquanto as mamas continuam se desenvolvendo, surgem os primeiros pelos pubianos e só depois disso (mais uns seis a 12 meses) os pelos sobre as axilas.

Com a puberdade, começa também o estirão de crescimento, que dura uns dois anos. As meninas, que na infância cresciam cerca de cinco centímetros por ano, passam a ganhar, em média, oito centímetros anuais. Pouco antes do fim dessa fase, o corpo de menina começa a dar lugar à silhueta de mulher. "A cintura afina, o quadril fica mais largo e a garota ganha mais massa muscular", explica Marcelo Iampolsky, professor de hebiatria da Faculdade de Medicina do ABC, na Grande São Paulo.

A primeira menstruação (menarca) costuma vir cerca de dois anos após o aparecimento do broto mamário. E as meninas ainda crescem de cinco a sete centímetros em um período de até dois anos após a menarca.
Meninos

Nos garotos, a puberdade começa mais tarde, em geral, entre nove e 14 anos, e seu primeiro sinal é mais discreto. "Trata-se do aumento do testículo que, quando atinge cerca de quatro centímetros cúbicos (tamanho equivalente a uma uva), marca o início da transição", explica o hebiatra Iampolsky. O pênis permanece infantil nesse primeiro momento.

Seis meses depois, aparecem os primeiros pelos pubianos, seguidos pela penugem nas axilas e, só dois anos depois disso, aparecem pelos no rosto. Enquanto isso, os testículos continuam se desenvolvendo até atingirem o volume definitivo, que varia de 15 a 25 centímetros cúbicos.

O crescimento do pênis –inicialmente, em comprimento e depois em espessura– começa por volta de oito meses a um ano depois do início da puberdade, acompanhado do aumento da estatura. Tanto meninos quanto meninas têm dois anos de estirão. Eles chegam a crescer de dez a 12 centímetros por ano.

A voz do garoto também ficará mais grossa. Isso acontece porque, durante o estirão, o aumento do hormônio testosterona e do hormônio do crescimento (GH) provoca o desenvolvimento da laringe.

Assim como a primeira menstruação da menina indica a maturidade sexual, o garoto também vivenciará um marco importante: a primeira ejaculação, chamada de espermarca. Ela ocorre depois que o pênis aumentar em comprimento e diâmetro. "É nessa fase também que o garoto começa a ganhar massa e força muscular", afirma Iampolsky.
Como ajudar seu filho quando:

1 - Cabelo e pele estiverem oleosos

A causa é a maior atividade das glândulas sebáceas, estimuladas pela ação de hormônio masculino tanto nos meninos quanto nas meninas. Deve-se evitar água muito quente na higienização. Ela retira a camada de oleosidade natural e estimula a pele a produzir mais gordura.

2 - Aparecerem espinhas

A acne é um processo inflamatório desencadeado pela obstrução do folículo piloso (onde nasce o pelo) e presença da bactéria Propionibacterium acnes, que se prolifera e causa inflamação. Além de manter a pele limpa, com sabonete suave e água fria, uma consulta ao dermatologista pode ajudar, sobretudo nos casos mais graves.

3 - O suor for excessivo e cheirar mal

As glândulas sudoríparas também são hiperestimuladas na puberdade. Por isso, os jovens suam muito nas axilas, pés e mãos. Com as roupas e sapatos mais úmidos em contato com o meio ambiente, surge o mau cheiro. Roupas de algodão ou de outros tecidos que deixem a pele "respirar" são mais indicadas, e o desodorante é permitido desde que seja um produto adequado à faixa etária.

4 - Surgirem estrias

A causa está no estirão de crescimento. "As formas físicas mudam muito em um curto espaço de tempo e as estrias podem aparecer", diz Iampolsky. Manter a pele hidratada ajuda a prevenir o problema, mas, se elas surgirem, os especialistas orientam buscar ajuda enquanto elas ainda estiverem vermelhas (mais recentes), pois existem tratamentos que evitam ou diminuem as marcas definitivas.

5 - Aumentar o apetite

"O organismo precisa de mais energia durante o estirão, o que dá mais fome", afirma Andrea. Mas isso pode ser conflitante com o medo de ganhar peso. A dica é manter uma alimentação saudável e equilibrada e fazer a maioria das refeições em casa.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Volta às aulas

Amanhã (31/07), a psicopedagoga Roneida Gontijo dá dicas de volta às aulas para pais e alunos, em entrevista para a Rádio Globo, ao vivo, a partir das 11h20. Ela vai explicar como organizar os horários e os estudos da melhor forma, não perca!


Acompanhe pela AM 1150 ou pelo site www.radioglobo.com.br


quarta-feira, 29 de julho de 2015

Bate-papo

Quer saber mais sobre as mudanças físicas e psicológicas da adolescência? A psicóloga Roneida Gontijo tira todas as suas dúvidas! Quinta-feira, a partir das 19h, no Facebook. 
Estamos te aguardando!


sexta-feira, 24 de julho de 2015

Mantenha o otimismo e realize seus sonhos

Deixe o pessimismo de lado e atraia energias positivas


Muita gente não acredita, mas o poder da mente pode nos ajudar a levantar depois de uma decepção pessoal ou profissional ou a cair numa depressão sem fim. Felizmente, o otimismo costuma ter mais peso na vida dos brasileiros. Aliado à esperança, é ele que nos ajuda a levantar todas as manhãs e acreditar que o dia de hoje será melhor do que o de ontem.

Acredita-se que o poder da mente está ligado à coragem. Isso porque o corajoso, mesmo que não seja bem-sucedido, sente-se feliz por pelo menos ter tentado. Já o medroso nem dá o primeiro passo, por achar a derrota iminente. Mas como manter o otimismo num mundo cheio de oscilações? Como fortalecer opensamento positivo diante do medo da queda?

Na opinião de Roselake Leiros, coach de carreira e de vida, palestrante e profissional especializada em desenvolvimento humano, as primeiras ações são parar de simplesmente deixar a vida levar você e tomar para si própria a decisão de ser feliz. "Você realmente pode fazer isso mudando seus velhos padrões de pensamentos negativos", afirma.

A especialista comenta ainda que, independente do grau de desejo, todas as pessoas querem realizar algo, mas quando não conseguem, a maioria se entrega às lamentações, ao conformismo, ao desculpismo ou ainda sente-se injustiçada e responsabiliza os outros pelas suas frustrações.

"Apesar de a programação da mente existir desde a vida intrauterina e ser intensamente influenciada pela cultura e padrões familiares, ela continua acontecendo o tempo todo ao longo da vida", explica a Roselake. "Esse fator concede a cada um a possibilidade de avaliar cuidadosamente o que impede e o que possibilita as suas melhores realizações para mudar a qualquer momento", lembra.

Com o nosso pensamento somos capazes de influenciar tudo, desde os estados emocionais até os padrões de energia fora da gente. Assim, quando estamos otimistas atraímos e nos associamos a energias positivas, como prosperidade, alegria, realização, saúde e boas pessoas. "E se estamos pessimistas ficamos mais receptivos a coisas de vibrações negativas, como frustrações, medos, tristezas, raivas e outros tipos de desconfortos", diz a coach.

É importante ressaltar que o pessimismo não tem nada a ver com cautela. Esta nos instiga a conhecer o panorama geral da situação que vamos enfrentar, ou seja, os seus pontos fracos e fortes. Não deixa de ser uma estratégia para que possamos driblar qualquer problema que possa surgir durante a caminhada e, assim, garantir um resultado positivo. O pensamento negativo não nos dá nem forças para tentar.

Então, para fazer com que pensamentos positivos marquem presença constante na sua vida, Roselake dá outras dicas:

- Tenha consciência de tudo que se passa na sua cabeça. Saiba exatamente o que você quer e perceba se as coisas que você pensa a partir daí contribuem ou bloqueiam a sua realização.

- Cada vez que perceber um pensamento negativo respire mais fundo, reconheça que ele faz parte do padrão do passado e, respeitosamente, coloque-o de lado e escolha um novo pensamento que possibilite a realização.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Fazer algo de bom para os outros pode aliviar a ansiedade social

Ajudar outras pessoas é uma boa forma de lidar com a fobia social, um problema que limita a vida de muita gente. A conclusão é de um estudo feito nas universidades de British Columbia e de Simon Fraser, no Canadá.

A fobia social, também chamada de transtorno de ansiedade social, é algo que vai além de uma simples timidez. Essas pessoas se sentem tão ansiosas ou ameaçadas ao se aproximar dos outros que acabam evitando relacionamentos. Têm poucos amigos e, muitas vezes, não conseguem experimentar uma intimidade emocional, nem mesmo quando conseguem ter relacionamentos íntimos.

Segundo o trabalho, publicado no periódico Motivation and Emotion, realizar atos de bondade em auxílio dos outros é algo que melhora o nível de felicidade e aumenta a frequência de interações positivas, o que ajuda a aliviar a ansiedade social.

A análise contou com 115 estudantes de graduação com altos níveis de fobia social. Eles foram divididos aleatoriamente em três grupos. Um deles realizou atos como cozinhar para um amigo, cortar a grama de um vizinho ou fazer doações para uma instituição de caridade. O segundo foi apenas exposto a interações sociais. E o terceiro não participou de nenhuma intervenção, apenas registrou o que acontecia a cada dia.

Os pesquisadores perceberam que o primeiro grupo teve um desejo menor, de modo geral, de evitar situações sociais, especialmente na fase inicial da intervenção. Jennifer Trew e Lynn Alden, principais autoras do estudo, acreditam que fazer algo de bom para os outros pode ajudar quem sofre de fobia social a levar uma vida mais gratificante e participativa.

terça-feira, 14 de julho de 2015

5 pilares para o seu filho desenvolver inteligência emocional

Antes de mais nada, é preciso ter em mente que uma criança emocionalmente saudável não é aquela que não chora, tampouco se frustra ou se irrita, mas aquela que aprimora, constantemente, a compreensão sobre as próprias emoções, como explica o psicólogo Marcelo Mendes, da PUC-Campinas (SP).



A habilidade de reconhecer os próprios sentimentos, compreender os dos outros e saber lidar com eles é o que a psicologia chama de inteligência emocional (QE) – e ela é tão importante quanto o quociente de inteligência (QI), porque confere a serenidade e o discernimento necessários para que as funções cognitivas trabalhem plenamente. Ou seja, de nada adianta seu filho ser um gênio se ele não souber lidar com as críticas, por exemplo. Veja cinco pontos-chave para desenvolver a QE no seu filho:

Vínculos afetivos e efetivos: Até os laços familiares exigem empenho e manutenção para se firmarem. Isso significa estar ao lado, acompanhar (e não apenas cobrar), achar o equilíbrio entre intenso e sereno. Mesmo ao mais ocupado dos pais, não pode faltar o momento de conversar, orientar, pegar na mão, olhar nos olhos e entender as angústias. Isso vai contribuir para que o seu filho se sinta seguro e saiba que pode contar com você.

Autoestima: Dizer, o tempo todo, que a criança é a mais linda do mundo não vale muito. Autoestima de verdade tem mais a ver com permitir que ela se sinta segura, arrisque-se mais e confie no próprio potencial, sem depender das opiniões alheias. O elogio é válido desde que seja pertinente. “Em vez de elogiar a capacidade, parabenize o esforço. Aí, sim, a criança será motivada a sempre superar a si mesma.” Isso quer dizer que frases como “Parabéns, você conseguiu terminar a lição” são muito melhores do que “Como você é bom em matemática!” , diz a psicopedagoga Quézia Bombonato, da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

Resiliência: Está relacionada à capacidade de lidar com problemas e superar obstáculos. Uma revisão de estudos da Universidade da Pensilvânia (EUA) descobriu que equipes escolares preocupadas em ensinar resiliência e otimismo no dia a dia protegem as crianças contra a depressão, aumentam a satisfação com a vida e melhoram a aprendizagem. O exercício dessa habilidade depende da interação com o outro, ao fazer com que a criança entenda que nem sempre tudo vai acontecer como deseja. Às vezes, é preciso esperar, outras, é necessário ceder ou recuar.

Frustrações: Uma boa dose delas dá ao seu filho algo importante: choque de realidade. Não ganhar um brinquedo ou perder um jogo podem fazê-lo sofrer, mas são ótimos ensaios para as situações que precisará enfrentar mais para a frente, quando se deparar com um “não”. Saiba que ele vai se decepcionar e chorar. Mas também vai aprender. Além de dar a negativa, você precisa fazer com que ele entenda o porquê. Assim, vai adquirir uma consciência crítica e a proibição se traduzirá em aprendizado. E se vier a birra, ofereça apoio e afeto. Verbalize que ele está chorando porque sente raiva ou está decepcionado, mas que tem de lidar com isso.

Brincadeira (muita!): Toda angústia ou receio que incomoda seu filho e ele não sabe expressar pode ser manifestado de forma espontânea no ato de brincar. É pela diversão, principalmente coletiva, que se desenvolve o senso de competência, de pertencimento, o controle da agressividade e o bem-estar. “O brincar e a arte são formas de expressão que possibilitam elaborar situações do cotidiano, externando sentimentos”, explica Adriana Friedmann, antropóloga e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (SP). Quando uma criança brinca de casinha e se põe no lugar da mãe, tem a chance de refletir sobre as ações e características do imitado. Ao interagir com outras crianças, aprende a respeitar a opinião do outro, descobre que existem regras e que nem sempre tudo será do jeito dela.
FONTE: http://revistacrescer.globo.com

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Ser popular está ligado à capacidade de perceber pensamentos e sentimentos alheios, revela estudo

Ao contrário do que se imagina, nem sempre os mais falantes e extrovertidos são os que se tornam mais queridos pelo grupo. Entenda


Uma pesquisa recente realizada no Reino Unido constatou que 40% dos pais estão mais preocupados sobre seus filhos serem populares do que sobre serem inteligentes. E agora, um novo estudo, realizado na Universidade de Queensland, na Austrália, parece explicar qual é a característica que pode tornar os pequenos mais queridos entre os colegas: saber identificar o que os outros pensam e sentem.

Analisando os resultados de uma série de estudos anteriores, um tipo de pesquisa chamada de meta-análise, especialistas constataram que aquelas crianças com melhores habilidades de compreender o que seus pares estão pensando e sentindo são consideradas mais populares dentro do grupo. O grau de popularidade das crianças foi dimensionado com base nas nominações feitas por colegas de sala e em classificações apontadas por professores. No total, foram examinados dados de 2.096 crianças de 2 a 10 anos da Ásia, Austrália, Europa e América do Norte, pertencentes a diversas classes sociais.

Para a líder da pesquisa, Virginia Slaughter, que é professora e Diretora da Escola de Psicologia da Universidade de Queensland, o estudo “sugere que entender as perspectivas mentais dos outros pode facilitar os tipos de interação que ajudam as crianças a se tornarem ou se manterem populares”. Segundo os resultados, isso se aplica tanto às crianças em idade pré-escolar quanto às mais velhas, e essa sensibilidade em perceber o outro pode funcionar como uma boa base para estabelecer e manter amizades.

No entanto, a psicóloga e psicopedagoga clínica Ana Cássia Maturano ressalta que ter apenas essa capacidade empática não basta para que se estabeleça um vínculo: é preciso haver uma devolutiva. “O outro precisa se sentir compreendido, acolhido. Assim, ele se identifica com essa criança capaz de perceber seus sentimentos, que se torna alguém com quem ela pode contar, se abrir”, explica. Aí reside a diferença entre ter muitos colegas e ter muitos amigos: não se confia em ambos da mesma forma.

Mas por que ser popular importa tanto?

Para a psicopedagoga Quézia Bombonato, diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), essa valorização da popularidade tem a ver com o hedonismo da sociedade atual, que preconiza a busca constante por prazer e reconhecimento. “Existe essa percepção de que o popular tem uma boa autoestima. E quem possui essa habilidade tem uma probabilidade maior de alcançar sucesso”, explica ela. Ao mesmo tempo, crianças muito inteligentes e esforçadas, as “nerds”, quase sempre são desvalorizadas, enquanto aquelas que alcançam certo êxito social se tornam motivo de orgulho. “Se o pai vê que o filho é popular, que é procurado pelos colegas, é sinal de que a criança é bem integrada, que ela é feliz. Além disso, a inteligência no Brasil ainda passa pela questão do malandro, do esperto. O nerd não é uma pessoa bem quista dentro da escola”, esclarece Quézia. 

Por isso, em certa medida, essa pesquisa realizada pela Universidade de Queesnland contradiz o estereótipo das crianças (e também dos adultos) que são considerados populares: aqueles mais falantes, que estão sempre no centro da roda. “Pensando nos mais extrovertidos, eles não necessariamente notam muito os outros porque estão mais preocupados em atrair a atenção para si”, explica Ana Cássia. Além do mais, crianças que, em um primeiro momento, chamam muito a atenção, fazem mais estripulias e são mais ousadas, com o tempo podem se tornar chatas aos olhos dos colegas. “Quando a criança precisa se impor para ser popular, acaba tendo algumas ações de intimidação, não de acolhimento. Nessa percepção de que o popular é aquele que todo mundo valoriza, que as pessoas querem estar junto, alguns colegas podem se sentir intimidados”, completa Quézia. Isso frequentemente é retratado nos filmes: é difícil se aproximar daquele aluno que é capitão do time de futebol da escola, sobre o qual todos falam, aquele que todos os professores e alunos conhecem.

Ao mesmo tempo, uma criança que é extremamente empática e sensível ao outro pode ter problemas se houver uma busca de aprovação pelo grupo. “Tem aquelas crianças que ficam na posição de achar que precisam ser sempre as boazinhas, as compreensivas, quando na verdade não sabem lidar com a sua própria agressividade”, explica Ana Cássia. O problema é que o grupo capta esse jeito e pode usá-lo de maneira perversa. Ou seja: ser compreensivo e sensível ao outro é uma coisa. Ser bonzinho já é bem diferente...

Como a criança aprende a perceber o outro

“A crianças nasce como se fosse o mundo. No relacionamento com a mãe, com a figura cuidadora, é que ela nota que existe um outro. Assim, ela vai ampliando sua capacidade de reconhecer que o mundo existe além de ela mesma”, explica Ana Cássia. Em outras palavras, é aos poucos que a criança supera seu egocentrismo e começa a perceber que as pessoas ao seu redor têm sentimentos e vontades próprios, que independem de sua existência. E é claro que os pais podem ajudar nesse processo. A chave está em ajudar o filho a decifrar que por trás das ações existem sentimentos, ou seja, que é preciso aprender a se colocar no lugar do outro para entender por que cada um age de uma forma. “Se a criança consegue olhar o outro sem ser melhor nem pior, aumenta a possibilidade de ela conseguir percebê-lo melhor e aceitá-lo, mesmo que tenha características diferentes da sua”, completa Quézia.

É claro que esse é um aprendizado que deve ser vivenciado no dia a dia. Quando a criança, por exemplo, reclama que um colega a destratou, é preciso conter o impulso de imediatamente sair em defesa do filho e massacrar esse colega (“esse menino não presta”, "essa criança não é boa companhia”, "fique longe dele"). “Se o pai trata a situação colocando o outro como o ruim da história, ele está considerando o filho como o centro do mundo”, explica Ana Cássia. É claro que o pai deve acolher a dor do filho que se sentiu magoado, ferido, injustiçado. Mas, ao mesmo tempo, é preciso estimular a compreensão sobre o outro: talvez seu amigo tenha ficado com vontade de ter um carrinho como o seu, talvez ele esteja passando por um mau momento em casa, talvez tenha se aborrecido com algo que você fez... Só assim a criança vai aos poucos adquirindo esse olhar, que pode fazer dela uma pessoa querida e preocupada com o próximo.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Na mídia!


Acesse o vídeo abaixo e confira a entrevista da psicopedagoga Roneida Gontijo, para o programa Sempre Feliz, pela Rede Super, sobre o bullyng nas escolas.



sexta-feira, 3 de julho de 2015

Na mídia!

Hoje, a psicopedagoga Roneida Gontijo participa, ao vivo, do programa Sempre Feliz, pela Rede Super e fala sobre o Bullyng nas escolas, a partir das 19h30, não perca!

Assista pelo canal 23 UHF ou ainda pelo site www.redesuper.com.br



quinta-feira, 2 de julho de 2015

Projeto Adolescer

O projeto Adolescer está de volta e cheio de temas interessantes e atuais para serem debatidos. 
As inscrições já estão abertas e as vagas são limitadas. Não perca!


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Elogiar as pessoas pode transformar a relação entre vocês



No palco das relações humanas, fica muito claro o quanto é complexo conviver pacificamente. É preciso sabedoria, tolerância, compaixão e muita compreensão, porque por mais rudeza que alguém demonstre em seu comportamento, dentro dele mora um filho de Deus, com potencialidades ainda ocultas, e muitos medos, traumas e carências de ordem afetiva e emocional para serem curados.

• É através do elogio que você vai construir pontes entre você e os que o cercam, derrubando os muros da arrogância e do egoísmo, duas posturas de vida que nos distanciam das realizações.

• A melhor forma de se aproximar das pessoas e conquistá-las para o seu modo de pensar é elogiar o seu progresso, por menor que seja, e incentivá-las continuamente, de preferência em público, para que todos se sintam motivados a crescer também.

• E o mais recompensador é que, ao reconhecer o valor do outro, você ativa um círculo virtuoso, atraindo para perto de si, naturalmente, pessoas incentivadoras, cheias de gratidão e entusiasmo.

• Caso precise fazer uma crítica, para que ela seja realmente eficaz e não provoque ressentimentos, atente para isso: fale com a pessoa em particular e expresse primeiro os seus próprios erros e dificuldades.

• Em seguida, faça um elogio merecido, encaixe a crítica necessária e finalize com mais um elogio, deixando na outra pessoa a sensação de que o erro dela será fácil de corrigir.

• Guarde bem: condenações e queixas são posturas de distanciamento, enquanto que elogios e agradecimentos são fantásticas atitudes de estreitamento dos laços afetivos, sociais e profissionais.

terça-feira, 31 de março de 2015

RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS



Para a maioria das famílias, um dos grandes desafios da convivência é o relacionamento entre pais e filhos, principalmente quando estes entram na adolescência. Assim, a psicóloga Roneida Gontijo Couto, responde algumas dúvidas muito frequentes sobre o assunto:

1. Existe a possibilidade de uma relação entre pais e filhos sem nenhum conflito?
Qualquer relação possui uma possibilidade de conflito, seja em família ou em relações sociais e profissionais. Quanto mais próxima for a relação, mais afeto existe e mais cuidado se espera. A relação entre pais e filhos é, portanto, uma relação cuidadora. Mas, no momento da adolescência, o filho está se distanciando de seus pais em busca de uma identidade nova, na qual ele agora é responsável. E os pais, por sua vez, apresentam uma grande dificuldade em aceitar esse crescimento do filho. Nesse momento, percebemos opiniões contrárias e, consequentemente, conflituosas.

2.Quais fases da vida dos filhos são mais propensas a crises, conflitos e discussões?
Quando começa a pré-adolescência, por volta dos 11, 12 anos, em que os valores adquiridos na infância são reformulados e vão se assimilando numa nova estrutura que busca maturidade. A adolescência é uma época de imaturidade em busca de maturidade. É uma fase de transição, de instabilidade e sentimentos confusos. Nessa fase, os filhos precisam de conselhos, mas fogem deles, revoltam-se contra a proibição da família, criando aí grandes conflitos.

3- O dito popular “pai e mãe têm sempre razão” é uma verdade absoluta? 
Acredito que, para algumas famílias, esse ditado não se aplica há muito tempo, pois há muitos casos em que os filhos tendem a controlar as famílias. Porém, quando isso acontece, a hierarquia é invertida, gerando um descontrole no sistema familiar. Então, o ditado poderia ser modificado no sentido de enriquecer a relação de maneira saudável, fazendo uma construção positiva na relação para ambas as partes. O aprendizado pode ser adquirido de ambas as partes, desde que todos estejam abertos a ele.

4- Como orientar os filhos sem obrigá-los a fazer o que os pais acham que é certo?
Percebo que alguns pais possuem um sistema extremamente autoritário, e como os adolescentes tendem a se achar muito sábios e fortes (até mesmo mais que os pais), eles se sentem ameaçados por essa autoridade, e podem se rebelar ou enfrentar esses pais.!
Existem várias maneiras de passar um ensinamento para os filhos. O mais importante é fazer com que ele compreenda a realidade da situação e fazê-lo refletir. Mas esse deve ser um hábito ensinado de preferência desde a infância, pois a adolescência, conforme falei, é uma fase de transição, sentimentos contraditórios e instabilidade.

5- E se for inevitável e o filho cometer erro, é certo dizer o tradicional “eu te avisei”?
Acredito que o melhor no momento de um erro é fazer o adolescente refletir.

O relacionamento entre pais e filhos é uma das muitas questões trabalhadas no Projeto Adolescer. O projeto consiste em encontros descontraídos, em que os adolescentes vão aprender a lidar melhor com as mudanças que ocorrem nessa fase da vida. As inscrições para o projeto começam em breve. Fiquem atentos!

segunda-feira, 2 de março de 2015

Conectar criança interior gera flexibilidade e criatividade



Crianças, em geral, são seres "absorventes". Chame-as de esponjas, aspiradores de pó, buracos-negros ou mata-borrões. Elas tragam o mundo que as cercam, absorvem-no com gosto, lambuzam a cara, sujam as mãos e mantêm-se sempre, acima de tudo, abertas ao novo. Talvez por isso sejam, também, seres flexíveis, dispostos a reconstruir seus castelos repetidas vezes, sempre que a maré teimar em destruí-los.

E da flexibilidade deriva o potencial criativo, que transforma em elmos formidáveis alquebradas caixas de panetone. E do criativo surge o lúdico, o riso solto que, tão perfeitamente, definem o que é um ser-criança.

Para a julgarmos como um ser "puro" é um passo. Seria uma das muitas representações sociais acerca das crianças que, ao longo da história, já foram ignoradas, vistas como adultos mal-acabados e hoje são intensamente valorizadas, talvez pelo seu estereótipo de pureza, mas também por questões da mídia e do mercado consumidor, entre outras razões para tal. Mas prefiro fugir dessa armadilha e classificar a criança apenas como um ser "crédulo".

E como não sê-lo diante de tamanhos recursos? Uma criança acredita no Coelho da Páscoa, na Fada do Dente, no Monstro do Armário, no elmo de caixa de panetone; e também nos seus pais, no amigo que acabou de fazer brincando na praia, no papai do céu, na abundância da vida.

Indo ao ponto que nos interessa nesta reflexão, o fato é que uma criança não reflete sobre o sentido da vida e, no entanto, poucos adultos conseguem vivê-la tão intensamente como fazem os pequeninos. É quando enxergo uma correlação positiva entre ausência de sentido hoje experimentada pelos adultos e a intensa valorização infantil. Tanto mais a sociedade se entristece (e "adultece"), mais a criança é endeusada, tomada como potencial redentora de um mundo que falhamos ao construir. 

A criança, por fim, possui características que a maturidade parece nos roubar. Na maioria das vezes, tornar-se adulto é um processo lento de "endurecimento", que leva consigo não apenas o que tínhamos de melhor, mas, sobretudo, nossos melhores recursos para lidarmos com a falta de sentido. Talvez seja por isso que, historicamente, nossa sociedade venha valorizando a criança cada vez mais.

Em outras palavras, parece que, inconscientemente, o homem tem caminhado em direção àquilo que seria capaz de salvá-lo da anomia e do desespero: o resgate de sua criança interior.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Se sentindo sozinha? Saiba como ser feliz mesmo com a solidão


Muita gente gosta de ficar sozinha e, mesmo tendo parceiro e filhos, sempre que pode escolhe o sossego do isolamento. Também acontece com alguns que se separam – não arrumam um novo parceiro porque gostam da solidão e da liberdade. E, ao contrário do que muitos pensam, essas pessoas não são amargas, e sim, felizes. São maduras nas emoções, e de bem com a vida. Sabem se socializar, mas são seletivas nas suas amizades e, como não temem a solidão, elas não se sujeitam a companhias tóxicas e negativas.

É importante que você entenda que quem se sente bem sozinha não é uma pessoa egoísta. Pelo contrário! O egoísta precisa dos outros para explorar, ele não consegue sobreviver sozinho. A verdade é que, quanto mais você evolui emocionalmente e aprimora sua autoestima, menos você precisa dos outros, da presença, do reconhecimento ou dos favores deles.

À medida que você, com amor próprio, preenche seu vazio interior e enfrenta o medo de crescer, deixa de necessitar da presença de outra pessoa como muleta para sua dificuldade de caminhar na vida. Se você observar com atenção verá que os melhores relacionamentos acontecem entre pessoas com independência emocional, donas de suas vidas, senhoras de seus destinos. Aliás, o tipo de mulher que mais desperta interesse nos homens é aquela que, sem medo da solidão, não mendiga amor ou companhia, valoriza seu próprio espaço e não abre mão de sua vida.

O único cuidado que você precisa ter é não viciar na solidão, passando dias e dias no computador, na tevê e nas leituras, porque aí estará perdendo oportunidades valiosas de fazer a diferença na vida de outras pessoas. É importante que você se torne cada dia mais independente – financeira e emocionalmente – para que a solidão deixe de ser um sofrimento e se torne apenas mais uma opção em sua vida.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Como entender que é hora de mudar?

Planejar mudanças é uma ótima forma de tomar coragem de tomar novos rumos


Mudança é natural e faz parte da vida de todos. Algumas mudanças podem ser planejadas e outras, na verdade, acontecem sem escolha. Faz parte do movimento natural da vida de todos passar por períodos que vão se alterando com o tempo. Um exemplo disso é o período escolar, divididos por séries (a cada ano) e depois a saída da escolar para a faculdade e/ou trabalho. Ainda sim, no trabalho, é comum que as pessoas fiquem por alguns anos em um mesmo lugar e depois mudem para novas empresas. Há quem mude, inclusive, de atividade ao longo da carreira. Ou mesmo aqueles que executam mais de uma atividade, mudando constantemente de ação.

Entretanto, existem pessoas que hesitam mais do que outras em fazer mudanças de planos em sua vida. Há quem se acomode, e por fim, não queira sair do seu "quadrado", do que já é certo e sabido. Alguns dizem estar bem na sua zona de conforto. Na verdade, para mudar é preciso ter muita energia e disposição. As razões mais comuns para não querer mudar ou mesmo escolher adiar ao máximo essa nova fase é pela falta de planejamento, medo do novo, e incerteza do sucesso na nova etapa de vida. Toda alteração obriga atenção e dedicação para se adaptar. Nem sempre as pessoas estão prontas para isso. E nem sempre é fácil ter confiança em si que se pode ser capaz de avançar e manter o sucesso que já se tem. Quem não está centrado e pronto para o novo terá, com certeza, dificuldade de adaptação.

No entanto, ficar parado sem avanço e aprendizado não é saudável para ninguém. O movimento de superação é sempre desafiador e ao mesmo tempo estimulante. Faz bem a cabeça e nos mantem vivos. Então, como perceber que é hora de mudar de estratégia? Como saber a hora certa de realizar uma grande mudança, seja na carreira, seja na vida amorosa, seja em qualquer outra área? Segue alguns possíveis momentos:

-Quando temos sonhos maiores do que nossa realidade atual
-Quando se pode mais do que se tem
-Quando se percebe entediado com a sensação de pouca novidade e poucos estímulos de aprendizado e superação.

A mudança é ótima para estimular a capacidade de adaptação. Quem melhor se adapta as mudanças tem mais flexibilidade para lidar com problemas, tende a ter menos estresse e ser mais ágil na tomada de decisão e capacidade de autoproteção. Viver é se equilibrar sempre. A rotina é excelente até certo ponto, pois quem faz tudo igual não é capaz de estimular a criatividade, nem mesmo superar a si próprio com leveza.

É bem importante para quem quer mudar, tomar algumas atitudes importantes. Lembre-se de estar pronto para tomar as decisões certas para que o processo aconteça. Para que a mudança se torne mais fácil de ser praticada é interessante ter algumas atitudes: 

-Fazer uma lista de possibilidades de mudança e novos caminhos
-Ter atenção para a compreensão das razoes que lhe motivam a mudar (o que exatamente esta lhe indicando esse ou aquele caminho novo, para que quer isso?)
-Pedir a observação de outras pessoas que mudaram e suas consequências. O que essa pessoa ganhou? O que ela perdeu? Afinal, mudar não é só ganhar, mas saber se é possível abrir mão do que se perde. Você está disposto a deixar para trás o que?
-Adaptar as histórias de sucesso observadas à sua vida e realidade pessoal. Como essas pessoas que você conhece se deram bem mudando e como você terá seu objetivo concretizado? Quais as diferenças que devem ser levadas em conta para isso?

Agora que você tem essas novas informações sobre mudança em mãos, planeje com atenção seus próximos passos!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Relação mãe-bebê


A relação mãe-bebê é de fundamental importância para o desenvolvimento psíquico da criança e podemos pensar no valor da relação entre a mãe e seu filho não apenas após o nascimento, e sim, antes, quando a mulher carrega ainda em seu ventre o pequeno ser.

Antes da décima semana o nome que recebe o pequeno ser é embrião, após as dez semanas de gestação ele se torna um feto e ficará no útero mais algum tempo até completar aproximadamente nove meses, desenvolvendo-se, para nascer e então ser um bebê.

No decorrer do período de gestação a mãe e o feto mergulham numa interação mais do que física, eles iniciam um processo de vínculo afetivo.

Estudos revelam que o feto após a 20º semana de gestação pode ouvir estímulos sonoros do ambiente externo e interagir emitindo reações como movimentos ou mesmo alterações no ritmo cardíaco (Maldonado, 1997)

A mãe pode dirigir-se ao feto, contar-lhe histórias ou mesmo passar a ouvir música juntos, assim a comunicação entre aquele que chegará e aquela que vive a espera de conhecer alguém que apenas é idealizado e imaginado passa a ser construída.

O pai e outros familiares também podem participar dirigindo-se ao feto e desfrutando da existência dele ainda no útero. Desta forma tanto a mãe quanto os demais iniciam um processo de adaptação sobre a nova configuração familiar e suas funções (no caso de pais de primeira viagem, o preparo gradativo em lidar com o sentido da função “ser pai” e função “ser mãe”) e para aqueles que já possuem filhos, o novo membro deve ser introduzido para que tanto os irmãos, quanto o bebê se percebam como constituintes de uma família.

Se a criança chegar numa família sem receber previamente um lugar, sem poder encontrar espaço para se constituir enquanto alguém que precisa manter laço social, desenvolver vínculos afetivos, ser escutada, olhada e cuidada, efeitos prejudiciais se instalarão do decorrer de seu desenvolvimento.

A relação com a mãe é que vai introduzir o bebê no universo dos sentidos e da existência, pois é ela, a mãe, que num vínculo potencial com seu bebê, o apresentará ao mundo.

Logo nos primeiros meses após o nascimento o bebê inicia, fora da barriga, sua jornada rumo à existência numa impressão de que ele e a mãe são um só. O encontro do bebê com o seio, a partir dos momentos da amamentação, lhe dá a percepção de que aquele objeto é uma extensão de si, até que ele compreenda que o seio lhe é alheio, parte não dele, e sim da mãe. É aos poucos que ele vai compreendendo que é constituído de um corpo distinto do corpo de sua genitora.

Para Fernandes (2003, p. 66) “Quando a criança nasce, seu corpo carece de integração. É o carregar, o banhar, o vestir, que vão construir uma pele sensorial, invólucro do corpo.” Desta feita, os cuidados com o bebê, em termos de corpo, e as palavras que lhe são dirigidas tem alta potencialidade e operam diretamente em sua apreensão de sentidos. A fala endereçada a criança permite que ela perceba-se como existente. O toque no bebê e o que lhe é discursado proporcionam seu desenvolvimento numa integração psíquica e corporal.

Quando a relação mãe-bebê é marcada pela rejeição, sintomas começam a se produzir e marcas traumáticas se inscrevem na criança. O corpo da criança pode responder com sinais de adoecer e angústia.

Não há receita e jamais será o objetivo dos que se propõe a trabalhar com a Psicanálise com bebês e crianças, produzir um manual de como a mãe deve se relacionar com seu filho. A relação mãe-bebê se constrói profundamente singular; cada mãe e cada filho vivencia uma experiência única. A análise ou o contato de um analista com bebês e suas mães, promove o trabalho de intervir sobre sentidos, traços e marcas deste romance.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Como parar de se importar com o que as pessoas pensam?



Já vou começar esse tema falando a verdade nua e crua: não é fácil para ninguém. Mas parar de se importar com o que as pessoas pensam é um grande atalho para a liberdade. E, com os conselhos que você vai ler aqui hoje, essa mudança de vida vai parecer até receita de bolo de caixinha, de tão fácil de seguir.

Bom, vamos começar falando porque é tão insuportavelmente chato se importar com o que as pessoas pensam sobre a gente. O motivo principal é bastante óbvio: esse negócio de ficar pensando o que as pessoas estão pensando sobre tudo o que você faz, fez ou vai fazer pode acabar tomando proporções tão absurdas a ponto de controlar sua vida e todas as suas atitudes. Aí você acorda e vai dormir todos os dias mais angustiado que vestibulando em dia de prova, se perguntando “ó céus, ó dor, ó vida, o que será que estão pensando de mim?”.

Quando você desgasta sua preciosa energia se preocupando com a opinião alheia, você passa a tomar atitudes com base no que pensa que as outras pessoas vão achar, e não no que você acredita que seja a melhor coisa a ser feita. O que é uma grande loucura.

E quem sofre as consequência desse comportamento insano? Você mesmo. A principal consequência é se tornar um tipo de pessoa que não toma posição nenhuma sobre nada nunca, e fica ali ocupando espaço em um dos lugares mais lotados do mundo: em cima do muro.

Hoje deve ser seu último dia nessa vida. E eu vou dizer o porquê.

Primeiro porque ninguém realmente se importa. Garanto. Ou você realmente acha que as pessoas têm tempo para pensar na roupa que você escolheu usar hoje? Um estudo realizado pela National Science Foundation – um órgão dos Estados Unidos destinado à promover a ciência e a engenharia através de programas de pesquisa e projetos de educação -, fez um estudo que alega que uma pessoa tem mais de 50 mil pensamentos em um dia. O que significa que, mesmo que alguém pensar em você mais de 10 vezes por dia, isso será equivalente a apenas 0,02% de todos os pensamentos que ela teve naquele dia. Acredite ou não: você não é tão especial assim.

Em segundo lugar, ninguém no mundo é capaz de agradar todo mundo. Nem o sol, nem o mar, nem o Einstein conseguiram, então não seria sábio da nossa parte tentar.

Terceiro porque você colhe o que planta. Quanto mais você pensar no que os outros estão pensando, mais todo mundo vai pensar alguma coisa de você. E mais você vai se tornar essas pessoas obcecadas por aprovação – aquelas que ninguém gosta – e, o pior, complacente com todo mundo, achando que isso vai impedir qualquer tipo de julgamento sobre você. Não vai.

E quarto porque ninguém merece viver assim. Mas chega de falar dos sintomas. Vamos à cura! Com vocês, 5 conselhos práticos de como parar de se importar com o que as outras pessoas pensam sobre você:

1. Conheça seus valores
Primeiro e mais importe é saber reconhecer o que realmente importa para você. Porque uma vez que isso esteja bem claro para você mesmo, a opinião dos outros se torna insignificante. E é nesse momento em que você para de dizer “sim” para tudo e começa a fazer suas próprias escolhas, sem se curvar a pressões externas, de quem quer que seja.

2. Mostre sua cara
Agora que você sabe quais são seus valores, é hora de colocá-los em prática. Chegou a hora de você aprender a falar o que pensa. A única regra aqui é ser honesto consigo mesmo.

3. Escolha bem suas companhias
É aquela história: me diga com quem andas e te direi quem és.

Fique perto de pessoas autoconfiantes que vivem suas próprias vidas sem comprometer seus valores; elas são sempre boas companhias. E o exemplo delas será passado para você rapidamente, sem você nem perceber.

4. Crie uma lista de medos a serem superados
Funciona assim: você faz uma lista com todas as coisas que fazem você se sentir desconfortável. Medos, inseguranças, tudo. Depois, começa a fazer essas coisas, uma por uma. O crescimento vem do fato de você encarar seus medos e, principalmente, superá-los.

Por exemplo: banho gelado. Odeia tomar banho gelado? Coloque na lista. No começo, até o cabelo vai sair do chuveiro tremendo. Mas da segunda vez, não vai ser assim tão difícil. Na terceira, menos ainda. E assim até que fique fácil e isso não seja mais desconfortável para você. Você passa por cima de um medo.

É um jeito simples de se obrigar a sair da sua zona de conforto. Porque uma coisa é verdade: não importa o quanto você leia sobre confiança, se você não tomar atitudes, as coisas não vão mudar sozinhas.

5. Viaje sozinho
Se você quer um jeito de combinar todos os conselhos anteriores em um só e ainda se divertir um bocado, esse é o caminho. Viaje sozinho. Você será exposto a culturas diferentes, vai quebrar normas sociais que nem conhecia e sair da sua bolha. Leve o mínimo de bagagem e coloque o essencial em uma mochila. Não faça planos e apenas deixe as coisas acontecerem. Acredite, essa experiência será mais reveladora do que você imagina – você estará só consigo mesmo, e vai acabar honrando só os seus valores o tempo todo.

Para finalizar, tenha um conselho extra sempre em mente: o mundo está cheio de pessoas que obedecem o status quo. Mas as pessoas que fazem alguma diferença são as que não se importam com isso. Qual das duas você vai ser?