A cada ano, mais de 500 mil meninas entre 10 e 19 anos têm filhos no Brasil. Esse número já foi maior. Em 2004, eram cerca de 660 mil, de acordo com o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc). Essa redução está relacionada a vários fatores, como expansão de políticas públicas e mais acesso a métodos contraceptivos.
A redução pode ser considerada um avanço, pois a gravidez precoce tem impacto diferenciado no corpo e na vida da jovem, assim como das crianças, mas os casos ainda existem. Os riscos também. Estudos mostram que uma gravidez que ocorre nos dois anos seguintes após a primeira menstruação oferece mais risco para mãe e bebê, pois o organismo da menina ainda está se adaptando às mudanças hormonais e ao crescimento dos órgãos.
Há, ainda os chamados riscos psicossociais. Como, normalmente, a gravidez na adolescência não é planejada e intencional, a vida escolar e a atuação futura no mercado de trabalho da mãe podem ser afetadas. A menina também pode ter problemas familiares, pois há famílias que não aceitam a gravidez na adolescência. Por tudo isso, a gravidez na adolescência é uma situação delicada e exige cuidados específicos.
Mas o melhor cuidado é mesmo a prevenção. Sexo é algo natural, faz parte da vida, mas precisa ser feito com cuido e consciência. Afinal, além do risco de uma gravidez não planejada existe também o perigo de doenças e infecções sexualmente transmissíveis. Portanto, se cuida e proteja-se!
Além disso, para aumentar a conscientização sobre essa questão, o governo federal instituiu, neste ano, a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, a ser realizada anualmente na semana do dia 1º de fevereiro. O objetivo da ação é disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência – que tem impacto diferenciado no corpo e na vida da jovem, assim como das crianças.
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Fonte: Governo Federal