sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Veja por que seu filho não precisa ser o melhor em tudo o que faz

Cobrança exagerada pode afetar a autoestima das crianças e desencadear problemas emocionais. Além disso, a atitude é uma forma de estimular o individualismo e o egoísmo


Aula de ballet, de futebol, de idiomas. As opções de atividades extracurriculares para as crianças são cada vez mais abrangentes, bem como a disposição dos pais para preencher todos os minutinhos livres dos pequenos. O grande problema é quando esse estímulo se transforma em cobrança, exigindo que os filhos sejam excepcionais em todas as atividades.

Esse anseio é reflexo da sociedade competitiva em que vivemos. Muitas vezes, a cobrança dos pais é percebida pelos próprios como um estímulo positivo, já que eles não tiveram as mesmas “oportunidades” que as crianças têm hoje em dia. Por isso, elas precisam ser alfabetizadas mais cedo, estar nas melhores escolas e tirar boas notas. Mas sem direito ao chamado “ócio criativo”, as crianças têm o desenvolvimento prejudicado.

“Existe uma valorização muito grande do aspecto cognitivo em detrimento dos demais, como o emocional. Mas nós não somos só o racional. Quando você estimula apenas um aspecto, há a antecipação de várias fases da criança. Por exemplo, existem pais que acham bonito dizer que o filho está aprendendo a ler mais cedo. Isso não é positivo, porque estamos pulando etapas que precisam ser trabalhadas e que a criança precisa viver”, afirma Juliana Boff, psicóloga e coordenadora do Colégio Sion.

Ensinar aos pequenos que eles devem ser melhores que os demais também é uma forma de estimular o individualismo e o egoísmo. Em longo prazo, eles se transformam em adultos com dificuldades para se relacionar com os demais, já que os pais sempre cobraram essa competitividade em casa.

“Os adultos querem o retorno daquilo que oferecem. A partir do momento que a criança se sente cobrada, ela fica mais ansiosa e isso pode ocasionar um complexo de inferioridade. A criança pequena pode até não processar isso tão bem, mas ela se sente menor ao perceber que os pais não estão satisfeitos com o seu desempenho”, explica Sonia Linston, pediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.

Saber ouvir

O extremo oposto também não é saudável para o desenvolvimento infantil. Em outras palavras, os filhos precisam da orientação e do estímulo dos pais, mas de maneira equilibrada. A total ausência deles faz com que as crianças se sintam à deriva, menos estimadas e cuidadas pelos pais.

O caminho para evitar os dois extremos é observar as reações dos pequenos. Se demonstrarem qualquer tipo de desconforto, talvez seja o momento de repensar as atividades escolhidas.

“É importante deixar que eles sejam protagonistas da própria história. Vivemos uma cultura em que a criança é tida como alguém que a gente molda, como se ela não existisse. Apesar de ser pequena, ela tem suas características, seus desejos, suas vontades e receios, que também precisam ser ouvidos. Isso não significa que vamos fazer só o que a criança quer”, pondera Juliana Boff.

Cada pessoa é única, com suas aptidões e dificuldades. Esse é o principal conselho que a microempresária Anamaria Jannuzzi dá ao filho Lucas, de sete anos. “A gente tenta motivá-lo a desenvolver as aptidões dele, mas cada pessoa tem facilidade com uma coisa, então não tem por que forçar nada. Não tem como ser excelente em tudo. Nós, adultos, sabemos disso. É injusto cobrar isso das crianças”, defende ela.Motivação e aptidão

Lucas tem muita facilidade com matemática, mas demorou a ser aceito no time de futebol da escola. Os amiguinhos diziam que ele não era bom o suficiente. Em vez de cobrar resultados melhores do filho, Anamaria o lembrou de suas qualidades, para que ele não se sentisse obrigado a ser como as outras crianças.

“Da mesma forma que ele é excelente em matemática, o outro amigo é melhor em corrida, por exemplo. E não há nada errado com isso. Então, jogo muito na vontade dele: se ele quiser, pode treinar mais e melhorar no futebol. E se não quiser, tudo bem também, porque ele tem outros talentos e gosta de fazer outras coisas. Sempre respeito o espaço dele, antes de qualquer coisa”, conta a mãe.

A situação pela qual Lucas passou, de ter o talento questionado pelos colegas da escola, é a prova de que as crianças precisarão enfrentar a competitividade de um jeito ou de outro. Nenhuma está imune a isso. A diferença está na maneira como os pequenos vão lidar com isso. Devolvendo na mesma moeda ou reconhecendo os próprios limites.

“Nossa vida não pode se resumir à excelência. Existe uma maneira diferente de se relacionar com as pessoas, de forma cooperativa e colaborativa. A gente não vive só para o trabalho e para as coisas materiais, para as melhores notas, para aquela vaga no vestibular. Tudo isso faz parte de uma vida mais humana. O grande desafio é mudar o foco e trabalhar esses aspectos nas crianças”, acredita Juliana.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Os cinco arrependimentos mais comuns ao fim da vida

Viva a vida intensamente. Aproveite cada dia como se fosse o último. Realize seus sonhos.


Essas são frases feitas repetidas exaustivamente, mas o fato é que, na correria do dia a dia, muita gente questiona as próprias escolhas e teme se arrepender mais tarde de algo que fez ou deixou de fazer.

Essa dúvida tão comum inspirou a enfermeira Bronnie Ware, que percebeu que o tema poderia render um livro e, baseada em suas experiências, selecionou os cinco maiores arrependimentos dos seres humanos.

Bronnie trabalhou por muitos anos com cuidados paliativos, um tipo de tratamento que busca melhorar a qualidade de vida de pacientes terminais. Assistidos por uma equipe de profissionais, os pacientes e seus familiares tendem a encarar com mais facilidade as dores inerentes ao processo de se despedir da vida, sejam físicas, sociais, emocionais ou espirituais.

De acordo com a enfermeira, os pacientes ganham uma clareza de pensamento incrível no fim de suas vidas. Confira a lista de seu livro “The Top Five Regrets of the Dying” (“Os cinco principais arrependimentos daqueles que estão próximos da morte") e os comentários da autora:


1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu queria, não a vida que os outros esperavam que eu vivesse.

“Esse foi o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que a vida delas está quase no fim e olham para trás, é fácil ver quantos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não realizou nem metade dos seus sonhos, e muita gente tem de morrer sabendo que isso aconteceu por causa de decisões que tomou, ou não tomou. A saúde traz uma liberdade que poucos conseguem perceber, até que eles não a têm mais."

2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto.

“Eu ouvi isso de todos os pacientes homens com quem trabalhei. Eles sentiam falta de ter aproveitado mais a juventude dos filhos e a companhia de suas parceiras. As mulheres também falaram desse arrependimento, mas como a maioria era de uma geração mais antiga, muitas não tiveram uma carreira. Todos os homens com quem eu conversei se arrependeram de passar tanto tempo de suas vidas no ambiente de trabalho.”

3. Eu queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos.

“Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos para ficar em paz com os outros. Como resultado, acomodaram-se em uma existência medíocre e nunca se tornaram quem realmente eram capazes de ser. Muitas desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ao ressentimento que carregavam.”

4. Eu gostaria de ter ficado em contato com os meus amigos.

“Frequentemente, os pacientes não percebiam as vantagens de ter velhos amigos até chegarem em suas últimas semanas de vida, e nem sempre era possível rastrear essas pessoas. Muitos ficaram tão envolvidos em suas próprias vidas que deixaram amizades de ouro se perderem ao longo dos anos e tiveram muitos arrependimentos profundos por não ter dedicado tempo e esforço às amizades. Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo.”

5. Eu gostaria de ter me permitido ser mais feliz.

“Esse é um arrependimento surpreendentemente comum. Muitos só percebem isso no fim da vida – que a felicidade é uma escolha. As pessoas ficam presas em antigos hábitos e padrões. O famoso ‘conforto’ das coisas familiares e o medo da mudança fizeram com que eles fingissem para os outros e para si mesmos que estavam contentes quando, no fundo, ansiavam por rir de verdade e aproveitar as coisas bobas em suas vidas de novo.”

A pedido do Hospital Albert Einstein, a médica Ana Cláudia Arantes, geriatra e também especialista em cuidados paliativos, analisou a publicação e falou sobre cada um dos arrependimentos levantados pela enfermeira americana.

O vídeo com os comentários pode ser conferido abaixo:


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Maternidade e profissão: como conciliar?

Conheça histórias de mães que vivenciaram esse momento 
 

Depois que nascem os bebês e acaba a licença maternidade, muitas mães se vêem na mesma situação; voltar ao mercado de trabalho e deixar os pequenos sem elas. Para a maioria delas, isso é de cortar o coração. No entanto, por questões financeiras ou até ideologias pessoais, muitas mães optam por trocar ou adaptar suas profissões para poderem passar mais tempo com seus filhotes.

A primeira tentativa é o homeoffice, que tem horário flexível e não faz enfrentar um longo trânsito para voltar para casa (mais tempo no trânsito, menos tempo com os bebês). Outras trocam de empresa e até de ramo, como foi o caso de Alessandra Rebecchi, mãe de Gabriela.

"Eu nunca havia pensado em não voltar ao trabalho, até ela nascer e eu entender a importância do nosso vínculo. Eu não poderia aceitar que a tarefa de estar com ela o dia todo, ensinando-a e acompanhando o seu desenvolvimento era menos nobre do que meu trabalho. Eu não conseguia imaginar investindo tempo em trabalho enquanto outra pessoa se encarregaria da criação da Gabriela. Mas eu não poderia deixar totalmente de ter renda, então, como jornalista comecei a trabalhar de casa. E no começo foi uma loucura porque tinha que trabalhar de madrugada. Mas sempre achei que foi a melhor escolha. Ela foi para a escola apenas com 3 anos e meio, uma idade que considero mais adequada para esse início", revela.

Se desligar um pouco de uma redação convencional fez Alessandra prestar atenção em outros aspectos da sua carreira. "Continuo trabalhando em casa, mas fiz curso de doula, consultoria em aleitamento e agora faço mestrado em comunicação. Cuidar da Gabi em casa nunca me impediu de fazer nada e não consigo me imaginar escolhendo outro caminho", finaliza.

Alessandra também acredita que a questão da escolha da mulher precisa ser repensada, pois quando uma mulher decide dedicar seu tempo aos filhos essa decisão é vista com preconceito, como se priorizar a carreira fosse o mais valioso. "Acredito na autonomia das mulheres para tomarem decisões conscientes e negociarem com seus parceiros que cada um possa investir tempo na criação dos filhos de forma saudável" conta.

Para Priscila Bertozzi, mãe de Laura, a carreira passou a dançar conforme a música da filha. Ela também é jornalista e quando Laura completou 10 meses, resolveu mudar de ares. "Decidi abrir uma produtora, comecei a trabalhar com eventos. Minha agenda sempre foi super flexível, dificilmente não consegui levá-la ou buscá-la ao colégio. Adotei 100% a rotina homeoffice", conta a jornalista.

Ao mesmo tempo, Priscila confessa que sente falta da movimentação, da rotina de trabalho, sair com os colegas. No entanto, acompanhar mais de perto o desenvolvimento da filha não tem preço. "Não consegui terceirizar a criação dela. Senti-me muito culpada mesmo. E desta maneira consegui ficar mais perto de todos os momentos: pediatra, escola, brincadeiras, amigos, alimentação, etc. Prefiro aproveitar esse tempo que não volta mais. Só se vive uma vez", diz ela. 
 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Como lidar com o luto pela morte de uma pessoa próxima?

A forma de lidar com a perda varia de pessoa para pessoa e precisa ser respeitada e compreendida


O luto é um processo de angustia resultado de uma perda significativa em nossa vida e tende a fazer parte de todo fim que vivenciamos. Ao contrario do que muitos pensam e dizem, o luto não é um transtorno ou uma doença, logo não é algo a ser curado ou evitado, mas sim compreendido, acolhido e elaborado (no contexto daquela pessoa, daquele momento de vida e conforme grau da relação e impacto da perda) e às vezes um auxílio profissional, como psicológico, pode ser necessário.

É comum as pessoas se referirem ao luto como uma situação que precisa ser resolvida, deixada para trás e normalmente com tempo breve. Isso acontece devido à falta de compreensão que se possui sobre o tema e sobre a pessoa envolvida no luto. E esta falta de compreensão tende a ser uma geradora da falta de tolerância, que tende a prejudicar diretamente a superação ou a readequação da vida da pessoa. A não habilidade, ou a falta de manejo com o assunto morte e luto, acaba sendo, na maioria das vezes, a maior causa de sofrimento, pois a pessoa enlutada acaba sendo pressionada pelo meio, às vezes por ela mesma, a sair desta situação o mais breve possível, assumindo atitudes e movimentos contrários ao que se sente e vive naquele momento.

Existem dores e sofrimentos de perdas mais ou menos intensos. E quanto mais próximo afetivamente formos da pessoa que morreu, maior o luto. Assim, quando falamos de lutos mais sofridos ou mais longos, normalmente falamos de perdas de filhos, pais e cônjuges. Pessoas estas que normalmente ocupam lugar de base (passada ou futura) em nossa vida e por isso a sensação de desnorteamento é intensa. A tristeza faz parte dos sentimentos que compõem o luto e tende a trazer consigo o choro, o desanimo, sensação de dor. Alguns pacientes comparam com uma sensação de dormência, do corpo, dos movimentos, das sensações e até dos pensamentos.

Reações ao luto

Não há atitude padrão para estar de luto. Algumas pessoas se calam, se fecham em seus mundos, se afastam, enquanto outras se tornam ativas, querem falar, chorar abertamente, estar acompanhadas. Não devemos nos prender ou avaliar uma reação, por si só, afinal cada ser humano tem o direito de sentir e vivenciar em sua particularidade. Podemos notar que independente a reação, ambos os casos possuem em comum a necessidade de ter sua dor de perda acolhida e respeitada.

Os primeiros dias tendem a ser terríveis, sendo mais comum os choros descontrolados, atitudes agressivas ou intensas, falta de apetite e de sono... Com o passar do tempo, (e este tempo é particular para cada ser humano), estas reações tendem a ganhar uma estabilidade, não falo ainda em desaparecer, mas sim devem ocorrer de forma mais organizada. E assim a tendência é que o luto se encaixe na vida da pessoa e fique presente por algum tempo, podendo ser meses ou anos, oscilando as intensidades e as formas de expressões.

Geralmente, só devemos nos alertar para uma preocupação, quando o quadro de luto gerar sintomas que sugerem exagero no sofrimento e prejuízo na vida como: abandonar emprego, escola, namoro ou casamento, não conseguir se preocupar com seus filhos ou com suas contas, emagrecer ou engordar significativamente, assim como reações sintomáticas frequentes e intensas, como desmaios, taquicardias, dores diversas.

O sinal do exagero e da intensidade desestruturada sugere o não saudável e portanto é merecedora de atenção e talvez de acompanhamento psicológico. E o acompanhamento de um profissional pode ser muito bem vindo, por propiciar a pessoa uma possibilidade de reconhecer seus sintomas de sofrimento, de entender suas reações e para expressar sua dor e assim ir aliviando sua angustia.

Uma angustia não negada e bem acolhida tende a gerar a possibilidade de se refazer na vida, com a pessoa saindo mais fortalecida para continuar sua história.

Como agir diante de um enlutado?

Vale um alerta para aquelas pessoas que costumam dizer, e normalmente por não saberem o que dizer nestas situações de perdas, as seguintes frases: ?Não chore, não sofra, ele(a) não quer te ver triste?... Sabemos ou imaginamos que na maioria dos casos estas falas possuem boas intenções, é realmente muito difícil ver alguém sofrer e não poder gerar este alívio. Mas chamo aqui a atenção para que compreendam que estes dizeres sugerem um grande disfarce ou até mesmo uma proposta de negação do luto, logo da perda. E neste momento delicado e fragilizado isto é tudo que não deve acontecer. Pois o fim já está instalado e ele dói.

O luto não é algo ruim, na verdade ele é necessário. É uma etapa que precisamos encarar, compreender, vivenciar para continuarmos vivendo de forma equilibrada e saudável. Assim nestas situações talvez tudo que nos caiba seja de fato um bom abraço, uma oferta de colo, de ajuda com questões burocráticas ou mesmo a nossa presença ao lado. Mostrando que a tristeza atinge a todos, mas que estão ali unidos para chorarem e se ajudarem nesta fase difícil de vida.

O luto varia de acordo com o contexto da morte?

Culturalmente tendemos a acreditar que certas mortes são melhores ou piores que outras. Por exemplo, as mortes de crianças são praticamente inaceitáveis, assim como de adolescentes, jovens adultos, das mães e cônjuges. Estas perdas costumam gerar muita tristeza e reações intensas e normalmente são as que mais precisam de tempo e de ajuda.

As mortes inesperadas, como as geradas por acidentes, também costumam desestruturar uma pessoa ou até mesmo uma família, pois a tristeza vem acompanhada de raiva, revoltas, questionamentos e fantasias de respostas que acalentem ou que justifique esta interrupção e intromissão nos projetos de vida.

Já os quadros de doenças, em geral os quadros terminais costumam trabalhar, muitas vezes inconscientemente, a preparação da perda e assim é muito comum vivenciarem o luto ainda enquanto o paciente está vivo. Logo quando a morte ocorre, apesar da tristeza é muito comum que o pior momento de dor já tenha sido vivenciado anteriormente durante o tratamento. Talvez porque a pessoa ou a família enlutada tenham tido tempo para lembrar que a morte existe e faz parte da vida e que é preciso haver espaço para lidar com ela. Normalmente os familiares, assim como os doentes, buscam se redimir de suas ofensas e falhas, tentam realizar sonhos e desejos e criam assim um espaço de despedida, aliviando a culpa e fantasiando uma permissão para a morte se aproximar.

O que podemos dizer, é que todas estas situações são verdades, mesmo que mais ou menos intensas. Não acham? E estas verdades merecem a chance de serem entendidas como únicas e respeitadas em seu tempo e forma de expressão, independente padrões de diagnósticos. Talvez não haja melhor remédio que um olhar sincero de outra pessoa sugerindo compreensão e parceria, enquanto se encara a dor a da realidade.

FONTE: MinhaVida.com.br

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Os benefícios de ter amigos


Mudar de emprego, viajar pelo mundo, dar a entrada no seu primeiro apartamento. Esses até podem ser objetivos para correr atrás no ano que está prestes a começar, mas, se tem uma atitude mais importante do que todas elas - e capaz de ajudar a conquistá-las -, é cultivar os relacionamentos.

Uma revisão de estudos publicada recentemente no periódico norte-americano Personality and Social Psychology concluiu que esse é o segredo em comum das pessoas consideradas bem-sucedidas tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Veja por que manter relações sólidas pode ajudá-la a chegar aonde quiser.

1. Conviver com pessoas diferentes desenvolve as habilidades necessárias para trabalhar em equipe, como paciência, capacidade de comunicação e de ouvir o outro. Conhecer pontos de vista distintos também expande o seu repertório de argumentos e de soluções criativas para os desafios do dia a dia.

2. "Quanto melhores nossos relacionamentos, mais fortes somos emocionalmente, pois encontramos apoio para superar as adversidades da vida e realizar sonhos", diz a psicóloga Angelita Corrêa Scardua, de Vitória.

3. Um pesquisador britânico, da Universidade de Warwick, concluiu que fazer um novo amigo tem um valor emocional maior do que receber um aumento, segundo a maioria dos voluntários entrevistados no estudo. Pense nisso antes de desmarcar o encontro com as amigas para trabalhar até mais tarde.

4. Construir amizades no trabalho, desde que sejam verdadeiras, aumenta a satisfação com o emprego e ajuda a lidar com a tensão do ambiente e a superar eventuais momentos de crise. Também melhora a produtividade e até eleva o grau de satisfação com o salário. 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Autoestima: resgate a sua!

Veja dicas para começar 2015 com a autoestima elevada



Fim de ano é sempre época de fazer uma retrospectiva do que foi bom e do que foi ruim e o que pode melhorar para o próximo ano. E nessa revisão, temos que levar com conta qual foi a nossa reação diante dos fatos, sendo eles bons ou ruins.
E uma reação positiva tem relação direta com a sua autoestima. Para ajudá-la a manter aautoestima lá em cima em 2015, listamos algumas dicas. Veja só:
No fim de um relacionamento
Nunca pense que "não deu certo". Deu, sim, enquanto durou. E não carregue o fracasso em suas costas. Os dois lados são responsáveis por tudo o que acontece. Às vezes as coisas saem de nosso controle e não determinamos tudo. É preciso ter em mente que tudo é fase e que coisas boas estão sempre reservadas. Pense apenas que não era para ser assim e ponto.
Rotina estressante
Todos se esforçam ao máximo quando têm um objetivo. Pare e pense: seu estresse está valendo a pena? Sua rotina é estressante por que você tenta fazer tudo e tudo está caminhando como deve? Então continue empenhada. Pense que a maioria das pessoas passa por um rotina estressante hoje em dia e que vive cansada, sem tempo para si e até deprimidas. Mas antes de tudo, não desvie a atenção da saúde, ok?
Insatisfação com o corpo
A maioria das mulheres está insatisfeita com o próprio corpo; seja pelo formato, quilinhos a mais, celulite, flacidez, etc... Se você faz o que pode para melhorá-lo, fique feliz, mesmo que o resultado não seja o esperado. Se não, empenhe-se em comer melhor, e se exercitar. E nada de se comparar com as mulheres da TV. Cada uma tem uma genética, um certo tempo para malhar, etc...
Problemas com o trabalho
As pessoas costumam colocar a carreira em primeiro lugar, achando que estar bem sucedido é fundamental para ser feliz. E as outras coisas boas? A família, a saúde, os filhos, o casamento? Se a carreira não está legal, foque nas outras coisas, que também trazem muita felicidade. Se não está satisfeita com o emprego, não se sinta fracassada. Comece a procurar outro e enquanto não achar, foque no que realmente te deixa feliz.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Educação afetiva melhora a vida emocional e acadêmica das crianças, diz estudo

Carinho, atenção e interação mais positiva com o bebê tem influências diretas e traz benefícios para a fase adulta


Afeto é a chave do sucesso na criação e desenvolvimento dos filhos, revelou um novo estudo da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos. Segundo os autores, uma educação com mais atenção e carinho é responsável pelo êxito dos pequenos na fase adulta, tanto em habilidades sociais como no meio acadêmico.

No total, cerca de 240 pessoas foram acompanhadas desde o nascimento até a fase adulta, na idade de 32 anos, pelos pesquisadores e autores do estudo. Aqueles que tiveram uma criação baseada na afetividade tiveram um melhor desempenho em habilidades sociais, como relacionamentos amorosos e interpessoais. O mesmo resultado pode ser observado no histórico escolar dos adultos que participaram da pesquisa.

Uma criação afetiva depende de diversos fatores, não só apenas um tratamento mais carinhoso e atencioso com os pequenos. Envolve também a resposta apropriada aos sinais do bebê, interação positiva e segurança física e emocional, que permite que os filhos consigam explorar e conhecer o meio em que vivem.“O estudo também sugere que a experiência das crianças com os pais nos primeiros anos de vida tem um papel fundamental no desenvolvimento social e educacional, influenciando não só as duas primeiras décadas de vida, como também a fase adulta”, explica Lee Raby, pesquisadora da Universidade de Delaware e uma das autoras do estudo.

“Isso demonstra que o investimento em uma relação de qualidade, logo na primeira infância, tem influência na vida adulta. Indivíduos bem-sucedidos no campo emocional e acadêmico são a base de uma sociedade saudável”, defende Lee Raby.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Autocontrole na alimentação depende da mudança de comportamento com a comida

É comum ter uma relação emocional com os alimentos e isso facilita o comer exagerado


Uma das maiores dificuldades de quem quer emagrecer é controlar o desejo por comida e saber se alimentar de forma equilibrada. Comer em excesso está, hoje, mais ligado a questões psicológicas ou físicas? 

Como disse o filósofo Sócrates: "assim como não se deve tentar curar olhos sem cabeça, ou cabeça sem corpo, é inútil tratar o corpo sem intelecto". Portanto, na maioria das pessoas, a ausência de autocontrole alimentar está ligada sim a questões emocionais. E entender isso está intimamente ligado ao emagrecimento. 

Aspectos psicológicos no autocontrole alimentar

Ao cuidar da sua mente, automaticamente você estará também cuidando da saúde do seu corpo. Tudo está interligado. O padrão e estilo alimentar escolhido por você influenciará em seus resultados de saúde, estética, peso, entre outros, pois a maneira como as pessoas lidam com os alimentos tem influência das emoções e dos sentimentos. Os pontos emocionais ligados aos distúrbios alimentares mais comuns são: ansiedade, compulsão, depressão e/ou fatores psicológicos negativos. Quem sofre com essas questões psicológicas, às vezes, acaba por ?descontar? na comida e comer em excesso. 


Grande parte das pessoas "sabe" exatamente como se alimentar de forma saudável. A maioria também sabe o que deve fazer para comer com qualidade e qual é a melhor quantidade, mas, muitas se sentem impotentes para fazê-lo, pois estão mentalmente presas em padrões emocionais equivocados. Por exemplo, quem sofre com ansiedade, pode comer em grande quantidade pelo descontrole e na tentativa de relaxamento e bem-estar. 

Assim como quem está passando por um período difícil e com sintomas de depressão pode encontrar na comida um refúgio e um caminho de prazer, mas acaba por comer de forma excessiva. Mas isso não ocorre apenas com que está com depressão. A comida desperta uma sensação de prazer e para muitos que é difícil se libertar. O comportamento da pessoa é comer mais e mais, isso na verdade é uma tentativa de diminuir a tensão. Com isso, o corpo passa a necessitar de mais alimento. O resultado é negativo e a pessoa engorda. 

Só que, muitas vezes, quem está acima do peso acaba por evitar situações e atividade e isso faz com que haja uma grande restrição no contato social. Isso porque a pessoa acaba sofrendo e sentindo vergonha do próprio corpo e por fim a consequência é o isolamento. E então, muitas pessoas buscam na comida a recompense, o prazer, o bem-estar. Dessa forma, é difícil conseguir autocontrole. 

Para cortar esse tipo de relação com a comida é preciso um planejamento e/ou tratamento que inclui: 
  • Criar novas formas de prazer
  • Ter momentos de relaxamento
  • Aumentar o contato social
  • Investir mais nas atividades físicas
  • Cuidar dos sonhos e desejos.
  • Ganhos secundários
Outros tipos de comportamentos importantes que levam a ausência de autocontrole diante da comida estão ligados aos ganhos secundários. O que você ganha ao comer em excesso? Os ganhos secundários não são imediatos, sendo assim, ninguém que quer emagrecer gosta de estar acima do peso, ou seja, não faz conscientemente para que isso aconteça. Mas pode receber algo em segundo plano, mesmo que seja pouco. Por exemplo: por estar acima do peso evita certos encontros sociais. E assim, tira proveito desse afastamento. Ou evita se relacionar afetivamente: "ninguém vai olhar para mim, estou enorme!" 

Através dos ganhos secundários é possível receber algum beneficio mesmo que seja numa pequena escala, com isso, ganhar algo que seja considerado bom. É preciso mudar, porque esse ganho só acontece através de um comportamento inadequado. 

É importante desvincular o ato de comer dos problemas existentes na vida. O ideal é solucioná-los na medida do possível para permitir a você que aceite um novo desafio e estilo de vida que é essencial para a perda de peso e posteriormente sua manutenção. 

Existem técnicas como coaching de vida, hipnose ericksoniana, programação neurolinguistica, atualização da programação neurolinguistica (novo código) que auxiliam no alcance da perda de peso e principalmente na mudança do comportamento. O processo desse tratamento orienta os pacientes para o caminho daquilo que eles desejam alcançar.