terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Confira 4 dicas de como lidar com filhos rebeldes


Lidar com filhos rebeldes é um dos principais desafios que os pais enfrentam durante o processo de criação e condução das crianças para a vida adulta. Mães e pais sabem o quanto é difícil encontrar um equilíbrio entre repreender certos comportamentos ou ceder diante de algumas situações.

Quando os filhos atingem uma certa idade e começam a questionar determinadas regras, é comum que surjam alguns conflitos no relacionamento entre pais e filhos adolescentes. Esses problemas acontecem devido a mudanças comportamentais que, geralmente, são passageiras e fazem parte do próprio amadurecimento dos jovens.

Na tentativa de fazer o melhor possível pelos filhos, muitos pais os protegem demais e acabam criando indivíduos que apresentam grande dificuldade para lidar com frustrações e que agem sempre querendo ser o centro das atenções. Crianças que cresceram sem limites e que tinham tudo o que desejavam podem acabar pagando um preço alto na vida adulta, pois desenvolvem problemas para lidar com as decepções e não conseguem seguir regras ou ter autodisciplina.

Dicas para lidar com filhos rebeldes
A rebeldia é a dificuldade em aceitar a realidade da vida e saber lidar com limites e experiências negativas. Caso você tenha criado seus filhos mimados demais e agora enfrenta esse desafio, saiba que ainda dá tempo de corrigir alguns comportamentos e preparar seu filho para enfrentar a vida adulta de maneira mais saudável e harmoniosa. Confira como fazer isso:

Estabeleça regras
O jovem precisa entender que, para viver em sociedade, é preciso seguir diversas regras — que começam dentro de casa. Estipule horários bem definidos para as refeições, para os estudos, para o descanso e para a diversão. Seguir uma rotina organizada desenvolve o senso de responsabilidade nas crianças e adolescentes, e é fundamental para amenizar comportamentos rebeldes.

Não encoberte os erros
Entenda que seu filho está crescendo e precisa aprender a lidar com certas situações sozinho. Não tente continuar protegendo a criança para sempre, pois isso impede que ela viva a consequência de determinadas ações e situações.

Caso ele tenha sido reprovado em uma matéria, por exemplo, não tente encontrar culpados —como achar que o professor é rígido demais ou o método da escola não é o mais adequado. Essas atitudes acabam fortalecendo a falta de comprometimento do jovem e dificultam seu amadurecimento.

Converse e explique o motivo de suas decisões
Na adolescência as cobranças começam a aumentar e, ao mesmo tempo, novos hábitos se instalam na vida do jovem. Faça o possível para sempre conversar sobre todas essas mudanças, explicando os motivos de suas decisões para seu filho de modo que ele possa entender a forma como você conduz sua criação e estabelece as regras. Estabeleça um diálogo horizontal com seu filho, fazendo com que ele sinta mais confiança em se abrir e dividir as questões internas com você.

Maneire nas críticas
É preciso cuidado para não desenvolver uma relação de competição com os filhos rebeldes, em que vocês ficam vendo quem pode mais. Muitos pais acabam exagerando nas críticas e, com isso, estabelecem uma relação cheia de ruídos, tensa e rígida. Prefira fazer críticas construtivas e não se esqueça de elogiar os pontos positivos e os acertos do adolescente.




Fonte: SBIE

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Pensamentos positivos podem melhorar a saúde


Você acredita que aquilo que você pensa pode influenciar a sua saúde? A ciência afirma que sim. Estudos mostram que os pensamentos positivos estão diretamente ligados à prevenção de doenças e à melhora em tratamentos, trazendo vantagens significativas para a qualidade de vida.

Assim como o estresse é, muitas vezes, ocasionado por preocupações constantes, os pensamentos bons fazem o caminho inverso, proporcionando mais saúde e satisfação. Que tal apostar no otimismo e desfrutar de uma vida mais saudável?

Pensamentos positivos fazem bem à saúde

Os pensamentos positivos contribuem para o alívio de estresse, ajudando a diminuir os níveis de cortisol no sangue e os possíveis problemas causados pelo hormônio. Porém, a ciência aponta que não é só isso.

Um estudo feito pela Universidade de Duke, nos Estados Unidos, revelou que emoções positivas podem tornar o indivíduo mais saudável.

Na pesquisa, 2.618 pessoas responderam um questionário avaliando como esperavam que a sua saúde seria no futuro. 15 anos depois, concluiu-se que as mais otimistas possuíam 24% menos chances de desenvolver doenças cardiovasculares.

Além do coração, a ciência revela que os pensamentos positivos também agem na prevenção do câncer.

Um estudo publicado na revista científica BMC Cancer mostrou que mulheres que enfrentam conflitos ao longo da vida têm mais chances de serem diagnosticadas com câncer de mama, quando comparadas àquelas que viveram uma vida feliz e estável.

Vale lembrar que o otimismo não deve substituir tratamentos, mas, sim, servir como uma força extra na hora de fortalecer o sistema imunológico e melhorar a rotina.

Livre-se dos maus pensamentos

Pessoas positivas tendem a se sentir mais inspiradas a começar atividades novas, conhecer lugares e realizar-se na profissão ou nas tarefas do dia a dia. Ainda, tendem a ficar mais interessantes, melhorando e fortalecendo inclusive as relações sociais.

Já aquelas que insistem em se apegar a pensamentos negativos tendem a desenvolver maior insegurança, baixa autoestima e desmotivação. E ninguém gosta de ficar perto de uma pessoa que parece ter uma nuvem negra em cima da cabeça, não é mesmo?

Por isso, permita-se desfrutar de boas emoções. Isso fará com que você tenha mais vontade de buscar resultados melhores, transformando toda essa positividade em resultados concretos.



quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Como resolver conflitos entre pais e filhos na adolescência?


A adolescência é uma das fases mais difíceis da relação entre pais e filhos, que geralmente travam uma complicada guerra entre quem busca permissão/aprovação e quem proíbe/desaprova. Por conta disso, este período da vida costuma ser chamado de “aborrecência”.

Os pais geralmente se sentem aborrecidos porque é nesta fase que os filhos começam a questionar tudo o que aprenderam durante a infância — desde a forma de se vestir e se comportar, até os valores e visão de mundo. É neste momento que os conflitos começam a surgir: os pais encaram esta nova forma de ver o mundo como desaforo, os filhos são vistos como revoltados e rebeldes e, por não serem compreendidos, a rebeldia acaba se tornando uma realidade.

Nesse conflito, é importante não cometer o erro de tentar encontrar um culpado. Essa é uma etapa nova e desconhecida tanto para pais quanto para os filhos, que devem superar as diferenças sem desgastar a relação familiar. Para evitar brigas desnecessárias, é fundamental ter Inteligência Emocional para administrar os conflitos com consciência.

Inteligência Emocional: como resolver conflitos entre pais e filhos adolescentes

  • Tenha diálogos produtivos

Uma vez que os pais já passaram pela fase da adolescência, é comum que eles falem coisas como “já passei por isso muito antes de você nascer”. Esta atitude, em vez de demonstrar compreensão, apenas expõe uma interpretação baseada em experiências diferentes e que foram vividas em outro contexto. Pais que respondem dessa maneira impossibilitam que o adolescente reflita a respeito de sua própria vida.

Como trazer consciência à situação: tenha em mente que você não pode tentar proteger o adolescente ou impedir seu sofrimento. Quanto mais você fizer isso, mais ele sofrerá na sua ausência, tornando-se um adulto inseguro e dependente. Portanto, ao falar sobre suas experiências, não se imponha e sempre peça a opinião do adolescente. Levante possibilidades, mas deixe que ele faça as suas escolhas.

  • Saiba que seu filho cresceu

É durante a adolescência que aparecem os primeiros namorados, e os pais sentem que perderam a atenção exclusiva dos filhos. Muitos pais têm dificuldades de aceitar que o filho cresceu e, inconscientemente, acabam criando regras e colocando limites somente para aprisionar e manter a cria por perto.

Como trazer consciência à situação: perceba se as regras e limites que você está impondo são para proteger seu filho ou para proteger a si mesmo. Lembre-se que o adolescente está na fase de experimentar e descobrir coisas novas, e este processo é muito importante para seu crescimento e desenvolvimento. Portanto, não dificulte as situações.

Seu filho não lhe amará menos porque está namorando, pois essas são formas de amar totalmente diferentes. Além disso, é fundamental confiar no adolescente sem precisar ficar de vigia: quando ele começar a sair, por exemplo, apenas certifique-se de que ele está frequentando um local seguro.

  • Seja quem você realmente é

Você não é perfeito e, certamente, comete erros, sente tristeza, raiva, medo e tem diversas limitações e fraquezas. Não tente manter a imagem de herói que seu filho enxergava na infância, pois é justamente nessa fase que ele começa a perceber os pais como realmente são: pessoas com todos os defeitos e qualidades. Quanto mais você tentar parecer o que não é, mais o adolescente perderá a confiança em você.

Como trazer consciência à situação: seu filho não deixará de lhe amar porque você comete erros. Comece aceitando suas limitações e suas emoções, sem escondê-las. Fale sobre como você se sente, pergunte como seu filho está e sempre tente lidar com as emoções de forma saudável e construtiva.

  • Seja exemplo

É muito comum encontrar pais que não largam o celular por um minuto, mas falam para os filhos usarem menos equipamentos eletrônicos. Ou então pais que exigem respeito, mas vivem brigando entre si. Lembre-se que os filhos repetem os comportamentos dos pais, e aquela velha frase “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” só acaba com a sua credibilidade.

Como trazer consciência à situação: observe se suas atitudes estão de acordo com as coisas que você cobra dos seus filhos. As pessoas não mudam com conselhos, mas com exemplos.

  • Direcione seu foco

Na adolescência a tendência é que aumentem as cobranças em relação aos estudos, amizades, hábitos e à construção do futuro. Nesse contexto, muitos pais acabam criticando, exigindo e cobrando em excesso. Como resultado, estabelecem uma relação rígida, tensa e que deixa as conquistas em segundo plano.

Como trazer consciência à situação: Faça críticas construtivas, sempre explicando suas exigências e cobranças. Jamais utilize frases como “faça isso porque sou sua mãe e estou mandando”. Se houver castigo, explique as razões exatas para a punição. E sempre elogie e reconheça quando o adolescente acerta. Lembre-se: “não fez mais nada que a sua obrigação” não é uma forma de reconhecimento.

  • Entenda comportamentos e hábitos diferentes

Seu filho está chegando em casa com cheiro de bebida, começou a fumar e tem amizades que você desaprova. Você proíbe que ele faça tudo isso, ele mente. Você descobre e castiga, ele mente ainda mais. Você não quer saber as razões, você simplesmente não aceita e causa ainda mais revolta nos filhos.

Como trazer consciência à situação: Antes de proibir qualquer coisa, converse com seu filho, perceba até que ponto esses comportamentos têm sido prejudiciais e entenda que algumas escolhas do adolescente estão fora do seu controle e fazem parte do aprendizado. Em vez de proibir, converse, respeite as escolhas do adolescente e, se perceber que a situação está saindo do controle, procure ajuda profissional.



Fonte: SBIE

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Resistência a mudança: como orientar um adolescente a rever seu comportamento


A adolescência é um período de intensas modificações e, por esse motivo, esta é uma fase da vida que costuma ser muito complicada para a maioria das pessoas. Isso porque os hormônios e mudanças físicas/cognitivas do jovem estão a todo vapor, e as constantes e intensas transformações vivenciadas por ele acabam influenciando diretamente em sua vida social, escolar e familiar.

Estar na metade do caminho entre a infância e a idade adulta faz com que diferentes necessidades comecem a surgir e, por mais que a maturidade do adolescente ainda não esteja desenvolvida a ponto de ele ser capaz de tomar grandes decisões por conta própria, suas vontades individuais aparecem de maneira muito intensa. Este é um contexto que pode gerar conflitos, especialmente com figuras que representam autoridade — como pais e professores.

Como consequência dessas mudanças, o adolescente pode apresentar um comportamento resistente às mudanças que estão acontecendo em sua vida, seja pelo medo do desconhecido ou pela insegurança que é normal desta fase da vida. O desenvolvimento da Inteligência Emocional durante a adolescência pode ser muito benéfico para o jovem, pois possibilita que ele ressignifique traumas e entenda quais os gatilhos que geram comportamentos de resistência. Dessa forma, o indivíduo não carrega bagagens emocionais negativas para vida adulta.
Como orientar um adolescente resistente a mudanças?


Permita que ele viva as próprias experiências


Tenha em mente que é impossível evitar que os adolescentes tenham experiências frustrantes ou que tragam sofrimento. Muitas vezes, é importante que eles convivam com o fracasso e com as decepções para que possam desenvolver segurança e independência na vida adulta. Lembre-se: os erros são fundamentais para o processo de evolução e amadurecimento do ser humano.


Dê exemplo


Os filhos repetem os comportamentos dos pais e, por isso, é importante que você observe suas próprias atitudes no ambiente familiar, sempre analisando se elas estão de acordo com aquilo que você cobra do adolescente.


Critique de forma construtiva


É natural que as cobranças aumentem durante essa fase da vida: empenho nos estudos, amizades construtivas, hábitos saudáveis e foco na construção de um futuro estão entre os tópicos que mais causam pressão sobre os adolescentes. Neste contexto, pode acontecer de os pais exagerarem nas críticas e cobranças, levando tensão ao relacionamento.

Para evitar que isso aconteça, é preciso ter cuidado com a rigidez no relacionamento com seu filho e não deixar que as conquistas do jovem fiquem em segundo plano. Aposte sempre em críticas construtivas e explique o motivo das suas preocupações.


Trabalhe a insegurança do jovem


A resistência a mudança está diretamente relacionada à insegurança, e a visão dos adolescentes sobre seus próprios temores pode ficar distorcida durante essa fase da vida, fazendo com que os problemas pareçam ainda maiores do que realmente são. É preciso muito diálogo e orientação para que o jovem entenda que encarar seus medos é fundamental e que fugir de situações que precisam ser enfrentadas pode ser muito mais doloroso e prejudicial. Trabalhe junto com o jovem para que ele possa conhecer sua própria personalidade, além de forças e fraquezas.


Fonte: SBIE

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Vício em jogos: como conversar com filhos que exageram na vida virtual


O uso excessivo de eletrônicos — computador, vídeo game, smartphones e tablets — é cada vez mais comum entre crianças adolescentes. Desde muito pequenas, as crianças têm acesso e aprendem a manusear esses aparelhos sem nenhuma dificuldade, e este hábito pode acabar virando um vício que prejudica a saúde e a vida dos pequenos.

Rodrigo Fonseca, fundador e presidente da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBie), recomenda que os pais fiquem sempre atentos aos horários de uso e à quantidade de tempo dedicado aos tablets e smartphones. “É importante estabelecer horários e momentos para se conectar ao mundo virtual e, assim, evitar danos à saúde e à vida escolar da criança”, orienta Fonseca.

Um estudo realizado pela Academia de Pediatria dos Estados Unidos aponta que não é recomendado ficar mais de duas horas por dia utilizando eletrônicos para fins recreativos. Isso porque crianças que ultrapassam este tempo correm o risco de ficarem sedentárias e desenvolverem uma série de doenças, além de se afastarem dos amigos e das brincadeiras reais.

Outra pesquisa desenvolvida pela Faculdade de Educação da Unicamp, em Campinas, aponta que crianças que abusam dos aparelhos eletrônicos brincam muito pouco. Como consequência, é observado um atraso no desenvolvimento infantil, visto que a criança não tem uma rotina com horários bem definidos — o que afeta o ritmo de construção do desenvolvimento cognitivo. A pesquisa foi desenvolvida com crianças entre 8 e 12 anos que ficam mais de quatro horas em frente a uma tela.

Por que o abuso tecnológico prejudica o desenvolvimento cerebral?

Até os dois anos de idade, o cérebro de uma criança triplica de tamanho, e o órgão se desenvolve rapidamente até que o indivíduo complete 21 anos. Esse desenvolvimento é determinado por estímulos ambientais, e a exposição excessiva às tecnologias afeta o desenvolvimento e pode causar déficit de aprendizagem, além de impulsividade e atraso das funções cognitivas. Os excessos de estímulos podem eliminar trilhas neurais no córtex frontal e contribuir para o déficit de atenção, diminuindo também a memória e a concentração.

Exemplo dos pais pode desencadear o vício nas crianças

Os adultos estão cada vez mais presos à tecnologia, e isso naturalmente gera uma falta de atenção com as crianças. É praticamente impossível encontrar uma pessoa que nunca tenha checado os e-mails durante um momento em família ou deixado um eletrônico com a criança para conseguir um momento de sossego.

Este tipo de atitude gera um ciclo vicioso, em que as crianças se apegam aos dispositivos eletrônicos por não terem a atenção necessária dos pais, e o hábito pode resultar em dependência ou vício em jogos.

Para evitar o problema, é fundamental estimular os filhos a participarem de brincadeiras no mundo real, o que contribui diretamente para o desenvolvimento social e motor dos pequenos. Além disso, brincar com outras crianças estimula a criatividade, promove competências afetivas e ensina valores como a importância de compartilhar e cooperar. Crie meios para que seus filhos tenham mais oportunidades para brincar ao ar livre, evitando o abuso dos eletrônicos.


Fonte: SBIE